Por ter um nome incomum, poucas pessoas já ouviram falar nas fraturas acetabulares. Contudo, são fraturas muito recorrentes, principalmente em vítimas de acidentes de motocicleta ou de automóveis.
Geralmente, esse tipo de fratura é grave e requer um diagnóstico preciso, cuidados e tratamentos específicos para que não hajam complicações. Os tratamentos precisam ser conduzidos por profissionais qualificados e experientes no assunto.
O que é o acetábulo?
No corpo humano, nós temos a região da pelve (bacia) que é composta por três grandes ossos, dois ossos inominados e o osso sacro. Nos ossos inominados está o acetábulo, que é a superfície articular da bacia. Na junção com a cabeça do fêmur, forma a articulação do quadril.
A cartilagem acetabular é um tipo de tecido nobre que não se regenera e tem como função o suporte do peso corpóreo e a movimentação. Devido a incidência de um trauma, essa cartilagem pode se degenerar.
O que é uma fratura acetabular?
É o rompimento da articulação do quadril em decorrência de um trauma de alto impacto, como acidentes de motocicleta, de automóveis ou quedas de grandes alturas. Normalmente, esses traumas produzem lesões em órgãos vitais do corpo humano. Quando ocorrem essas fraturas, há um impacto da cabeça femoral no acetábulo.
Como diagnosticar a fratura?
A tomografia axial computadorizada é o exame de imagem que oferece a melhor possibilidade de análise para o médico no caso das fraturas acetabulares. Contudo, o raio-x ainda é a forma de diagnóstico mais precisa. O raio-x do acetábulo é importante para a avaliação do padrão da fratura.
Quais são os tratamentos e as possíveis complicações?
As fraturas variam conforme o sentido da força aplicada e a posição em que o quadril estava no momento do impacto. Dependendo do caso, irá variar a região do quadril que sofreu maior impacto e, consequentemente, também varia o padrão da fratura.
De acordo com o tipo de trauma sofrido, a cartilagem do acetábulo pode sofrer o processo de degeneração. Como é um tecido nobre, ela não irá se regenerar, causando um desgaste irreversível.
Quando há essa degeneração, poderá ocorrer uma coxartrose pós-traumática. Nos casos de luxação do quadril, existe a possibilidade do problema se agravar, necrosar a cabeça femoral e lesionar o nervo ciático.
Nos casos mais leves, em que a fratura está estável, o tratamento pode ser não cirúrgico. Dessa forma, haverá apenas a restrição da carga sobre a região afetada. Nos casos mais complexos, a cirurgia é a melhor alternativa.
Assim, será necessário a redução cirúrgica da fratura e a fixação dos fragmentos. A fixação pode ocorrer a partir da inserção de placas e parafusos de tração. Entretanto, a complicação mais comum desse procedimento é a ocorrência de artrose pós-traumática.
Agora você já sabe tudo sobre as fraturas acetabulares. Caso tenha mais dúvidas, procure um ortopedista para ser avaliado.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!
(CRM 5269, RQE 954)
Ortopedista e traumatologista renomado, alia duas décadas de experiência à formação de excelência. Membro da AAOS e SBTO, lidera o serviço de ortopedia na UPA-MA e é preceptor no HTO-MA. Suas publicações na Revista Brasileira de Ortopedia e expertise em trauma ortopédico o tornam referência no MA.
Comprometido com a inovação e o cuidado personalizado, o Dr. Rios transforma vidas através da medicina ortopédica de ponta.