Autor: Dr. Henrique Rios

  • O que é displasia no quadril da criança ou adolescente?

    O que é displasia no quadril da criança ou adolescente?

    A luxação congênita ou displasia no quadril é uma doença que deve ser diagnosticada e tratada o mais breve possível. Crianças e adolescentes que sofrem com esse distúrbio enfrentam diversas dificuldades em sua rotina.

    O que é displasia no quadril?

    A displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ), como é conhecida, é uma patologia adquirida ainda na fase intra-uterina, durante a gestação. Ela se caracteriza pela má formação óssea, quando não há o contato da cabeça do fêmur com o acetábulo.

    Essa má formação afeta a estabilidade das articulações e pode parecer que o quadril do indivíduo está “solto” (displásico).

    É um distúrbio que pode ser considerado comum, pois ocorre em um a cada 60 nascimentos. Os principais fatores de risco são o histórico familiar, bebês do sexo feminino, malformações na coluna ou nos pés do bebê, cor branca ou primeiro parto da mãe.

    Como a displasia afeta a vida da criança ou do adolescente?

    A dificuldade que mais afeta a autoestima da criança ou do adolescente é a limitação de movimentos dos membros inferiores ao andar. A característica mais comum de pacientes de displasia são os episódios de claudicação (mancar) que ocorrem, principalmente, nos momentos de dor.

    Além disso, a dor crônica também é um obstáculo a ser enfrentado. Ela pode ser maior quando o paciente realiza um esforço excessivo, como uma caminhada longa, ou por permanecer muito tempo sentado.

    Quais são as causas do distúrbio?

    Existem diversas doenças que podem causar anomalias no quadril, as principais são a DDQ, a epifisiólise, a doença de Legg-Calvé-Perthes e as sequelas pós-infecciosas (artrite séptica). Para obter o diagnóstico correto, é importante conhecer o histórico familiar no que se refere às patologias.

    Ainda não há uma comprovação da causa original da displasia, mas já se sabe que os bebês que permanecem sentados dentro do útero durante toda a gestação estão mais propensos ao distúrbio. Outra hipótese aceita na comunidade médica é a hereditariedade.

    Quais são os tratamentos?

    O tratamento consiste em atrasar ou prevenir a osteoartrite, mantendo a articulação do quadril natural durante o maior tempo possível. Quando a patologia é descoberta logo após o nascimento, o bebê pode iniciar o tratamento com suspensório de Pavlik, ou, se for confirmado um pouco mais tarde, a colocação de gesso é uma alternativa.

    Quando o quadro é considerado leve, pode ser recomendado apenas o monitoramento da condição do quadril. Para quadros moderados, além do uso de anti-inflamatórios não esteroides para aliviar a dor, a fisioterapia também é indicada.

    O tratamento cirúrgico é considerado nos casos mais graves da doença, quando o paciente já está sofrendo com dor aguda em razão dos danos causados à cartilagem articular. A cirurgia mais realizada é a osteotomia que é um “corte no osso” para que o acetábulo ou o fêmur sejam redimensionados. 

    Outra possibilidade cirúrgica é a artroscopia, que consiste na inserção de uma câmera na articulação para realizar a reparação de uma estrutura fibrocartilaginosa chamada de labrum.

    Para evitar a displasia no quadril da criança ou do adolescente é importante estar atento aos exames de pré-natal e manter o acompanhamento médico.Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Dor no joelho do adolescente: causas e tratamentos

    Dor no joelho do adolescente: causas e tratamentos

    Um distúrbio muito comum em adolescentes é a sensação de dor no joelho, principalmente nos casos de jovens esportistas. Apesar de desagradável, não necessariamente esse sintoma é um indicativo de algum problema grave.

    Contudo, sabemos que qualquer incômodo em nossos filhos nos causa preocupação. Por isso, preparei esse texto com tudo o que você precisa saber sobre o assunto e sobre o que fazer diante dessa situação.

    Por que ocorre a dor no joelho do adolescente?

    Um adolescente que tenha o hábito de praticar atividades físicas e, repentinamente, sinta dor na região da patela pode precisar reduzir o esforço físico dedicado para essa prática.

    O joelho é a maior articulação do corpo e integra o sistema  musculoesquelético. Em sua composição estão as cartilagens, os ligamentos e os ossos. Os ossos são o fêmur (que fica na coxa), a tíbia (localizada na frente da perna), a fíbula (na parte interna do joelho) e a patela (parte frontal do joelho).

    O bom funcionamento do joelho pode ser interrompido por uma lesão, um desgaste ou por uma doença. O principal sintoma de todas essas causas é a dor. A dor pode ser traumática, quando decorre de uma queda ou um acidente, ou degenerativa, quando causada por uma doença, como a artrose.

    Os principais fatores que podem estar relacionados ao problema são:

    • Desequilíbrio dos músculos da coxa;
    • Redução da flexibilidade com encurtamento muscular;
    • Técnica inadequada utilizada na atividade física;
    • Uso inadequado de equipamentos para exercícios físicos;
    • Rotina excessiva de treinamentos.

    Outras causas possíveis da dor no joelho em pessoas jovens são a ocorrência de processos inflamatórios oriundas de doenças autoimunes, como a artrite reumatóide, a espondiloartrite e o lúpus. O sintoma também pode ser decorrentes de um desgaste da articulação, desalinhamento dos joelhos ou em função do sobrepeso.

    A avaliação de um ortopedista é imprescindível para que a causa seja diagnosticada.

    Quais são os tratamentos existentes?

    Para realizar o tratamento, o ortopedista realizará um exame ortopédico. Esse exame auxilia no diagnóstico da causa da dor. O profissional irá analisar o alinhamento dos membros inferiores, a estabilidade, a flexibilidade, a pisada e o formato do pé. O especialista também pode realizar testes de força.

    Os quadros mais simples são tratados através de repouso, compressas de gelo, uso de analgésicos e realização de exercícios leves. O gelo promove o alívio do inchaço e da inflamação. O repouso ajuda a reduzir a pressão sobre o joelho.

    Os exercícios são realizados após a redução dos sintomas, da dor e do inchaço. Eles são necessários para que o adolescente recupere a força, mobilidade e a potência muscular.  O treinamento consiste na execução de exercícios para amplitude de movimento, força, resistência, agilidade e coordenação.

    O procedimento cirúrgico é uma alternativa apenas nos casos em que a lesão apresenta maior gravidade. As cirurgias mais comuns são a artroscopia, a reconstrução do ligamento cruzado anterior, a osteotomia ou até a substituição por uma prótese total ou parcial do joelho.

    Apesar do que as pessoas imaginam, a dor no joelho não acomete apenas os mais velhos. Grande parte da população jovem, abaixo dos 20 anos de idade, já sofreu com o problema. 

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • O que é acondroplasia e como tratar?

    O que é acondroplasia e como tratar?

    A acondroplasia é um tipo de nanismo responsável pela formação das pessoas de menor estatura no mundo. Os adultos portadores dessa alteração podem chegar a medir apenas 60 centímetros de altura.

    Essa é a forma mais comum de nanismo, com mais de 250 mil pessoas no mundo sendo portadoras da doença. O nanismo é um transtorno caracterizado pelo crescimento deficiente dos pacientes, que possuem baixa estatura quando comparados à média de altura da população.

    Sabe o que é acondroplasia? Então, continue a leitura e entenda como essa doença funciona, quais são as causas e os tratamento existentes.

    O que é acondroplasia?

    É a forma mais recorrente de displasia esquelética. As displasias são conjuntos de condições genéticas que culminam em baixa estatura e alteração da estrutura óssea. Os pacientes dessa doença apresentam crescimento insuficiente dos ossos longos.

    Os indivíduos portadores da disfunção possuem a seguintes característica:

    • encurtamento dos membros em relação ao tronco;
    • mãos em formato de tridente;
    • aumento da circunferência da cabeça;
    • pernas arqueadas;
    • testa proeminente;
    • dificuldade para esticar os braços;
    • expressão facial típica.

    As principais dificuldades causadas por esse distúrbio são:

    • limitação física em razão das deformações ósseas;
    • dificuldade respiratória (apneia do sono e obstrução das vias respiratórias);
    • hidrocefalia em razão da má formação do crânio – ocorre o acúmulo excessivo de líquido, que provoca inchaço e aumento de pressão dentro do crânio;
    • obesidade;
    • problemas dentários em razão da pequena arcada dentária, do desalinhamento e da sobreposição dos dentes;
    • baixa autoestima.

    É importante esclarecer que, diferente das informações incorretas que são divulgadas, a inteligência dos pacientes de nanismo não é afetada.

    Quais são as causas da acondroplasia?

    A doença é causada por uma mutação que prejudica o gene FGFR3. Esse gene está associado a um receptor celular que desenvolve função primordial no controle da evolução da cartilagem óssea. Por isso, os portadores dessa patologia tem o seu crescimento ósseo afetado, com formação de ossos mais curtos e em formato anômalo.

    Essa mutação é causada por uma herança genética, conhecida como herança autossômica dominante. Assim, os filhos de indivíduos pacientes de nanismo têm 50% de chance de apresentarem a mesma condição dos pais, em cada gestação.

    Quais são os tratamentos existentes?

    Um dos tipos de tratamentos consiste no uso do hormônio do crescimento (GH) que oferece resultados melhores durante a infância, acelerando o desenvolvimento da criança. No entanto, quando usados durante a vida adulta não oferece evoluções consideráveis.

    Também existe um tratamento realizado por ortopedistas chamado de alongamento ósseo ortopédico. É um procedimento invasivo e desconfortável, mas que oferece um ganho de até 30 cm de estatura. Esse método só pode ser aplicado por ortopedistas que possuam expertise com o tratamento da acondroplasia.

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  • Tendinopatia: sintomas, causas e tratamentos

    Tendinopatia: sintomas, causas e tratamentos

    Apesar de não ser um termo muito conhecido pela população, a tendinopatia representa quase a metade de todos os casos tratados em clínicas ortopédicas e de fisioterapia no Brasil. Esse problema não escolhe sexo, cor, raça ou idade, podendo acometer a qualquer indivíduo.

    Saiba mais sobre o problema a seguir.

    O que é tendinopatia?

    É um termo que pode ser utilizado para identificar qualquer lesão ou inflamação nos tendões, gerando uma dor aguda e até deformidades ósseas. Os tendões são estruturas anatômicas que juntam os ossos aos músculos, permitindo que se movimentem.

    Esse é um problema recorrente em pessoas que realizam exercícios de alto rendimento, com sobrecarga dos esforços. A tendinite e a tendinose são exemplos de tendinopatias. Todos os processos inflamatórios que afetam a membrana que envolvem o tendão são chamados de tendinite.

    Já a tendinose são as lesões crônicas do tendão provocadas pelo excesso de esforço. Anteriormente, o termo tendinite abrangia todos os processos que acometem os tendões, mas agora refere-se apenas às inflamações dessa região.

    Quais são as causas do distúrbio?

    O problema é causado por uma sobrecarga dos tendões que, geralmente, ocorre quando há alguma alteração no modo, intensidade ou duração da rotina de atividade física. No início, o revestimento externo do tendão sofre uma irritação podendo, posteriormente, se degenerar e ficar mais fino. 

    Caso a situação se agrave, o tendão enfraquece e pode romper de forma integral ou parcial. As causas das lesões podem ser intrínsecas e extrínsecas. As causas intrínsecas são a flexibilidade e resistência do tendão, idade, alterações na anatomia do tendão e suprimento vascular.

    As causas extrínsecas podem ser o esforço excessivo do tendão, erros de postura e de movimentos no treinamento físico, uso abusivo de medicamentos ou utilização de sapatos não adequados para aquela determinada atividade física.

    Como são os sintomas?

    Os principais sintomas são a presença de dor aguda em alguma região do corpo, que irradia para os músculos próximos e que, com o tempo, causa fadiga muscular. A dor também pode se agravar quando há a realização de algum movimento, reduzindo a força e podendo até causar a atrofia dos músculos. 

    Quais são os tipos de tratamentos?

    Normalmente, o tratamento consiste em aliviar a dor e evitar que ela retorne. Para aliviar a dor, são adotadas as seguintes medidas:

    • Repouso do tendão afetado pelo período determinado pelo médico;
    • Aplicação de gelo para reduzir a inflamação;
    • Acupuntura;
    • Técnicas de fisioterapia para alívio da dor;
    • Tratamento medicamentoso com anti-inflamatórios.

    Posteriormente, algumas ações precisam ser tomadas para que a dor não retorne. São elas:

    • Correção da postura;
    • Alongamento muscular;
    • Fortalecimento muscular;
    • Encerrar a atividade ao primeiro sinal de dor.

    Existem situações mais graves que podem exigir a realização de um procedimento cirúrgico. A cirurgia para tendinopatia pode ser para a descompressão do tendão, para limpar as inflamações ao redor ou até para costurar a estrutura e corrigir uma lesão.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Fraturas acetabulares: diagnóstico, tratamentos e complicações

    Fraturas acetabulares: diagnóstico, tratamentos e complicações

    Por ter um nome incomum, poucas pessoas já ouviram falar nas fraturas acetabulares. Contudo, são fraturas muito recorrentes, principalmente em vítimas de acidentes de motocicleta ou de automóveis.

    Geralmente, esse tipo de fratura é grave e requer um diagnóstico preciso, cuidados e tratamentos específicos para que não hajam complicações. Os tratamentos precisam ser conduzidos por profissionais qualificados e experientes no assunto.

    O que é o acetábulo?

    No corpo humano, nós temos a região da pelve (bacia) que é composta por três grandes ossos, dois ossos inominados e o osso sacro. Nos ossos inominados está o acetábulo, que é a superfície articular da bacia. Na junção com a cabeça do fêmur, forma a articulação do quadril.

    A cartilagem acetabular é um tipo de tecido nobre que não se regenera e tem como função o suporte do peso corpóreo e a movimentação. Devido a incidência de um trauma, essa cartilagem pode se degenerar.

    O que é uma fratura acetabular?

    É o rompimento da articulação do quadril em decorrência de um trauma de alto impacto, como acidentes de motocicleta, de automóveis ou quedas de grandes alturas. Normalmente, esses traumas produzem lesões em órgãos vitais do corpo humano. Quando ocorrem essas fraturas, há um impacto da cabeça femoral no acetábulo. 

    Como diagnosticar a fratura?

    A tomografia axial computadorizada é o exame de imagem que oferece a melhor possibilidade de análise para o médico no caso das fraturas acetabulares. Contudo, o raio-x ainda é a forma de diagnóstico mais precisa. O raio-x do acetábulo é importante para a avaliação do padrão da fratura.

    Quais são os tratamentos e as possíveis complicações?

    As fraturas variam conforme o sentido da força aplicada e a posição em que o quadril estava no momento do impacto. Dependendo do caso, irá variar a região do quadril que sofreu maior impacto e, consequentemente, também varia o padrão da fratura.

    De acordo com o tipo de trauma sofrido, a cartilagem do acetábulo pode sofrer o processo de degeneração. Como é um tecido nobre, ela não irá se regenerar, causando um desgaste irreversível.

    Quando há essa degeneração, poderá ocorrer uma coxartrose pós-traumática. Nos casos de luxação do quadril, existe a possibilidade do problema se agravar, necrosar a cabeça femoral e lesionar o nervo ciático.

    Nos casos mais leves, em que a fratura está estável, o tratamento pode ser não cirúrgico. Dessa forma, haverá apenas a restrição da carga sobre a região afetada. Nos casos mais complexos, a cirurgia é a melhor alternativa.

    Assim, será necessário a redução cirúrgica da fratura e a fixação dos fragmentos. A fixação pode ocorrer a partir da inserção de placas e parafusos de tração. Entretanto, a complicação mais comum desse procedimento é a ocorrência de artrose pós-traumática.

    Agora você já sabe tudo sobre as fraturas acetabulares. Caso tenha mais dúvidas, procure um ortopedista para ser avaliado. 

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Fraturas acetabulares: sintomas e causas

    Fraturas acetabulares: sintomas e causas

    As fraturas acetabulares, em sua grande maioria, são graves e exigem cuidados e tratamentos específicos, que devem ser realizados por profissionais com expertise. Apesar de ter um nome incomum, essas fraturas são muito recorrentes, principalmente em vítimas de acidentes de motocicleta ou de automóveis.

    Para que você entenda mais sobre o assunto, o texto vai discorrer sobre as principais questões que envolvem essas fraturas complexas, os sintomas e as causas mais comuns. 

    O que é o acetábulo

    No corpo humano, temos a região da pelve, que é formada por três grandes ossos, dois ossos inominados e o osso sacro. Nos ossos inominados está o acetábulo, que possui o formato de um “y” invertido e é a superfície articular da bacia. A cartilagem acetabular é um tipo de tecido nobre que não se regenera e tem como função o suporte do peso corpóreo e a movimentação.

    O que é uma fratura acetabular?

    É um tipo de fratura complexa, pois ocorre em uma região que possui a anatomia em 3D. Uma das principais razões para a gravidade desse problema está na situação que ocasionou essa fratura.

    Os casos de maior recorrência das fraturas acetabulares são originados em traumas de alto impacto, como acidentes de motocicleta, de automóveis ou quedas de grandes alturas. Normalmente, esses eventos acarretam em lesões de outros órgãos e podem oferecer risco à vida do paciente.

    Quando ocorrem essas fraturas, há um impacto da cabeça femoral no acetábulo. Essas fraturas variam de acordo com o sentido da força aplicada no momento do trauma e a posição em que o quadril estava quando houve a aplicação da força. Dependendo dessas variações, a fratura acetabular terá uma característica diferente.

    Quais são as causas?

    Como citado anteriormente, a origem das fraturas, frequentemente, estão associadas a traumas de alto impacto. Porém, esse problema também pode acometer aos idosos em razão da qualidade óssea deficiente.

    Para idosos, basta uma queda simples para produzir uma fratura no acetábulo. Contudo, é importante destacar que a grande maioria dos casos envolvem pacientes jovens, pois são os que estão mais propensos aos acidentes de motocicleta ou de automóveis.

    Quais são os sintomas?

    O principal sintoma é a dor no quadril, pois é a região que sofre o maior impacto e onde o acetábulo está localizado. Os outros sintomas são dor ao caminhar, ao movimentar-se, a presença de edemas e hematomas expressivos.

    Como essas fraturas, normalmente, ocorrem em função de um acidente, é possível que haja outras lesões espalhadas pelo corpo, especialmente no crânio, tórax e abdome.

    Essas são as principais informações sobre as fraturas acetabulares. Agora, você já conhece quais são as causas, os sintomas e como elas ocorrem. Caso tenha mais dúvidas ou identificou algumas características mencionadas, procure um ortopedista para ser avaliado.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Dedo em gatilho: sintomas, causas e tratamentos

    Dedo em gatilho: sintomas, causas e tratamentos

    A tenossinovite estenosante é uma condição comumente conhecida como “dedo em gatilho”. Às vezes, também é chamada de “polegar em gatilho”. 

    Os tendões que dobram os dedos deslizam facilmente com a ajuda de polias. Essas polias mantêm os tendões próximos ao osso. Isso é semelhante a uma linha mantida em uma vara de pesca. 

    O dedo em gatilho ocorre quando a polia se torna muito espessa, de modo que o tendão não consegue deslizar facilmente por meio dele.

    Sendo assim, elaborei este artigo para mostrar quais são as causas do dedo em gatilho, bem como seus sintomas e tratamentos indicados. Não perca os detalhes!

    O que causa o dedo em gatilho?

    O dedo em de gatilho é mais comum em certas condições médicas, como a artrite reumatoide, gota e diabetes. Um agarramento repetido e forte também pode levar à condição. Também é possível que o dedo em gatilho ocorra depois de um trauma na mão. No entanto, na maioria dos casos, a causa do distúrbio não é conhecida.

    Embora as causas do dedo em gatilho não sejam bem conhecidas, vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença. Descubra, a seguir.

    Sintomas do dedo em gatilho

    Os sintomas do dedo em gatilho geralmente começam de forma imperceptível. A pessoa pode sentir:

    • caroço na base do dedo, no lado da palma da mão;
    • sensação de pegar, estalar ou travar com o movimento dos dedos;
    • dor quando se dobra ou estica-se o dedo.

    A rigidez e travamento tendem a piorar após períodos de inatividade, como quando se acorda de manhã. Em casos mais graves, o dedo pode ficar na posição curvada permanentemente.

    Quais são os tratamentos?

    O tratamento inicial não costuma envolver a cirurgia. Na maioria dos casos, o médico pedirá que o paciente descanse a mão e evite atividades que possam agravar o problema.

    Também é recomendado o uso de tala durante a noite, para manter o dedo afetado na posição correta enquanto o paciente dorme. Exercícios de alongamento suave também ajudam a diminuir a rigidez e melhorar a amplitude de movimentos.

    Com relação aos medicamentos, os anti-inflamatórios ajudarão a controlar a dor e inflamação do local. Se o médico optar, poderá realizar injeções de cortisona direto no dedo.

    Se os tratamentos conservadores não aliviarem os sintomas, a cirurgia pode ser recomendada. O objetivo do procedimento é abrir a polia, na base do dedo, para que o tendão possa deslizar mais livremente. 

    O movimento do dedo pode retornar rapidamente ou permanecer com uma leve rigidez após a cirurgia. Ocasionalmente, a terapia é necessária após a cirurgia para a recuperação da função do dedo.

    O dedo em gatilho pode ser revertido com o tratamento especializado, normalizando o funcionamento normal da mão. É importante conversar com seu médico sobre o assunto. Somente ele poderá lhe orientar sobre o tratamento mais adequado para cada caso.

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  • Lesão do plexo braquial: sintomas, causas e tratamentos

    Lesão do plexo braquial: sintomas, causas e tratamentos

    O plexo braquial é a rede de nervos que envia sinais da medula para os ombros, braços e mãos. Uma lesão do plexo braquial ocorre quando esses nervos são esticados, comprimidos ou, nos casos mais graves, rasgados ou arrancados da medula espinhal.

    Ficou confuso sobre o assunto? Não se preocupe. Elaborei este artigo para mostrar quais são os sintomas, causas e tratamentos para essa condição. Acompanhe a leitura e fique por dentro dos detalhes.

    O que é uma lesão do plexo braquial?

    Como dito acima, são lesões causadas a um conjunto de nervos responsáveis por conduzir sinais da medula espinhal aos membros superiores (ombros, braços e mãos).

    Lesões menores do plexo braquial são comuns em esportes de contato, como o futebol, por exemplo. Os bebês às vezes sofrem lesões do plexo braquial durante o parto. Outras condições, como inflamação ou tumores, também podem afetar esta estrutura.

    As lesões mais graves são resultado de acidentes de carro ou moto. Este tipo de trauma pode deixar o braço paralisado, causando a  perda de função e sensibilidade. 

    O que pode causar a lesão?

    A maioria das lesões traumáticas do plexo braquial ocorre quando o braço é puxado ou esticado com força. Muitos eventos podem causar a lesão, incluindo quedas, colisões de veículos, ferimentos a faca, tiros e, mais comumente, colisões de motocicletas.

    Não se sabe exatamente quantas lesões do plexo braquial ocorrem a cada ano, mas o número parece estar crescendo em todo o mundo. O aumento da participação em esportes de alta energia e taxas mais altas de sobrevivência após colisões de veículos em alta velocidade podem ser fatores favoráveis para o crescimento desse tipo de ferimento.

    Sintomas

    Os sintomas podem variar. Isso irá depender do tipo e localização da lesão do plexo braquial, bem como se o paciente sofreu outras lesões. Os sintomas mais comuns do trauma são:

    • fraqueza ou dormência nos braços;
    • perda de sensibilidade;
    • perda de movimento (paralisia) dos membros superiores;
    • dor.

    Tratamentos

    Muitas lesões do plexo braquial se recuperam espontaneamente, sem cirurgia. Nesse caso, transcorrem semanas ou meses para que a lesão se recupere sozinha, quando a gravidade é leve. As lesões nervosas que curam sozinhas tendem a ter melhores resultados. Se o médico acredita que existe um bom potencial de recuperação sem cirurgia, ele pode atrasar os procedimentos e simplesmente monitorar a região.

    O tratamento cirúrgico, por sua vez, é recomendado quando os nervos não conseguem se recuperar sozinhos. A intervenção é indicada, inclusive, quando não existe a possibilidade de restauração das funções dos membros superiores. O processo de cura do nervo, em si, leva tempo. O médico pode recomendar terapias complementares, como a fisioterapia, que previne a rigidez articular e muscular.

    É importante notar que, dependendo da gravidade da lesão do plexo braquial, até mesmo a cirurgia pode não ser capaz de devolver as habilidades normais do braço ou da mão. Por isso, conversar com seu médico é essencial para que ele saiba qual tratamento deve ser realizado.

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  • Artropatia de Charcot: diagnóstico e tratamentos

    Artropatia de Charcot: diagnóstico e tratamentos

    A Artropatia de charcot é muito conhecida por pacientes com diabetes. A doença é caracterizada pela destruição progressiva dos ossos e tecidos das articulações dos pés e tornozelos. Na sua forma mais severa, a doença pode causar alterações significativas na arquitetura óssea e até mesmo a amputação.

    A Artropatia de Charcot pode ocorrer em qualquer articulação, no entanto, ocorre mais comumente nos membros inferiores, ou seja, no pé e no tornozelo. Por isso, elaborei este artigo para informar um pouco mais sobre o assunto, mostrando como é o diagnóstico e quais são os tipos de tratamento existentes.

    Como é o diagnóstico da Artropatia de Charcot?

    As manifestações iniciais da Artropatia de Charcot são frequentemente leves por natureza, mas podem se tornar muito mais graves, causando traumas diversos nos membros inferiores do paciente. Se não forem percebidos, pode haver a necessidade de amputação do membro, nos casos mais severos. 

    Devido à própria falta de sensibilidade gerada pela doença, fica difícil um diagnóstico preciso no início. Os sinais que revelam a Artropatia de Charcot incluem edemas nos pés, sensação de calor e vermelhidão. Pode haver dor e desconforto leves a moderados. No entanto, a característica da doença é a falta de sensibilidade, causada pela destruição dos nervos sensoriais. 

    A inflamação local é frequentemente o primeiro sinal de lesão óssea e articular. Este quadro clínico inicial se assemelha à celulite, à trombose venosa profunda ou à gota aguda. O problema pode ser confundido com um desses distúrbios, inclusive. Na maioria das vezes, há um diferencial de temperatura entre os dois pés em vários graus. 

    Como é o tratamento?

    Infelizmente, tratar a Artropatia de Charcot pode levar meses. Por isso, é importante aliviar as dores no pé lesionado, enquanto dura o tratamento. Tudo para que o paciente não sinta tanta dor ou desconforto durantes os dias que se seguem.

    Tratamento sem cirurgia

    O médico geralmente colocará um molde nos pés do paciente. Isso protege e impede que o pé se mova, provocando dor e agravando o quadro. Nos próximos 2 ou 3 meses, o especialista faz a mudança do molde por diversas vezes, à medida em que o inchaço diminui. 

    Pode ser necessário o uso de muletas, cadeira de rodas ou andador para se locomover. Depois que o médico tirar o último molde, o paciente usará sapatos prescritos exclusivamente para que se ajustem aos pés adequadamente. 

    Eles aliviam os pontos de pressão, que podem causar ferimentos. Juntamente a isso, o médico pode orientar algumas mudanças no dia a dia para que não seja exigido muito dos seus pés. 

    Tratamento cirúrgico

    A cirurgia para o tratamento da Artropatia de Charcot só é recomendada, caso as lesões provoquem a instabilidade dos pés, ou quando é impossível usar sapatos e andar normalmente. Uma ferida grave também pode levar à cirurgia. Durante a operação, o cirurgião pode realinhar ou fundir os ossos para tornar o pé mais estável. Ele também pode “lixar” os ossos afiados, que podem cortar a pele e causar feridas.

    Por fim, estimuladores elétricos de crescimento ósseo de corrente contínua têm sido usados ​​especificamente em pacientes com Artropatia de Charcot. Eles são clinicamente testados para promover a cicatrização de fraturas, na fase aguda da doença. Embora esses estímulos sejam promissores, tal método deve ser utilizado como complemento aos tratamentos mencionados acima.

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  • Artropatia de charcot: sintomas e causas

    Artropatia de charcot: sintomas e causas

    Artropatia de Charcot é uma doença que ataca os ossos, articulações e tecidos moles dos pés. Quando c omeça, a pessoa não consegue perceber que algo está errado. Mas, eventualmente, o paciente percebe o desenvolvimento de feridas dolorosas ou até mesmo a alteração no formato do pé. 

    Porém, se o paciente souber as causas e notar os sintomas, o médico poderá diagnosticar e tratar o problema antes que ele cause maiores danos. Pensando nisso, elaborei este artigo para mostrar quais são os sintomas e causas da Artropatia de Charcot. Acompanhe a leitura e não perca nenhum detalhe.

    O que pode causar a Artropatia de Charcot?

    A Artropatia de Charcot afeta os pés e tornozelos devido a uma deficiência nos nervos sensoriais. Por essa razão, não se sente nada nos pés e tornozelos, devido aos danos nos nervos. 

    Este é um problema comum em pessoas com diabetes. Mas, outras condições podem causar danos aos nervos, tais como:

    • abuso de álcool ou drogas;
    • infecções;
    • doença ou lesão na medula;
    • Mal de Parkinson;
    • HIV;
    • Sífilis.

    Nem sempre há uma causa específica para a Artropatia de Charcot. Mas, algumas coisas podem desencadear essa condição. Um torção ou osso quebrado não tratado de forma rápida, ou uma ferida no pé que não cicatriza, são algumas das condições que favorecem o desenvolvimento desta doença.

    O que acontece se a Artropatia de Charcot não for tratada?

    Quando a Artropatia de Charcot tem início, a pessoa pode não saber que o pé está machucado, pois os danos aos nervos impedem que ela sinta dor. Assim, a lesão ou a ferida piora à medida que se caminha sobre ela. Então, os ossos do pé começam a perder cálcio e enfraquecem.

    Tendo os ossos enfraquecidos, é comum que eles sofram fraturas ou desvios. Se isso ocorre, o pé e os dedos perdem a forma, tornando-se tortos. Isso causa a instabilidade nos tornozelos.

    Ao usar sapatos, a força dos ossos causa feridas na pele, que podem ser infectadas. O fluxo sanguíneo se torna deficiente, efeito colateral comum do diabetes. Neste caso, as feridas têm maior dificuldade em cicatrizar. Se isso continuar por muito tempo, existe o risco de amputação do membro.

    Quais são os sintomas da Artropatia de Charcot?

    Os sinais mais comuns de que os pés foram afetados pela Artropatia de Charcot são:

    • pé avermelhado;
    • pé quente ao toque;
    • pé inchado.

    Pode ser difícil identificar a presença da artropatia de Charcot, especialmente no início. Exames de imagem, como raios-X e testes de laboratório, podem não ser úteis para mostrar possíveis alterações nos membros, que indiquem a doença. Além disso, outros problemas nos pés podem ter os mesmos sintomas do distúrbio.

    Por isso, é tão importante o acompanhamento do diabetes por um ortopedista, inclusive, para que o especialista faça a avaliação regular do estado dos pés do diabético. Agora que você conhece um pouco mais a respeito da Artropatia de Charcot, saberá identificar os sintomas e procurar um especialista, caso necessário. 

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!