Espondilolistese lombar: sintomas, causas e tratamentos

Espondilolistese lombar
Espondilolistese é um termo derivado grego spondylo, que quer dizer coluna, e olisthesis, que significa escorregamento. Em livre tradução, a espondilolistese lombar é uma enfermidade caracterizada pelo deslizamento de uma vértebra sobre outra. Também chamada de espondilólise, a doença pode causar consequências danosas, como dor intensa, agravamento do grau de escorregamento e, em casos mais sérios, déficit neurológico, com efeitos como perda motora e sensitiva. Ainda bem que ela tem tratamento! Leia o artigo e conheça os principais sintomas, as causas e as formas de tratar essa condição.

Sintomas

As principais manifestações da espondilolistese lombar são as dores lombares, contratura na musculatura da coxa, alterações na mobilidade, depressões na pele da região. A dor costuma ser mais forte à noite e pode irradiar para as costas. Outros sintomas menos comuns, mas que podem ocorrer, são a perda de sensibilidade ou força nos membros e emagrecimento.

Causas do escorregamento das vértebras

Há cinco tipos de espondilolistese lombar: displásica, ístmica, degenerativa, traumática e patológica. As causas variam justamente de acordo com o tipo de espondilolistese lombar. Na displásica, o escorregamento das vértebras tem relação com defeitos de formação. Na ístmica, o motivo é o estresse mecânico, frequente em crianças e adolescentes. A degenerativa, por sua vez, está associada ao envelhecimento. A traumática acontece por lesões resultantes de acidentes e quedas. Já a patológica ocorre em decorrência de tumores. Alguns fatores de risco aumentam a propensão ao problema, como os microtraumas de repetição em exercícios de hiperextensão lombar e as lesões em esportes de contato.

Tratamento da espondilolistese lombar

O primeiro passo para ter sucesso no tratamento consiste em obter o diagnóstico correto. Quanto mais rápido a enfermidade for diagnosticada, menores são os riscos de complicações. A condição pode ser confirmada ou descartada a partir da análise dos sintomas e realização de exames, como a radiografia. Se for necessário, ressonância magnética e tomografia computadorizada serão solicitadas pelo ortopedista. Caso o paciente realmente tenha espondilolistese lombar, a abordagem terapêutica contemplará o uso de medicação analgésica e anti-inflamatória para o alívio dos sintomas. Não existe tratamento farmacológico para o escorregamento das vértebras em si. Em casos descobertos precocemente, nos quais não há um agravamento do quadro, são úteis recursos menos invasivos, como fisioterapia e uso de órteses. A fisioterapia, por exemplo, proporciona maior qualidade de vida ao paciente, aumentando seu nível de conforto e melhorando sua mobilidade, enquanto a utilização de órteses contribui com a estabilização da coluna. Em casos graves de escorregamento das vértebras, recomenda-se a restrição da prática esportiva e, até mesmo, cirurgia de coluna. O procedimento cirúrgico visa reposicionar a vértebra escorregada e descomprimir assim as raízes nervosas. O tratamento ideal deve ser definido em conjunto com o especialista de confiança. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!