Osteocondroma é, de forma simplificada, uma protuberância óssea, mais comum em crianças e em jovens adolescentes. Costuma atingir as extremidades dos ossos longos e possui manifestação diversificada e níveis distintos de gravidade.

Alguns tipos de osteocondroma alteração não afetam diretamente o bem-estar do indivíduo; outros, no entanto, podem causar incômodos significativos.

Falaremos mais sobre o tema abaixo. Se você gostaria de entender um pouco mais sobre ele, prossiga com a leitura.

Tipos de osteocondroma

Compreendemos que existem 2 formas clínicas de osteocondroma : a lesão única, que também é chamada de solitária, e as lesões múltiplas.

No 1º caso, como o nome sugere, estamos diante de uma protuberância única, a qual também pode ser chamada de exostose osteocondromatose ou exostose osteocartilaginosa.

É o tipo mais comum dentre os esse tipo de alteração e atinge geralmente os membros superiores e inferiores, em especial os joelhos, o fêmur e o úmero.

Costuma ser assintomático e é normalmente descoberto em exames de rotina. Não causa dores e, se cresce, o faz de forma discreta.

Quando sintomático, normalmente o é por conta de questões fisiológicas: o osso pode, por exemplo, comprimir partes moles, gerando atrito e dor.

Osteocondromas múltiplos

Bastante raros, tendem a afetar a minoria dos pacientes. São mais comum nos joelhos e têm grande volume, além de espessa capa de cartilagem.

Quais são as causas?

Ainda não há pesquisas conclusivas sobre o que pode causar essas alterações fisiológicas.

O que se sabe é que osteocondromas múltiplos são decorrentes de alterações genéticas, que podem ser transmitidos para homens e mulheres.

 Assim, se o indivíduo possui pai ou mãe portador do problema, as chances de que ele o “receba” são grandes.

Esse quadro pode causar encurtamento da ulna (osso do antebraço), diferença do comprimento das pernas, e alteração nos ângulos dos joelhos (joelho “tesoura”, por exemplo).

Osteocondroma é perigoso?

Em geral, é um tipo de alteração benigna. 

Se há crescimento da lesão de forma significativa em pouco tempo, no entanto, é preciso levar o paciente ao médico: podemos estar diante de um quadro de sarcoma, que é maligno.

Quaisquer aumento de protuberâncias corporais, desconforto físico, inflamação ou alteração de formato ou temperatura devem ser comunicados a um especialista.

Diagnóstico e tratamento

De início, é feita uma consulta clínica. Nela, o médico fará a observação do caso e buscará saber um pouco mais sobre o histórico familiar e de saúde do paciente.

Exames de imagem, como radiografias simples, colaboram para que a identificação do problema seja mais rápida: vê-se rapidamente, atreladas aos ossos de grande extensão, a lesão ou lesões que compõem o quadro.

Outros procedimentos, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, também podem ser solicitados.

O tratamento varia de acordo com a situação estabelecida. No caso da exostose única, não é habitual que haja intervenção cirúrgica.

A retirada de osteocondromas desse gênero só ocorre quando há dor, compressão de nervos, limitação de movimentos e similares. Os múltiplos, por sua vez, costumam ser removidos não só por finalidade estética, mas também para evitar que as deformidades ósseas se tornem mais incômodas. Por terem maior tendência à malignização, devem ser observados e cuidados com frequência.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!