Pé chato é a denominação dada ao formato do pé que não apresenta um arco plantar bem definido. Com isso, a marca da pisada é plana, sem a linha curva de um pé normal. Muitos bebês já nascem com pés chatos. O problema pode ou não persistir na vida adulta. Os responsáveis pela criança devem ficar atentos, observando o desenvolvimento do formato do pé. Isso acontece até os seis anos de idade.
Contudo, é importante fazer o acompanhamento médico para evitar as complicações do pé chato. Tais complicações podem se apresentar como o desequilíbrio na marcha, dores mais intensas nos pés e nas pernas, lesões de tendões, ligamentos e outras anormalidades em estruturas ósseas do local.
Principais causas do pé chato
A malformação óssea e a hiperfrouxidão ligamentar são duas causas do pé chato. Anomalias no processo de ossificação também podem resultar em pé plano, além de provocar dores. Na vida adulta, lesões traumáticas e doenças reumáticas podem alterar o formato da planta do pé, deixando-o mais plano. A herança genética é um fator de risco para o pé chato, ou seja, o histórico familiar aumenta a chance de nascerem descendentes com o mesmo tipo de problema.
Sintomas
Se o pé chato estiver associado a hiperfrouxidão ligamentar, lesões traumáticas, doenças ósseas e reumáticas, a dor no pé e nas pernas é um dos principais sintomas. Pessoas nessas condições podem sentir mais cansaço, desequilíbrio ao caminhar e ficar incapacitadas para a prática de várias atividades esportivas.
Diagnóstico
No consultório, o médico faz o exame físico do pé, solicita ao paciente que ande descalço, para analisar a forma como pisa no solo. Exames de imagem – radiografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética – possibilitam ao médico a identificação de anormalidades nas estruturas ósseas, tendões, ligamentos e outras partes dos pés.
Com base nos resultados dos exames, o médico prescreverá a melhor forma de tratamento. A cirurgia só é recomendada aos casos graves.
Tratamento
O tratamento é necessário quando o pé chato decorre de hiperfrouxidão ligamentar, doenças e lesões. Se não houver dores nem outros sintomas incômodos, como dificuldade para andar, o pé chato não exige tratamento específico. O médico poderá prescrever palmilhas especiais, que proporcionam mais conforto e aliviam a dor. No entanto, é importante saber que esses acessórios não curam o pé chato.
Se a pessoa estiver acima do peso, o emagrecimento reduz a pressão sobre os pés, o que ameniza as dores, além de prevenir outros problemas de saúde. Fazer exercícios de alongamento é outra medida importante, que reduz as dores e oferece mais estabilidade na marcha.
O tratamento cirúrgico é recomendado em casos de maior gravidade. Tais casos ocorrem quando a pessoa não consegue caminhar com equilíbrio, sente muitas dores nos pés e nas pernas, apresenta lesões em tendões e ligamentos ou barra óssea. A cirurgia do pé chato pode ser realizada a partir dos 10 anos de idade. Antes disso, o acompanhamento médico é fundamental para o bem-estar.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais sobre o meu trabalho como ortopedista em São Luís.
(CRM 5269, RQE 954)
Ortopedista e traumatologista renomado, alia duas décadas de experiência à formação de excelência. Membro da AAOS e SBTO, lidera o serviço de ortopedia na UPA-MA e é preceptor no HTO-MA. Suas publicações na Revista Brasileira de Ortopedia e expertise em trauma ortopédico o tornam referência no MA.
Comprometido com a inovação e o cuidado personalizado, o Dr. Rios transforma vidas através da medicina ortopédica de ponta.