Cientificamente definido por osteofitose, o bico de papagaio é assim popularmente denominado devido à forma que assume. Quando se faz radiografia, nota-se que é semelhante ao bico da ave.
A osteofitose surge nas vértebras, em decorrência do envelhecimento e má postura ao longo dos anos, o que gera desgastes no disco intervertebral. Ocorre, assim, aproximação excessiva das vértebras e novas estruturas ósseas aparecem nas suas borda. Em resposta a esse estresse, o corpo começa a depositar matéria óssea, os osteófitos, numa tentativa de se autodefender, diminuindo a sobrecarga e estabilizando a coluna.
Os sintomas surgem em decorrência do osso extra, que provoca dor e deixa a articulação mais rígida, restringindo os movimentos. Pode, ainda, lesar os nervos do indivíduo.
Ao longo de vários anos, problemas como hérnia, artrose, escoliose e doenças autoimunes, como espondilite anquilosante e artrite reumatoide, também podem desencadear osteofitose. A doença é mais comum a partir dos 45 anos, devido ao desgaste dos discos da coluna vertebral, que ocorre com o envelhecimento. Outras causas também estão relacionadas ao excesso de peso, ausência da prática de atividade física, traumas na coluna e doença reumática.
Os principais sintomas são dor intensa nas costas, formigamento nos braços ou nas pernas e diminuição da força muscular. Para confirmar o diagnóstico é fundamental ir ao ortopedista para fazer um raio-X da coluna ou ressonância magnética. Por meio desses exames de imagem o médico detecta o desgaste do disco intervertebral, a aproximação entre as vértebras e a formação de proeminências na região lateral das vértebras, semelhantes ao bico de papagaio.
Medicamentos
Para minimizar a dor e desconforto causados pela osteofitose, o médico pode recomendar o uso de analgésico e anti-inflamatório. No entanto, deve-se manter uma postura correta para evitar o agravamento da doença. Em alguns casos, também pode ser necessário fazer fisioterapia, pelo menos quatro vezes por semana, para melhorar a postura e diminuir a dor.
Terapia
Desde de que sejam adequados às limitações e às condições do indivíduo, os exercícios físicos são importantes para prevenir a perda de massa muscular e fortalecer a musculatura da coluna vertebral. Além dos tratamentos convencionais, RPG (Reeducação Postural Global) e Pilates podem trazer bons resultados, melhorando a postura, a flexibilidade e a tonificação da musculatura da coluna. Ambos devem estar aliados e acompanhados por um profissional de fisioterapia fisioterapia.
Cirurgia
Apenas em casos mais graves o tratamento cirúrgico é indicado, quando já existem alterações importantes no alinhamento da coluna ou lesões nos nervos causadas pelos bicos de papagaio.
A doença não tem cura e, com o passar do tempo, vai piorando. Existe, no entanto, tratamento, que deve ser acompanhado por um médico ortopedista e pode incluir analgésicos e fisioterapia, para aliviar a dor. A melhor dica é cuidar para que a enfermidade não se agrave e fazer fisioterapia para diminuir a dor nas costas e melhorar a qualidade de vida do indivíduo.
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(CRM 5269, RQE 954)
Ortopedista e traumatologista renomado, alia duas décadas de experiência à formação de excelência. Membro da AAOS e SBTO, lidera o serviço de ortopedia na UPA-MA e é preceptor no HTO-MA. Suas publicações na Revista Brasileira de Ortopedia e expertise em trauma ortopédico o tornam referência no MA.
Comprometido com a inovação e o cuidado personalizado, o Dr. Rios transforma vidas através da medicina ortopédica de ponta.