Autor: Dr. Henrique Rios

  • Osteopenia – O que é e como tratar

    Diferente do que a maioria das pessoas pensa, a osteopenia não é uma doença, mas uma condição clínica. O problema acontece quando começa-se a perder massa óssea de maneira gradual. Quando não é tratada de maneira adequada, pode causar a osteoporose, o que leva ao comprometimento da resistência dos ossos e eleva os riscos de fraturas na região do fêmur e da coluna vertebral.

    Mas quais são os principais motivos para que isso aconteça? Os ossos estão em um processo de constante renovação, decompondo-se e reconstruindo-se continuamente, por meio da ação dos osteoblastos, dos osteócitos e das células gigantes, que trabalham para reabsorver a massa óssea antiga e dar espaço para as matrizes renovadas.

    Por meio dessa reconstrução, o corpo consegue restaurar os ossos, quando se sofre algum tipo de fratura. Porém, com o avanço da idade, esse processo fica comprometido e os ossos se tornam mais fracos e porosos, o que contribui para o desenvolvimento da osteopenia.

    Até os 30 anos, os minerais presentes nos ossos vão aumentando e se renovando naturalmente. Após essa idade, é muito comum que a estrutura óssea se torne mais fraca e os ossos fiquem mais frágeis. Por isso, é fundamental que a ingestão de alimentos com muita vitamina D e cálcio aumente.

    É possível diagnosticar o problema?

    As pessoas que buscam saber se têm risco de desenvolver a osteopenia podem realizar um exame específico, que avalia de forma precisa a densidade dos ossos. Muito parecido com um raio x, a densitometria óssea é um exame que não causa nenhuma dor e deve ser realizado anualmente por homens e mulheres com mais de 65 anos.

    Essa condição é mais comum entre pessoas que mantêm dieta pobre em alimentos ricos em cálcio, que são fumantes, que não praticam exercícios físicos de maneira regular ou que têm casos de osteoporose no histórico familiar. Além disso, a menopausa precoce e o uso prolongado de alguns tipos de remédio também ajudam no desenvolvimento desse problema.

    Sintomas e tratamento

    A osteopenia é uma condição considerada silenciosa e dificilmente apresenta sintomas aparentes. Em alguns casos, é possível que haja algum tipo de fratura, o que pode indicar a ocorrência da osteopenia. A ajuda médica deve ser procurada principalmente por aquelas pessoas que apresentam os fatores de risco, que servirão de alerta para o médico.

    O tratamento para a osteopenia geralmente é feito por meio da alteração nos hábitos de vida. Recomenda-se que a pessoa pratique exercícios físicos regularmente e adote uma dieta mais saudável e rica em cálcio. Além disso, é possível fazer a correção de qualquer deficiência de sais minerais que fazem a composição da matriz óssea, ajudando na recuperação.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Tendinite: o que é e como se adquire?

    Tendinite: o que é e como se adquire?

    A tendinite é a mais comum das doenças da LER (Lesão por Esforço Repetitivo). É causada por movimentos contínuos que afetam uma área específica das articulações em que o tendão é mais forçado.

    As articulações mais afetadas são os pulsos, joelhos, ombros, cotovelos e calcanhares, tanto de atletas quanto de pessoas com as mais diversas profissões.

    Muito comum nos tempos atuais, a tendinite está associada ao uso dinâmico das tecnologias como o computador e smartphone. Atualmente é mais comum em profissionais que trabalham em escritório do que os que estão em fábricas ou construção civil, que antes despontavam as listas de acometidos com o problema.

    O que é a tendinite

    O primeiro registro histórico da tendinite foi feito pelo médico Bernardo Ramazzini, em 1713, e logo foi designada como “’paralisia ou câimbra do escrivão”. Mais de cem anos depois, trabalhadores industriais foram diagnosticados com tendinite, mas ela só foi considerada uma doença ocupacional em 1908, pelos ingleses, que definiram a “câimbra do telegrafista” como associada ao trabalho que exerciam.

    Ao ser considerada passível de indenização, foram surgindo inúmeros casos, que chegaram a ser definidos como epidemias. Com o tempo, médicos identificaram na tendinite não só um fator físico como também emocional. Os portadores representavam nela sua insatisfação profissional, cansaço, ansiedade e instabilidade.

    Apesar dos registros mais antigos, a tendinite é considerada uma doença moderna. Com um crescimento assustador após a inserção de tecnologia no dia a dia, ela deixou de ser considerada apenas uma doença ocupacional por ocorrer em atividades cotidianas como a prática de esporte, uso contínuo de videogames e de celulares.

    Os tendões são estruturas espessas e fibrosas que conectam músculos e ossos, resistentes aos movimentos articulares comuns. Por não serem elásticos como os músculos ou fortes como os ossos, ficam mais vulneráveis às ações contínuas, especialmente nos pulsos, joelhos, cotovelos, ombros e calcanhares.

    A tendinite pode ser provocada por excesso de exercícios, má postura, influência de agentes químicos ou mecânicos e em consequência de doenças reumatológicas. O esforço muito intenso e prolongado realizado num ponto específico das articulações pode gerar uma mini ruptura do tendão e causar uma inflamação, manifesta por sintomas como dor e inchaço.

    Eles podem desaparecer rapidamente, caso o indivíduo pare de realizar a tarefa e a região entre em estado de repouso. Mas, se houver uma continuidade da atividade, mesmo com a existência da inflamação, ela pode se tornar um caso grave que pode comprometer os movimentos.

    Como tratar uma tendinite

    Quando os primeiros sintomas de tendinite surgem, o ideal é manter repouso até que não haja mais inchaço nem dor no local. Em seguida, pode-se voltar às atividades, mas com o foco em se prevenir para que o problema não surja novamente e ainda mais intenso.

    É preciso diminuir a carga, o tempo de atividade e fazer pausas estratégicas para alongar a região afetada. Para ter um diagnóstico mais preciso sobre o problema, é preciso realizar uma consulta médica, quando será avaliada a proporção da inflamação e suas consequências. Na consulta há uma avaliação sobre o histórico do paciente e a realização de exames laboratoriais e radiológicos.

    Compressas de gelo podem ser muito úteis em tendinites leves, para amenizar o inchaço, assim como o uso de analgésico e anti-inflamatório. Em alguns casos é necessário engessar ou usar uma tipoia para manter a região afetada imobilizada e evitar que a continuidade de movimentos prejudiquem a recuperação. Porém, a imobilização não é prolongada, pois há o risco de atrofia muscular, caso haja grande ausência de movimentos.

    A cirurgia só é indicada se todos os tratamentos não surtirem o efeito desejado e as consequências da tendinite continuarem. Antes que se transforme em invalidez, o procedimento cirúrgico pode trazer alívio. É feita uma pequena incisão na articulação afetada para separar o ligamento do carpo do nervo medial, até aliviar a pressão.

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  • Como se adquire a osteoporose? Conheça as causas do problema

    Como se adquire a osteoporose? Conheça as causas do problema

    A osteoporose é uma condição caracterizada pela perda de massa óssea durante o envelhecimento, em graus diversos que podem facilitar (e muito) os riscos de quedas e fraturas.

    Essa perda é, na verdade, de cálcio e minerais importantes para a densidade óssea saudável. Acontece principalmente com mulheres pós-menopausa, mas pode acometer qualquer pessoa, inclusive aquelas que ainda não atingiram a velhice.

    Por ser uma doença silenciosa, geralmente só é identificada depois que uma fratura acontece e alguns exames são pedidos. Apesar disso, em alguns casos, ela pode causar sintomas como a perda de altura (em poucos centímetros), ombros caídos e corcunda.

    Causas da osteoporose

    Muitas vezes, a causa da doença é apenas o envelhecimento, que faz a absorção das substâncias necessárias para manter os ossos fortes mais difícil. Nas mulheres, a situação é mais comum devido à queda na produção de estrogênio após a menopausa, hormônio que auxilia a deixar os ossos firmes.

    Entretanto, há fatores de risco que podem acelerar o processo. São eles:

    • Tabagismo;
    • Álcool em excesso;
    • Falta de cálcio e/ou de vitamina D;
    • Sedentarismo;
    • Genética (histórico familiar);
    • Artrite reumatoide;
    • Diabetes;
    • Disfunções hormonais (hipertireoidismo, síndrome de Cushing ou redução de estrógeno/testosterona);
    • Alguns remédios, como certos tipos de corticoides, heparina ou anticonvulsivantes.

    A boa notícia é que parte dos fatores de risco são uma questão de hábito, o que significa que é possível se prevenir e tentar retardar ao máximo os efeitos da osteoporose.

    As melhores e mais saudáveis escolhas a serem feitas incluem não fumar, não se exceder com bebidas alcoólicas, praticar exercícios regularmente e manter uma alimentação equilibrada, com cálcio na medida certa. Banho de sol para obter vitamina D, moderadamente e fora dos horários de risco, também é uma boa ideia.

    Tratamento

    Não há cura para a perda de massa óssea acelerada, mas há tratamento para que os ossos sejam fortalecidos novamente o quanto for possível.

    No geral, o tratamento consiste em manter um estilo de vida como o que foi descrito acima, na prevenção. Alimentação saudável e exercícios são os principais pontos. Além disso, podem ser ingeridos medicamentos específicos, recomendados pelo médico.

    Quando a razão principal para o problema é hormonal, é recomendada uma avaliação endocrinológica, para verificar necessidade de reposição de hormônios. Fisioterapia pode ser incluída também como tratamento.

    Em muitos aspectos, a osteoporose é inevitável, mas em muitos outros ela depende de hábitos. Quanto menos ela atrapalhar a qualidade de vida, melhor. Assim, todo tratamento, desde que eficaz, é válido.

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  • Um guia anatomicamente correto da coluna vertebral

    Um guia anatomicamente correto da coluna vertebral

    A espinha dorsal, também conhecida como coluna vertebral, é a estrutura do corpo dos animais vertebrados. Ela se inicia no crânio e vai até a pelve, sendo composta por vértebras sobrepostas e divididas por discos intervertebrais. Com 75% de flexibilidade, a coluna do ser humano é responsável, dentre outras funções, pela locomoção e sustentação da estrutura do corpo.

    Representa um quinto do peso corporal e é dividida entre cervical, torácica, lombar e sacrococcígea, com respectivas curvaturas. A região lombar é a que suporta todo o peso do região superior como tronco, membros, pescoço e cabeça. Ao centro está o canal espinhal, que protege a medula e por onde passa o sistema nervoso periférico.

    Vértebras e discos intervertebrais

    São 33 vértebras que se formam como uma coluna. Cada uma tem em sua constituição o corpo, forame e um processo delgado chamado de espinhoso. As vértebras são pequenos ossos, sendo sete na região cervical, doze na torácica, cinco na lombar, cinco sacrais e 4 coccígeas.

    A primeira vértebra cervical é chamada Atlas. Conecta-se com o crânio, seguida pela Axis, que lhe dá suporte. A última é facilmente observada pelo tato, mais proeminente que as outras entre a divisão cervical e torácica.

    As vértebras torácicas são maiores que as cervicais e, através delas, se conectam as costelas. Estas formam a caixa torácica, que protege os pulmões e o coração. São sete verdadeiras, três falsas e duas flutuantes, que não se conectam com o esterno, osso que fecha a caixa torácica na região frontal.

    As vértebras lombares são ainda maiores que as torácicas, para conseguir sustentar o peso corporal. Seu corpo mais volumoso é causado pela necessidade de dar suporte a toda a área superior da coluna vertebral, assim como os membros, cabeça e pescoço.

    As vértebras sacrais têm tamanho decrescente e se fundem na fase adulta, enquanto as crianças as possuem livres e podem ter maior movimentação do quadril. As vértebras fundidas não têm discos intervertebrais, apenas a ligação que faz com as vértebras coccigianas.

    Cada vértebra é interligada por um disco intervertebral, que capacita sua articulação e também age na proteção contra impactos. Cartilaginoso e com pouca vascularização, no interior do disco há um composto gelatinoso. Esse composto contém um núcleo pulposo e ânulo fibroso que permite amortecer os movimentos mais abruptos e proteger contra quebras e desgastes.

    A medula espinhal

    No interior da sobreposição das vértebras e discos intervertebrais há o canal vertebral, onde está alojada a medula espinhal e por onde passa o sistema nervoso. A função da medula espinhal é estabelecer a comunicação entre todas as partes do corpo e o encéfalo, com exceção da cabeça. Seus sinais são chamados de impulsos nervosos.

    É comum confundir a medula espinhal, que faz parte do sistema nervoso, com a medula óssea que produz as células sanguíneas. A medula óssea é um tecido gelatinoso que preenche a cavidade interna de muitos ossos e é considerado um órgão hematopoiético. A medula espinhal é um cordão cilíndrico e constituído por células nervosas.

    Ela se inicia na parte final do encéfalo, chamado de tronco encefálico, e vai até a segunda vértebra da coluna lombar. Ao seu término estão as meninges e raízes nervosas que formam uma espécie de cauda equina.

    Os dados coletados por órgãos dos sentidos são oriundos dos nervos espinhais, que transmitem a informação para o cérebro pela medula espinhal. O mesmo ocorre com os movimentos dos membros superiores e inferiores, assim como a locomoção.

    A partir da medula espinhal, 31 pares de nervos espinhais se ramificam e se dividem e subdividem até atingir todo o corpo em uma rede nervosa. Uma lesão causada por acidente, doença ou postura que venha a romper ou comprimir a medula, pode causar dores, formigamentos ou paralisia temporária ou permanente.

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  • Dor na coluna – 6 possíveis causas para o incômodo

    Dor na coluna – 6 possíveis causas para o incômodo

    Sofrer com dor na coluna não é nada bom, mas a boa notícia é que, ao descobrir a causa do incômodo, fica muito mais fácil focar em um tratamento efetivo e duradouro. Afinal, o médico poderá prescrever o uso de medicamento correto e em alguns casos, até a fisioterapia.

    Pensando nisso, resolvemos ajudar você a compreender melhor essa dor que, às vezes,  acompanha as pessoas por muito tempo. A seguir, conheça:

    6 possíveis causas dor na coluna

    1. Lordose

    Bastante conhecida, a lordose é caracterizada por uma curvatura acentuada na coluna, que pode ser avaliada através de um exame clínico. Em parte dos acometidos ela é flexível, se altera e acompanha o movimento da pessoa, porém em outros, ela é rígida, causando mais dores e desconforto.

    1. Hérnia de disco

    A hérnia é, na verdade, um processo inflamatório que, ao atingir a medula ou um nervo, pode causar dores que irradiam para as pernas. Traumas, quedas, a prática de esportes e  hereditariedade podem ser as razões.

    1. Lombalgia

    É caracterizada por uma dor na região da lombar e pode se estender para a região das coxas ou nádegas. É considerada, atualmente, como uma das causas mais comuns de afastamento profissional, uma vez que é fruto do esforço repetitivo. Caso não seja tratada, a lombalgia pode se tornar crônica.

    1. Degeneração do disco

    Os discos da coluna contêm líquidos que nos protegem dos repetitivos movimentos. Porém, com o passar dos anos, esse material vai ficando escasso e expondo os discos à fricção durante os movimentos. Mais frequente nas vértebras e na lombar, esse problema pode levar a uma hérnia de disco.

    1. Estresse

    Um dos males do mundo moderno, o estresse também pode ser o causador de dores na coluna. Isso ocorre porque a pessoa estressada tende a ficar com músculos enrijecidos, principalmente na região dos ombros e pescoço.

    1. Má postura

    Todos os dias nos movimentamos, levantamos objetos ou simplesmente nos mantemos sentados na mesma posição por bastante tempo. Mas será que estamos sempre atentos à postura? Na maioria das vezes, não. Isso pode resultar em problemas graves e bastante desconfortáveis.

    A má postura e o pouco cuidado ao praticar atividades físicas são das causas mais comuns de dores nas costas, principalmente em pessoas com idade abaixo de 40 anos.

    Independentemente da causa da dor na coluna, jamais se deve automedicar, mesmo que se acredite estar tomando medicamentos leves. Todo e qualquer tratamento deve ser prescrito por um médico especialista e pode envolver tanto o uso de medicamentos como terapias.

    A melhor forma de evitar sofrer com a dor nas costas é a prevenção, que, muitas vezes, pode ser feita a partir de cuidados simples. Em caso de dúvidas, procure ajuda de um ortopedista o mais breve possível.

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  • Conheça os 3 problemas comuns da curvatura da coluna

    Conheça os 3 problemas comuns da curvatura da coluna

    Um número cada vez maior de brasileiros vem apresentando problemas na coluna. Manter a postura correta não é um hábito comum para algumas pessoas e isso desencadeia uma série de transtornos nos ossos e também nas articulações.

    Algumas disfunções podem não causar tanto incômodo no início, mas, quando se trata de desvios, os sintomas podem perdurar e trazer mais prejuízos ao indivíduo.

    Três tipos principais de desvio vertebral acometem várias pessoas. Cada uma possui uma diferença, mas as três exigem uma reabilitação física imediata para não comprometer os movimentos.

    Deformidades comuns da curvatura da coluna

    1. Hiperlordose

    A hiperlordose é uma disfunção que ocorre na dimensão da área lombar. A parte inferior da coluna apresenta uma curvatura muito acentuada, ultrapassando os 40 graus que a estrutura normalmente forma.

    O comum é que uma pessoa tenha uma curvatura de, no máximo, 40 ou 50 graus. Acima disso, atrapalha a ergonomia postural de forma que a pessoa sente dores e incômodo quando fica de pé.

    Outro problema da hiperlordose é que a musculatura do abdômen e da lombar ficam comprometidas e mais fracas. Em alguns casos, elas chegam a encurtar e uma fisioterapia é indicada para restabelecer o equilíbrio dos músculos, para não causar nenhuma dor ou não deixar a postura errada.

    1. Hipercifose

    Na área dorsal (parte superior das costas), uma pessoa normal apresenta uma curvatura de 20 a 45 graus. No caso de uma hipercifose, o indivíduo tem uma medida que ultrapassa os 45 graus, deixando os ombros e a cabeça curvados para frente.

    A postura também é afetada porque, embora a estrutura vertebral não seja inteiramente reta (ela se desvia em 3 dimensões), a hipercifose deixa a dimensão superior curvada demais, resultando na anteriorização da cabeça e dos ombros.

    A pessoa que sofre de hipercifose pode ter dores de cabeça, dor nos ombros e dor na área cervical. Além disso, a condição também influencia o indivíduo a olhar para o chão, pois a parte superior se projeta para dentro.

    1. Escoliose

    A escoliose é um caso ainda mais comum e é o ponto inicial para o desenvolvimento da hipercifose e da hiperlordose. A região vertebral é torcida, de maneira que a vértebra é inclinada e apresenta rotações sobre si mesma.

    Essas rotações normalmente são para o lado direito atingindo a caixa torácica da parte direita. Porém, o lado esquerdo também pode apresentar o desvio.

    Todo o conjunto vertebral possui os desvios nos 3 planos, mas a escoliose altera a forma adequada que esses desvios devem permanecer. Nem sempre isso causa dor, mas pode acarretar alguns sintomas na fase adulta.

    O ideal é que se mantenha sempre uma postura ereta a fim de não deixar a coluna numa posição que comprometa a sua composição. Todas essas alterações são fáceis de serem notadas e um médico especializado pode oferecer apoio para amenizar os efeitos e corrigir o problema eficazmente.

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  • Dor na coluna: exercícios para aliviar o incômodo

    Dor na coluna: exercícios para aliviar o incômodo

    A dor na coluna é um problema que atinge milhares de pessoas em todo o mundo e pode ser causada por fatores genéticos, postura incorreta ou por atividades e movimentos realizados no trabalho diariamente. Uma pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que oito, em cada dez pessoas, sentirão algum tipo de dor na coluna, em algum momento durante a vida.

    Um fator de risco de dores na região da coluna é a obesidade. Pessoas que estão acima do peso têm mais chances de desenvolver o problema, pois o excesso de peso atua na compressão da região da coluna, o que pode causar danos nos discos intervertebrais.

    Permanecer em pé por longos períodos de tempo também é um fator de risco e pode causar dores na coluna. A dor é muito comum em pessoas que precisam ficar em pé o dia todo para realizar suas funções no trabalho, pois há muita tensão muscular e enrijecimento da coluna.

    Exercícios físicos podem aliviar o incômodo

    É muito comum que as pessoas que sofrem com as dores na coluna optem pela automedicação. Esse é um hábito prejudicial, que pode agravar a situação. O ideal é sempre procurar um especialista para que o diagnóstico seja feito e seja definida a melhor forma de tratamento.

    Em muitos casos, a prática regular de exercícios físicos como natação, pilates e ioga pode aliviar as dores. Alguns exercícios de alongamento também são eficazes, trazendo mais conforto.

    Um exemplo é o alongamento para a coluna cervical. Deve-se levar as mãos na parte de trás da cabeça e puxar levemente para frente e para trás. Depois, com uma mão, puxa-se a cabeça para a direita e para a esquerda, permanecendo em cada posição por aproximadamente 30 segundos.

    O alongamento para a coluna dorsal ajuda a aliviar as dores no meio das costas. Para isso, o exercício ideal é ficar em posição de quatro apoios e encostar o queixo no peito. Esse movimento força as costas para cima e ajuda a amenizar as dores.

    O pilates é uma prática física que também ajuda a diminuir o incômodo na coluna, pois trabalha principalmente o alinhamento da coluna e a fortificação da estrutura que atua em sua sustentação.

    A natação também é uma ótima opção. A água empurra o corpo para cima, o que ajuda no alinhamento natural das vértebras e evita o surgimento de possíveis desvios de postura.

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  • 3 principais causadores de traumas ortopédicos

    3 principais causadores de traumas ortopédicos

    Os traumas ortopédicos são problemas sérios e podem ser fatais. Só para ter ideia, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, todos os anos esse tipo de trauma mata cerca de 5,8 milhões de pessoas no mundo, o que corresponde a 10% de todos os óbitos.

    O trauma ortopédico é todo e qualquer traumatismo no sistema musculoesquelético, ou seja, é um ferimento de pequeno ou grande porte nos músculos, nos ossos ou em ambos.

    Quer conhecer os principais fatores causadores de traumas ortopédicos e entender as especificidades de cada um? Leia o texto completo e saiba mais sobre o assunto.

    3 principais causadores de traumas ortopédicos

    Acidentes de trânsito

    Os acidentes de trânsito estão entre os maiores causadores de traumas ortopédicos. Eles são responsáveis pela ocupação de, aproximadamente, 90% dos leitos hospitalares em enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva.

    Tais acidentes causam fraturas complexas, que atingem com frequência a coluna, a região do tórax e ossos longos dos membros inferiores, como a tíbia e o fêmur. Eles podem provocar sequelas graves, como a invalidez e, em casos mais graves, o acidentado pode não resistir e vir a falecer.

    Objetos

    O trauma ortopédico pode ser causado por objetos. O impacto de um móvel sobre um dos membros, uma agressão com itens (taco, cassetete, armas, etc) capazes de provocar danos nos ossos ou músculos, o manuseio inadequado de objetos, a queda de uma estante ou armário, a pressão provocada pelo peso de objetos contra o corpo, além de pancadas e topadas em peças espalhadas pela casa podem gerar fraturas variadas.

    As queixas mais comuns, decorrentes de traumas ortopédicos causados por objetos são as dores, edemas, hematomas, deformidades, problemas posturais, inflamações, lesões cutâneas, incapacidade parcial ou total de movimentos, além de fraturas expostas. Cumpre ressaltar que a maioria dos acidentes provocados por objetos acontece no ambiente doméstico.

    Quedas

    As quedas simples ou de grandes alturas também integram a lista de fatores causadores de traumas ortopédicos. Esse tipo de ocorrência pode provocar fraturas leves ou severas, dores, inchaços, hematomas e outras manifestações físicas.

    Caso a queda atinja mais do que os ossos, machucando nervos, tecidos moles e vasos sanguíneos, o quadro traumático pode se agravar. Se houver rompimento de artérias e comprometimento da circulação, medidas extremas, como a amputação, podem ser necessárias.

    É por isso que mesmo que o tombo pareça inofensivo, o ortopedista deve ser consultado. O tratamento rápido e adequado pode ser determinante para evitar complicações, a exemplo de trombose e embolia pulmonar.

    Dentro da ortopedia há uma especialidade chamada “Trauma Ortopédico” ou “Traumatologia”, área voltada para o estudo e tratamento de fraturas e lesões ósseas e/ou musculares provocadas por traumatismos de origens variadas.

    Então, independentemente da causa e do tipo de trauma ortopédico, é importante recorrer ao acompanhamento especializado para aumentar as chances de recuperação do paciente.

    O tratamento varia de acordo com o tipo e a gravidade do trauma, mas ele pode combinar medidas como o uso de medicamentos, imobilização dos membros afetados, fisioterapia, cirurgia, entre outros.

    Quer saber mais sobre trauma ortopédico? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Dor no cotovelo: sintomas, diagnóstico e tratamentos

    Dor no cotovelo: sintomas, diagnóstico e tratamentos

    A famosa dor de cotovelo existe e pode ser mais incômoda do que você imagina. Não estou falando do sofrimento por uma separação ou tristeza por conta das frustrações. Estou me referindo à dor literal, aquela que acontece na articulação entre o antebraço e o braço.

    Essa articulação é muito complexa, pois seu funcionamento de dobradiça liga três ossos importantes para a movimentação do membro: úmero, ulna e rádio.

    As lesões por esforço repetitivo são bastante comuns nessa parte do corpo, o que pode provocar dor local. Entretanto, elas não são as únicas razões para o cotovelo doer.

    Quer descobrir mais acerca da dor no cotovelo? Leia o artigo, confira as informações e entenda melhor o assunto!

    Dor no cotovelo

    Muitas são as alterações que podem acontecer e gerar danos no cotovelo. Qualquer um dos músculos pode ser contraído indevidamente, qualquer osso pode ser fraturado, qualquer ligamento pode ser torcido, qualquer tendão pode ser ferido, o que pode impactar os movimentos do braço, comprometer as funções articulares e provocar a desconfortável dor no cotovelo.

    Sintomas da dor

    A dor é um sintoma de problemas osteoarticulares e pode vir acompanhada de outras manifestações físicas como formigamento, pontadas, hipersensibilidade ao toque, inchaço, sensação de queimação, dormência e dificuldade de movimentação.

    Caso a pessoa não consiga movimentar o braço afetado, é importante buscar auxílio médico imediatamente. Quando a dor é parcialmente incapacitante, pode ser um sinal de condições articulares mais graves, que inspiram maiores cuidados.

    Diagnóstico do problema

    A dor no cotovelo pode ser um sinal de epicondilite lateral, plica sinovial, doença de panner, osteocondrite, bursite, artrite, fraturas ocultas, artrose, luxação na cabeça radial, síndromes compressivas, tendinite, lesões por esforço repetitivo, entre outros.

    O diagnóstico deve ser feito por um médico ortopedista, que fará uma detalhada avaliação clínica, considerando os sintomas, histórico do paciente, condições físicas e resultados de exames de imagem, como radiografia e ressonância magnética.

    Tratamentos possíveis

    Como pode ter diversas causas, não existe apenas um tratamento para a dor no cotovelo. O protocolo varia conforme o diagnóstico estabelecido pelo especialista. Somente um profissional pode orientar o paciente em relação à melhor conduta.

    O tratamento pode ser farmacológico, com o uso de anti-inflamatórios, relaxantes musculares e analgésicos, sendo que o ortopedista indicará o tipo de medicamento, dosagem e duração do tratamento.

    Além disso, sessões de fisioterapia, massagens, compressas de gelo, imobilização e repouso parcial podem ser úteis para o alívio da dor no cotovelo e cura do problema.

    No decorrer do processo, é ideal reduzir o ritmo e intensidade dos exercícios físicos, a fim de evitar lesões e permitir que os músculos e ligamentos se recuperem satisfatoriamente.

    Quer saber mais sobre a dor no cotovelo? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Dor no quadril: diagnóstico e tratamento

    Dor no quadril: diagnóstico e tratamento

    A articulação do quadril é formada por estruturas cobertas de cartilagem, o que permite que diversos movimentos sejam realizados. A movimentação do quadril inclui flexão, abdução, extensão, adução, rotação externa e interna. Em algumas situações, o quadril pode sofrer lesões articulares, o que gera sintomas como o comprometimento desses movimentos, além de dor local.

    É sobre dor no quadril que hoje nós vamos conversar. Esse problema é bastante comum e incômodo, mas geralmente não é uma condição grave. Quer conhecer um pouco mais sobre as dores nessa parte do corpo? Continue lendo o artigo e fique por descubra o que pode ser e como tratar o problema!

    O que pode ser?

    O quadril pode doer por várias razões. Uma das causas mais frequentes é a lesão pélvica, que provoca inflamação entre os músculos abdominais, a musculatura da parte interna da coxa e o osso da bacia.

    O desconforto local também pode estar associado à sobrecarga de peso e esforço durante os exercícios físicos, além de outros problemas, como a bursite trocantérica, as tendinopatias, a compressão do nervo ciático, a osteonecrose, esforço repetitivo, infecções e fraturas na região.

    Como é feito o diagnóstico?

    O diagnóstico é feito pelo ortopedista ou reumatologista, com base em avaliação clínica, análise dos sintomas, teste de força muscular e resultados de exames de imagem. Os principais exames de imagem são a ultrassonografia e ressonância magnética nuclear.

    O raio-X de quadril é útil para verificar se há calcificações no local e excluir lesões, como estiramentos, contusões, distensões e fraturas. Porém, não é um exame tão completo e preciso quanto os outros.

    Como tratar a dor no quadril?

    A dor no quadril, a princípio, pode ser tratada com analgésicos ou anti-inflamatórios. O tipo de medicamento dependerá diretamente da causa e intensidade da dor. A automedicação é contraindicada, pois somente um especialista pode definir a medicação ideal, dosagem adequada e duração do tratamento.

    Além do tratamento farmacológico, podem ser necessárias sessões de fisioterapia com exercícios específicos para fortalecer os músculos do quadril, aliviar a dor e restabelecer a movimentação na região. Massagens e repouso também podem surtir efeitos positivos.

    Cumpre salientar que, em casos mais sérios, nos quais a dor é muito intensa, a artroplastia pode ser a solução. Trata-se de uma cirurgia que consiste na colocação de uma prótese como substituta da cabeça femoral.

    O que fazer ao sentir dor no quadril?

    Ao sentir dor no quadril, seja leve, intensa ou moderada, é importante buscar o auxílio de um especialista. Consulte-se o quanto antes com um ortopedista de confiança para obter um diagnóstico correto e receber orientações sobre o tratamento.

    Não adie a consulta, sobretudo, se além das dores fortes e prolongadas, estiver sentindo dificuldades para subir e descer escadas, cruzar as pernas, andar, agachar, calçar os sapatos ou realizar outros movimentos simples que fazem parte do dia a dia.

    Quer saber mais sobre dor no quadril? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!