A hérnia de disco é um problema sério, mas bastante comum: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem com essa enfermidade, que é dolorosa e pode se tornar incapacitante.

As razões para o desenvolvimento dessa hérnia podem variar bastante. 

Embora o desgaste da coluna vertebral seja natural, os hábitos adquiridos com o advento da tecnologia, a rotina do escritório e até exercícios feitos de maneira incorreta podem acelerar o processo.

Em geral, as hérnias de disco são tratadas de maneira convencional, com a utilização de medicamentos, atividade física, fisioterapia e tratamentos auxiliares (acupuntura, por exemplo).

Em alguns casos, no entanto, é preciso submeter o paciente a uma cirurgia, com o intuito de restabelecer a sua qualidade de vida e permitir que a pessoa possa trabalhar, andar, fazer as atividades cotidianas.

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre as indicações da cirurgia para tratar o quadro em questão e sobre os tipos de cirurgia existentes nesses casos. Confira.

Quando é preciso operar a hérnia de disco?

De acordo com material publicado pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, o tratamento cirúrgico é indicado em casos bastante específicos.

Pacientes com hérnia de disco confirmada por imagem e com dor persistente por 3 a 6 semanas, que não reagem aos medicamentos e tratamento conservadores, são bons candidatos ao procedimento.

Pessoas com doenças específicas, como a síndrome da cauda equina ou o deficit neurológico progressivo ou severo podem ser submetidas à cirurgia em caráter emergencial.

Como é feita a cirurgia para hérnia de disco?

A cirurgia pode ser tradicional ou minimamente invasiva, de acordo com a indicação do médico e o estado clínico no paciente. Abaixo, falaremos um pouco mais sobre ambas as opções.

Cirurgia tradicional

Como o próprio nome pode sugerir, trata-se de uma cirurgia feita nos moldes mais convencionais.

Ou seja: a intervenção é feita com anestesia geral e sedação e consiste na feitura de um corte na região das costas do paciente, com o intuito de acessar a coluna vertebral.

O cirurgião pode substituir o disco danificado por outro, feito de material artificial, ou unir 2 vértebras.

Costuma ser uma cirurgia relativamente rápida, mas o tempo pode variar de acordo com a severidade do caso.

Cirurgia minimamente invasiva

Procedimento que visa tratar as hérnias sem provocar internação ou cicatrizes de grande porte, pode ser feito por técnicas diferentes, como as que serão apresentadas a seguir.

Cirurgia endoscópica

Por pequenas incisões, o especialista infiltra tubos finos, de pequena extensão, no corpo do paciente. Na ponta desses tubos, está uma câmera.

A cirurgia endoscópica é inteligente, uma vez que permite que o médico acesse o interior da coluna sem fazer grandes cortes, e pode ser realizada com sedação e anestesia local.

Em algumas circunstâncias, pode contar com o apoio de um aparelho de radiofrequência, que auxilia na remoção da hérnia e na cauterização dos nervos.

Microcirurgia

Procedimento feito através de um microscópio cirúrgico, tem como objetivo cauterizar os nervos ao redor da hérnia e remover o disco afetado.

Costuma ser a escolha mais popular dos especialistas, uma vez que diminui o risco de hemorragias e infecções.

Outra vantagem desse procedimento para tratar hérnia de disco está no tempo de repouso do paciente após a cirurgia: a recuperação é rápida, e a internação, curta.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!