A síndrome do túnel do tarso, também conhecida como compressão do nervo tibial do tornozelo, consiste em um distúrbio bem doloroso que acomete a região do pé e do tornozelo. Ela ocorre quando há uma compressão no nervo tibial na região do túnel do tarso (o que justifica os dois nomes para a condição).
Essa não é uma condição assim tão comum. Além de causar fortes dores, ela também traz a sensação de fraqueza e de alterações sensoriais no pé e no tornozelo, principalmente nas laterais.
Essa compressão geralmente ocorre após situações ou traumas que fazem com que haja aumento de pressão na região interna do túnel tarsal. Sendo assim, ela pode ser o resultado da extensão de tecidos moles aos arredores do nervo tibial, ou ainda de inflamações – que podem ser causadas por varizes, cistos sinoviais, sequelas após fraturas, tumores e até mesmo pelo inchaço causado pela diabetes.
É comum que os pacientes de síndrome do túnel do tarso sintam dores no tornozelo e principalmente na sola ou nas laterais do pé. Tais dores costumam ser associadas à sensação de formigamento ou de queimação.
Os sintomas podem ser intensificados durante a realização de exercícios físicos ou após ficar em pé por longos períodos. Por outro lado, podem ser mais amenos quando o paciente se encontra em repouso.
Como é realizado o diagnóstico da síndrome do túnel do tarso?
O diagnóstico da síndrome do túnel do tarso é clínico, além de haver ainda análise do histórico do paciente. O médico especialista, geralmente ortopedista, irá sondar a região e investigar possíveis diagnósticos. Sintomas similares também podem indicar a ocorrência de tendinite de aquiles, fascite plantar ou fraturas no calcâneo por estresse.
Estudos por condução nervosa e o exame de eletromiografia também podem ser solicitados para comprovação do diagnóstico de síndrome do túnel do tarso. Já a ressonância magnética pode ser usada tanto para possibilitar a localização exata da compressão, como também para a identificação de possíveis lesões subjacentes.
Quais são os métodos de tratamento para a condição?
O tratamento conservador, ou seja, mais comum, inclui a liberação e a manipulação miofascial.
O uso de sapatos mais soltos, assim como sustentações com palmilhas adequadas, pode ajudar no alívio da dor e do desconforto causado pela síndrome. Se houver inflamação no nervo causador da compressão, medicamentos anti-inflamatórios e não esteroides também podem ser ministrados.
A utilização de órteses planas para os pés e injeções de esteroides, principalmente no caso de dores mais fortes, também é eficiente no tratamento.
Porém, caso os sintomas sejam significativos e não estejam respondendo ao tratamento indicado acima, a descompressão cirúrgica pode se tornar necessária. Nestes casos, a cirurgia evita ainda que haja fibrose na musculatura intrínseca ou nos nervos dos pés ou tornozelos.
A cirurgia, além de simples, resolve os problemas causados pela síndrome do túnel tarsal em 90% dos casos.
Agora você já conhece a síndrome túnel do tarso, assim como informações sobre seu diagnóstico e métodos de tratamento. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!
(CRM 5269, RQE 954)
Ortopedista e traumatologista renomado, alia duas décadas de experiência à formação de excelência. Membro da AAOS e SBTO, lidera o serviço de ortopedia na UPA-MA e é preceptor no HTO-MA. Suas publicações na Revista Brasileira de Ortopedia e expertise em trauma ortopédico o tornam referência no MA.
Comprometido com a inovação e o cuidado personalizado, o Dr. Rios transforma vidas através da medicina ortopédica de ponta.