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  • Trauma ortopédico em idosos: como é o tratamento e a recuperação

    Trauma ortopédico em idosos: como é o tratamento e a recuperação

    Um simples escorregão pode representar um grande problema para os idosos. É que qualquer deslize pode causar trauma ortopédico, uma das piores dores de cabeça que os mais velhos podem ter. 

    Ele pode resultar de acidentes de baixa energia (imprevistos domésticos, quedas simples, entorses) ou de alta energia (batidas de trânsito, queda de lugar alto). No primeiro tipo, destacam-se as fraturas no quadril, ombro e punho, em razão da osteoporose. 

    Tratamento 

    O primeiro passo é fazer o correto diagnóstico. O médico analisa os sintomas descritos pelo paciente e o histórico clínico. O exame de radiografia é importante para confirmar as suspeitas e, então, direcionar o tratamento. Em alguns casos, tomografia e ressonância magnética podem ser requeridas. 

    Quanto ao tratamento, quase sempre a abordagem é cirúrgica, sendo a opção não operatória indicada apenas em alguns casos, sobretudo quando os riscos envolvidos na intervenção são maiores que os benefícios ou, ainda, quando o diagnóstico é feito tardiamente. 

    O que será realizado para proporcionar ao idoso retorno precoce às atividades depende da região traumatizada e da extensão do dano. Pode-se optar, por exemplo, por fixação estável da fratura com hastes, placas ou parafusos, e substituição por prótese nas fraturas desviadas do colo do fêmur.

    Quanto antes se iniciar o tratamento, menores as chances de complicações como trombose venosa, distúrbios cardiorrespiratórios, urinários e escaras (úlceras/lesões causadas pela pressão local).

    Recuperação

    O processo de recuperação do idoso que sofre trauma ortopédico exige muita resiliência. É muito importante atentar a alterações neurocomportamentais, principalmente no que diz respeito à memória e ao humor. Se o indivíduo sofreu um acidente, saiu machucado e ainda perdeu alguém especial, por exemplo, é natural que o lado psicológico seja afetado. 

    É pertinente pontuar que a reabilitação deve ocorrer de forma sutil e gradativa. O período entre a restrição do paciente ao leito e o retorno ao movimento de marcha (caminhada) é crítico e exige manejo especial, principalmente porque a capacidade física fica prejudicada, uma vez que a atrofia muscular aumenta rapidamente. 

    Previna-se

    Evitar as situações que podem comprometer a saúde osteomuscular dos idosos é essencial. Esse cuidado começa em casa: coloque piso antiderrapante, corrimão e rampa de acesso nos ambientes; evite tapetes ou panos decorativos no chão; instale suporte de apoio no box do banheiro e próximo ao vaso sanitário; mantenha objetos de uso frequente ao alcance das mãos; escolha cadeiras, camas e poltronas com cabeceiras e apoios de costas e braços.

    Falar sobre prevenção de trauma ortopédico significa lembrar-se, também, da necessidade de controlar os fatores de risco da osteoporose (estado hormonal, uso de medicações, e deficiência de vitamina B12, por exemplo). Estudos indicam que a cada três pacientes que sofrem fratura no quadril, um tem o diagnóstico da doença; e, deste número, um em cada cinco recebe algum tipo de tratamento.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Dor no joelho pode ser sinal de pisada errada

    Dor no joelho pode ser sinal de pisada errada

    Você acorda e, a partir desse momento, realiza uma série de atividades de maneira automática. Abre os olhos, levanta-se, vai ao banheiro, escova os dentes, pisca e anda. Já reparou que muitas de nossas ações são executadas sem que tenhamos a necessidade de pensar sobre elas de antemão? É o caso da pisada, por exemplo. O problema é que, neste caso, não atentar à forma correta de fazê-lo pode desencadear dor no joelho. 

    Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto.

    Qual é a sua pisada

    O jeito que você pisa não é igual à maneira como seu amigo pisa. O modo é determinado de acordo com as características anatômicas de cada indivíduo, como, por exemplo, o tipo de pé e a flexibilidade nas articulações. 

    Existem, basicamente, três formas: pronada (ocorre quando o apoio do pé no chão é feito primeiro com a parte interna), supinada (é o famoso “pisar para fora”) e neutra (ocorre quando o pé atinge o solo de maneira uniforme, com o peso distribuído de modo praticamente igual por toda a planta). 

    Identificar qual é sua pisada é importante para você escolher o calçado adequado, evitando, assim, aparecimento de dor no joelho. Isso se dá por meio de uma avaliação ortopédica. Se preferir, pode recorrer a uma avaliação baropodométrica, que, inclusive, algumas lojas especializadas disponibilizam. 

    É bem simples: uma esteira com sensor identifica, a partir do impacto do pé no equipamento, qual é o seu entre os diferentes tipos de pisada. Outro jeito bem simples é, em casa mesmo, pegar um jornal, molhar o pé e pisar sobre ele para observar a marca.

    Qual é o calçado ideal

    Se a pisada é neutra, não existem muitas restrições no momento de escolher o melhor sapato, desde que tenha amortecimento mais leve e solado semicurvo. Já aqueles que pisam de maneira supinada necessitam de um reforço no amortecimento, como em gel e em molas, controle de estabilidade e solado curvo. O modelo direcionado àqueles com pisada pronada (realizada por 50% da população mundial) deve ser bem amortecido, com controle de estabilidade leve e solado plano ou semicurvo.

    Complicações e dor no joelho

    Se você pisar de maneira irregular, pode ter certeza: seu corpo logo começará a “reclamar”. Cada público sentirá os efeitos em partes diferentes. Quem tem o pé pronado pode esbarrar com desvios de patela (o osso da parte frontal do joelho) e instabilidades no tornozelo. Essas pessoas desenvolvem com muita frequência dor no joelho, na canela, esporão no calcanhar, fascite plantar, problemas lombares e no quadril, e arcos fracos e dolorosos.

    Se sua pisada é supinada, as complicações que podem atingi-lo incluem lesões constantes no tornozelo, frequente tensão dos músculos que ficam logo abaixo do joelho, além de retração na fáscia plantar. Isso tudo é sinônimo de dor e inflamação, portanto, muito incômodo. 

    O corpo humano consegue surpreender até na sola do pé. E, inteligente que ele é, sempre comunica que a coisa não vai bem. Se você suspeita de problemas com a pisada e percebeu sintomas como dor no joelho e baixo rendimento físico, busque ajuda de um especialista e, ao abastecer o guarda-roupa, escolha modelos de calçado mais adequados à anatomia de seu pé. 

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  • Radicais livres e desempenho esportivo: qual a relação?

    Radicais livres e desempenho esportivo: qual a relação?

    Quem preza pelo desempenho esportivo ideal costuma atentar a variados aspectos que podem prejudicar os resultados. Na lista de de preocupações dos certamente estão os radicais livres, que se dividem  em dois tipos: endógenos, que são produzidos de forma natural pelo organismo humano; e exógenos, que são externos e adquiridos por meio de radiação, poluição, consumo de tabaco e álcool e maus hábitos alimentares.

    Em condições normais, os radicais livres contribuem para geração de energia, ativação de genes e mecanismos de defesa, atacando e destruindo as células de micro-organismos patogênicos. Quando se acumulam no organismo, ocorre o chamado estresse oxidativo, um quadro que pode causar danos às moléculas de DNA, levando ao envelhecimento precoce e até ao desenvolvimento de algumas doenças, como o câncer.

    Qual a relação com o desempenho esportivo

    Quanto mais intensa e exaustivamente se suar a camisa, maior o consumo de oxigênio no corpo. O enorme bombeamento desse elemento químico através dos tecidos desencadeia a liberação de radicais livres. O ideal, para driblar esse mecanismo, é praticar exercícios mantendo entre 65-80% de sua frequência cardíaca máxima. Sabe-se que as atividades aeróbias apresentam maior produção e liberação de espécies reativas de oxigênio em comparação às modalidades anaeróbias. 

    Existe outro processo que também contribui para a produção desse elemento na atividade física: isquemia-reperfusão. O nome é complicado, mas é fácil de entender. Quando se pratica um movimento intenso, o fluxo sanguíneo é desviado para os músculos que estão em ação naquele momento. Isso quer dizer que uma parte do corpo fica desabastecida momentaneamente até que o exercício seja finalizado e, então, o sangue retorne. Esse vaivém, pelo menos no que diz respeito aos radicais livres, não é interessante. É com base nisso que se encoraja, por exemplo, o desaquecimento ou a volta à calma. 

    Importância da alimentação 

    Os alimentos antioxidantes ajudam a “varrer” os radicais livres em excesso do organismo e promover a saúde. Entre os principais, estão aqueles ricos em:

    • vitamina C (frutas cítricas, vegetais verde-escuros);
    • vitamina E (gérmen de trigo, abacate, óleos de soja, amêndoa, nozes);
    • betacaroteno (cenoura, tomate, batata doce, manga, abacaxi, espinafre, damasco seco, abóbora);
    • selênio (castanha-do-pará, alimentos marinhos, fígado, carnes, aves);
    • zinco (carnes, peixes, aves, leite, cereais integrais, feijões);
    • licopeno (tomates);
    • flavonoides (chá verde, vinho tinto, frutas cítricas, uvas, maçãs);
    • coenzima Q10 (alimentos marinhos);
    • ômega 3 (óleo de canola, linhaça, nozes, peixes);
    • isoflavonas (soja). 

    O ideal é alinhar com um especialista em nutrição esportiva a necessidade de suplementar esses elementos, prevenindo, assim, a atuação dos radicais livres. E, claro, é essencial também evitar as situações externas que “carregam” esses agentes para dentro do corpo. Nesse sentido, o cigarro e o álcool são os “vilões” mais cruéis. Tem outra condição que também eleva a quota e, portanto, deve ser contornada: nervos à flor da pele, ou, se preferir, estresse.

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  • 6 erros comuns cometidos na academia que vão prejudicar o seu corpo

    6 erros comuns cometidos na academia que vão prejudicar o seu corpo

    Você provavelmente conhece alguém que decidiu começar uma rotina de exercício físico, mas, no final das contas, um levantamento de peso malfeito comprometeu a coluna da pessoa  e a deixou de molho por uns bons dias. Quem quer apostar as fichas na academia precisa ir com calma e evitar erros comuns que uma multidão comete. 

    Neste artigo, listamos 6 erros que você deve evitar na academia. Confira!

    1. Sede ao pote

    Ir com muita sede ao pote pode ser desastroso. O processo precisa acontecer de maneira gradual e consistente, de modo a proporcionar ao corpo tempo de adaptação. Vá com calma e não se cobre, por exemplo, a execução da mesma ficha  do colega que malha há décadas. No começo, os exercícios podem parecer leves demais, mas essa é a regra, principalmente quando a pessoa é sedentária. À medida que você se acostumar, a planilha deve ser trocada. 

    2. “Alongamento é bobagem”

    Quem nunca ouviu essa expressão que atire a primeira pedra. Comumente as pessoas negligenciam a importância do alongamento antes e depois das atividades, encaram como bobagem, perda de tempo. Mas é justamente o contrário: essa prática proporciona ao corpo a flexibilidade que ele precisa para movimentar-se durante o treino e potencializa o rendimento de exercícios como musculação e corrida.

    3. Não respeitar o intervalo entre as séries

    Se o profissional que o acompanha disse que você precisa descansar dois minutos, são dois, não um ou três. O prazo é calculado levando em consideração o tempo que o músculo precisa para se recuperar para a próxima rodada de repetições. Nesse intervalo, ocorre a liberação de hormônios importantes para o crescimento muscular, aumento da força e a queima de gordura: o GH e a testosterona. 

    4. “Só isso?”

    Esse é um erro que os adeptos da hipertrofia cometem constantemente na academia: colocar peso demais. Forçar a barra (literalmente) pode fazer o músculo se distender em excesso e, no processo de regeneração, criar fibroses, machucados que causam perda de elasticidade. Quem acaba sofrendo é a coluna, que fica obrigada a segurar o esforço que outras articulações não suportam. 

    5. “Conserta essa postura”

    Quem não está acostumado à rotina de academia pode se sentir perdido quanto à postura correta ao executar os exercícios, mas é importante, desde o começo, prestar atenção nesse aspecto, porque qualquer deslize pode acarretar complicações sérias no sistema osteomuscular. Nem sempre manter o corpo ereto é o ideal, por isso, a supervisão de um profissional é tão crucial. 

    6. “Só quero malhar essa parte aqui, o resto está ok”

    É importante ressaltar a todos aqueles que optam por treinos na academia a necessidade de deixar os grupos musculares equilibrados. O corpo é formado por músculos antagonistas e agonistas, que se sustentam e trabalham simultaneamente, de modo que, por exemplo, exercitar a parte anterior da coxa e deixar de trabalhar o lado posterior deixará o joelho fragilizado e, portanto, mais suscetível a lesões.

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  • Rabdomiólise: saiba como essa síndrome pode prejudicar o seu desempenho físico

    Rabdomiólise: saiba como essa síndrome pode prejudicar o seu desempenho físico

    O nome parece complicado, mas o problema, apesar de complexo e importante, é fácil de entender. Rabdomiólise é uma síndrome causada por lesão muscular acompanhada de morte do tecido. Isso libera uma proteína chamada mioglobina no sangue, que, por sua vez, pode danificar os rins.

    Trata-se de um problema que pode ser ocasionado por elementos físicos e não físicos. No primeiro tipo, temos, por exemplo, traumatismos, compressões, imobilização prolongada durante o coma e o pós-operatório, atividade muscular excessiva e hipertermia. Já entre as causas não físicas, destacam-se abuso de álcool, drogas e substâncias químicas, uso de determinados fármacos e infecções por vírus e bactérias.   

    Sinal vermelho

    Apesar de a rabdomiólise não ser tão comum, estudos conseguiram estabelecer grupos de indivíduos que são mais suscetíveis à síndrome. Neles, estão atletas que realizam atividades sob sol, praticantes de atividades físicas que consomem álcool e/ou drogas, pessoas que expõem o corpo a exigências absurdas, quem pratica esportes sem a devida nutrição e hidratação, e aqueles que sofreram lesões e voltaram à ativa antes do prazo de recuperação. 

    Sintomas da síndrome 

    Os sintomas mais comuns de rabdomiólise são fraqueza muscular, dores musculares e urina escura (a tonalidade é devido à mioglobina excretada). À medida que o quadro evolui, as complicações ficam mais sérias, e quem pode dar pane é o sistema renal. É por isso que mãos e pés ficam inchados, a produção de urina diminui, o sujeito sente falta de ar, tontura e náuseas. 

    Tratamento da doença

    O primeiro passo é fazer a reposição de fluidos, de forma que a pessoa consiga se regenerar mais rapidamente. Medicamentos à base de bicarbonato e diuréticos podem ser prescritos. Se danos nos rins e insuficiência renal aguda forem constatados, considera-se a possibilidade de fazer diálise.

    Rabdomiólise e desempenho físico 

    Esse problema, como se percebe, apresenta sintomatologia considerável que pode minar o desempenho físico de atletas. Quem já foi acometido com o problema deve ser avaliado de maneira periódica. Se os níveis de creatinoquinase (CK) são normais, a mioglobina não está mais presente no soro ou na urina (que fica clara), e não há, então, dor muscular.

    Fique atento

    Se você quer prevenir-se, aprenda a ingerir grandes quantidades de líquidos se vai competir/treinar em clima quente e úmido e quantifique a perda e a ingestão total de líquidos. Opte por água e soluções contendo carboidratos e sódio em concentração e frequência adequadas. Importante, também, monitorar a urina (quantidade e coloração) e os sinais de anormalidade que o corpo apresenta (calafrios/arrepios, tonturas, alucinações, dor muscular).

    Seja inteligente e, ao perceber que o organismo não aguenta mais, pare, pois a rabdomiólise é um problema sério que pode comprometer não só sua vida de atleta, mas todos os outros âmbitos.

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  • Como retornar às atividades físicas sem prejudicar o corpo

    Como retornar às atividades físicas sem prejudicar o corpo

    Ficar um tempo de molho sem praticar atividades físicas pode ser uma dor de cabeça para muitas pessoas, principalmente para aquelas que levam o esporte muito a sério. No afã de voltar logo a suar a camisa, há quem queime etapas e prejudique o corpo. O primeiro ponto é: vá com calma, e isso quer dizer controlar a ansiedade, pegar leve no começo e entender que o organismo precisa de tempo para se adaptar novamente. 

    Uma dose de realidade

    Se você for realista consigo, metade do caminho estará completo. Não precisa sentir vergonha de, nos primeiros dias, movimentar-se de maneira mais lenta e cuidadosa. O senso de realidade é importante porque permite agir conforme seus limites, ainda que estes sejam momentâneos. Correr desesperadamente na esteira pode ser arriscado, então, é melhor trotar de leve na corrida até ganhar condicionamento de novo. 

    Crie uma rotina

    Os primeiros dias são cruciais e requerem um pouco mais de disciplina. É nesse momento que o corpo começa a entender que algo novo está acontecendo, por isso, criar uma rotina, estabelecer horários e cumpri-los são decisões estratégicas. É normal acordar e sentir zero vontade de colocar a roupa e ir para a rua ou a academia, contudo, não ceder às vontades imediatas do cérebro é imprescindível. 

    Conte com o auxílio de um profissional

    Isto é importantíssimo: conte com a supervisão de um profissional ao retornar às atividades físicas. Com base no histórico clínico, nas limitações corporais e nos objetivos da pessoa, estrutura-se um plano de treino, com prazo determinado, respeitando o processo de adaptação do organismo. 

    Nesse sentido, é essencial, também, respeitar o intervalo de descanso entre um treino e outro. Os benefícios das atividades físicas não ocorrem durante sua realização, mas, sim, ao seu término. O corpo se adapta aos estímulos do treinamento durante o período de recuperação. Se os músculos estiverem parcialmente recuperados do treinamento anterior, em vez de benefícios e evolução, haverá danos e regressão. 

    Alongue-se

    O alongamento é indicado em praticamente todas as atividades físicas, contudo, após um período de afastamento ele torna-se ainda mais imperativo, pois promove o estiramento de boa parte das fibras musculares e propicia amplitude maior dos movimentos, o que melhora a performance. Uma sugestão: alongue cerca de dez minutos antes e depois do treino, pois já é uma ótima maneira de soltar a musculatura. 

    Cuide do resto

    Fazer atividades físicas sem cuidar da alimentação e do sono é uma péssima ideia. Esses três elementos andam juntos, isto é, precisam estar constantemente alinhados. Se você não dormir direito e não seguir um cardápio nutritivo e balanceado, fica difícil até mesmo fazer uma caminhada no quarteirão de casa. Então, antes de voltar à ativa, questione-se sobre esses aspectos. 

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  • Fatores desencadeantes de lesões musculares no atleta

    Fatores desencadeantes de lesões musculares no atleta

    O desempenho de todo atleta está atrelado à prevenção de lesões musculares. Quando o corpo sente o impacto de um movimento malfeito, de uma pancada ou de um esforço extenuante, logo aparecem os sintomas que preocupam e deixam muita gente de molho. É importante, por isso, ficar atento aos fatores que podem desencadear problemas nos músculos.

    O que pode desencadear lesões musculares

    Estresse metabólico 

    O estresse metabólico (evento que modifica a homeostase do organismo, provocando uma resposta neuroendócrina e metabólica complexa) é um dos fatores desencadeantes de lesões musculares, uma vez que impacta a capacidade de liberação de adenosina trifosfato, uma importante molécula formada que funciona como fonte de energia para a célula realizar seus processos. 

    Alterações da microcirculação

    Quando ocorrem alterações na microcirculação (circulação do sangue pelos menores vasos do corpo, ou seja, arteríolas, capilares e vênulas), os músculos ficam mais suscetíveis ao desenvolvimento de complicações. Isso ocorre, acreditam alguns autores, devido à liberação de radicais livres, que podem ativar as enzimas proteolíticas. 

    Estresse mecânico

    O estresse mecânico é, basicamente, todo e qualquer treinamento que seja feito utilizando altas cargas externas. É um gatilho para lesões musculares porque desencadeia reações fisiológicas que modificam o tamanho e a estrutura óssea. 

    Alterações secundárias

    Entre as alterações secundárias que provocam danos musculares, estão incluídos: aumento da concentração do cálcio sarcoplasmático, redução dos níveis musculares de glicogênio, maiores níveis plasmáticos das enzimas creatinoquinase (CK) e desidrogenase lática (LDH), deficiência de magnésio, formação de radicais livres e início de peroxidação. 

    Acompanhamento profissional 

    Você provavelmente já ouviu algum treinador de futebol declarar, em entrevista coletiva, que precisou afastar momentaneamente determinado jogador para prevenir lesões. No esporte, pausas são importantes. Quando se detecta que um atleta está com CK elevado, por exemplo, entende-se que ele alcançou o nível máximo de desgaste, portanto, precisa “respirar”.

    O acompanhamento nutricional e ortopédico é essencial para garantir a performance positiva dos atletas. Com essa supervisão, é possível, entre outras coisas, certificar-se quanto ao consumo e à suplementação corretos de antioxidantes — substâncias capazes de “varrer” os radicais livres do organismo  e à manutenção da saúde osteomuscular.

    Tipos de lesões

    Lesões musculares podem ser classificadas em traumáticas e atraumáticas. Entre as traumáticas, estão o estiramento, a contusão e a laceração. Já as atraumáticas dividem-se em câimbra e dor muscular tardia. Também são compreendidas de acordo com a duração (agudas ou crônicas) e a ocorrência (lesão primária ou recidivante, levando-se em conta se esta ocorreu pela primeira vez naquele determinado músculo ou não).

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  • Bursite no quadril: sintomas, causas e tratamentos

    Bursite no quadril: sintomas, causas e tratamentos

    Bursite no quadril é o resultado de um processo de inflamação nas pequenas bolsas de tecido conjuntivo, que são carregadas de um líquido chamado sinovial. Elas estão localizadas em algumas articulações e desempenham a função de reduzir o atrito entre os ossos, tendões e músculos. A doença gera

    Com mais de 150 mil casos a cada ano somente no Brasil, a bursite no quadril afeta, na maioria das vezes, pessoas com mais de 60 anos de idade. Nem por isso os mais novos devem relaxar e deixar de adotar medidas preventivas. Sabe-se hoje que, para chegar bem à quarta década de vida, é necessário ter cuidados desde os 20 anos.

    Conheça os sintomas

    Bursite no quadril é o resultado de um processo de inflamação nas pequenas bolsas de tecido conjuntivo, que são carregadas de um líquido chamado sinovial. Elas estão localizadas em algumas articulações e desempenham a função de reduzir o atrito entre os ossos, tendões e músculos. A doença gera dor na região lateral do quadril, sensibilidade ao toque, inchaço na região afetada, além de irradiação da dor para toda a coxa.

    Entenda o motivo

    As causas desse quadro são variadas e estão relacionadas ao estilo de vida e à intensidade de atividades físicas que o indivíduo faz.

    Quanto mais sobrecarga se aplica sobre os tendões, mais a situação se complica. Ocorre constantemente em movimentos repetitivos e ações como levantar, carregar, subir, empurrar, pedalar, pressionar, pular.

    Outras razões para o aparecimento de bursite no quadril são fraqueza muscular, doenças autoimunes (artrite reumatoide, por exemplo), artrose do joelho, gota e diabetes.

    Saiba o que fazer

    A bursite do quadril pode impedir que a pessoa se sinta confortável ao ficar em pé, andar ou correr. Exercícios de alongamento podem ser recomendados para fortalecer a musculatura e atenuar os incômodos.

    Deve-se atentar ao fato de que somente os médicos são capacitados para fazer o diagnóstico e recomendar o tratamento adequado para cada caso. Em algumas situações, estratégias precisarão ser associadas ao alongamento para uma melhora do quadro.

    Durante a consulta, será feita avaliação física para saber o grau de sensibilidade da região e análise do histórico clínico do indivíduo. O ortopedista poderá requerer exames bioquímicos e de imagem.

    Após a conclusão do diagnóstico, são prescritos medicamentos anti-inflamatórios, compressa de gelo e fisioterapia. Em último caso, quando essas medidas não forem eficientes, a cirurgia passa a ser considerada.

    A bursite no quadril tem cura, porém demanda alguns meses de cuidado. Ao perceber os sintomas, busque ajuda médica imediata. Quanto mais se adia, maior a possibilidade de cronificação, isto é, de a dor não passar, deixando o controle mais penoso.

    Uma das maneiras mais eficazes de prevenção é praticar atividade física com acompanhamento de um especialista, respeitando sempre os limites do corpo. A alimentação importa – e importa muito – quando o objetivo é não sobrecarregar o organismo e evitar a bursite no quadril.

     

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  • 5 benefícios de fazer o exame genético para dieta

    5 benefícios de fazer o exame genético para dieta

    O exame genético para a dieta é uma novidade que está levantando polêmica nos consultórios médicos no Brasil e em todo o mundo. Trata-se de uma possibilidade nova, mas com eficiência já comprovada. Oferece uma série de benefícios para quem deseja cuidar melhor da saúde e adotar medidas para controle de peso.

    Por meio do mapeamento do código genético, médicos especialistas e outros profissionais de saúde podem ter em mãos informações muito importantes.

    Dados contidos no DNA (ácido desoxirribonucleico) podem revelar a predisposição para o desenvolvimento de uma série de doenças no futuro. Isso ajuda o profissional, entre outras coisas, a recomendar um tratamento personalizado e mais assertivo.

    Numa analogia simples, é como se o indivíduo fosse uma máquina e o exame genético para a dieta, um manual que mostra ao profissional de saúde como aquela máquina funciona e como ajudá-la a melhorar o desempenho.

    Como é feito

    Não há diferença entre o exame de DNA convencional e o exame genético para a dieta. Eles são feitos basicamente da mesma forma e podem, inclusive, ter objetivos semelhantes. Duas metodologias são utilizadas para a coleta e verificação do código genético: exame de sangue ou saliva.

    A coleta de sangue pode ser feita em qualquer hora do dia e não é necessário jejum. É um exame muito prático e não exige nenhuma preparação. Para realizá-lo, basta comparecer a uma clínica especializada com o documento de identidade.

    A coleta de saliva exige que o interessado faça um jejum de, pelo menos, 30 minutos. Essa exigência é para evitar que possíveis resíduos de alimentos existentes na boca contaminem a amostra de saliva coletada e prejudiquem os resultados do exame.

    Benefícios para a dieta

    O mapeamento genético traz muitos benefícios para a medicina preventiva. Para quem quer ou precisa controlar a alimentação, o exame genético para a dieta oferece cinco vantagens incontestáveis. São elas:

    • Laudo com informações prévias e precisas: munido de uma série de informações sobre o funcionamento do corpo de seu paciente, o médico consegue mapear todas as possibilidades de tratamento e definir o ideal.
    • Redução de riscos: dieta restritiva ou com excesso de algum grupo alimentar pode desencadear doenças. Com o mapeamento genético, isso pode ser evitado.
    • Recomendações personalizadas: a equipe de saúde também poderá fazer as recomendações específicas, com base nas necessidades nutricionais.
    • Possibilidade de acompanhamento especializado: ao verificar predisposição do indivíduo a desenvolver alguma doença no futuro, o profissional de saúde poderá iniciar um acompanhamento especializado, com foco na alimentação saudável, hábitos de vida e tratamentos preventivos mais indicados.
    • Mais assertividade na tomada de decisões: quanto mais informações o profissional de saúde tiver sobre a pessoa, mais seguro ele estará para ajudá-la na tomada de decisão sobre a melhor forma de se alimentar e se manter mais saudável.

    Esses benefícios significam que, dispondo dos resultados do exame genético para a dieta, o médico pode a obter resultados melhores, com menos riscos. Eles proporcionam uma vida mais saudável no presente e no futuro.

     

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  • 6 dicas para correr na areia e evitar lesões

    6 dicas para correr na areia e evitar lesões

    Os amantes da corrida sempre buscam opções para diversificar o treinamento. Isso eleva a motivação e favorece a garra. Correr na areia é uma das opções que mais atraem essas pessoas, pois, geralmente, por si só, o ambiente ligado à natureza já é um ótimo estimulante. Não é possível, entretanto, começar a se exercitar nesse ambiente sem preparação, uma vez que muitas lesões podem acontecer nele. Conheça 6 dicas úteis para o preparo.

    Use calçados

    O melhor jeito para correr na areia é descalço. Entretanto, as praias ficam sujas, principalmente em épocas comemorativas, com garrafas ou pedaços de vidro, bitucas de cigarro e vários outros tipos de lixo que podem machucar os pés. Assim sendo, correr sem proteção para os pés torna-se muito perigoso. Pode-se optar por sapatilhas específicas. Aquelas do modelo conhecido como fivefingers são ideais.

    Fique atento

    É preciso levar em consideração alguns pontos antes de começar a correr na areia. É um terreno irregular, ambiente onde prevalece a ocorrência de lesões – problemas no ligamento dos tornozelos são os mais comuns. É necessário lembrar, a todo instante, que a areia é instável, o que demanda ainda mais esforço dos joelhos e quadril. O cuidado deve ser total.

    Respeite os limites

    Quando se conhecem os limites tanto do corpo quanto do local de treino, o praticante pode fazer os exercícios de forma bem sucedida e sem contratempos. É importante, ainda, que a atividade física seja feita sob recomendação médica e acompanhada por um educador físico.

    Faça alongamento

    Correr na areia requer muito esforço físico dos músculos e das articulações. Faça exercícios de alongamento para que a pressão exercida sobre o corpo não prejudique os joelhos e o quadril, por exemplo.

    Trace um planejamento de treino curto

    Não se preocupe em correr na areia a mesma distância que na esteira ou no asfalto. Na areia é mais difícil. O terreno não é plano, por isso um lado do corpo fica mais sobrecarregado. Encurtar o treino pode ser uma boa estratégia.

    Apesar da dificuldade ser elevada, o fortalecimento muscular e o condicionamento físico são impulsionados de modo assertivo.

    Reforce a hidratação

    Recomenda-se ingerir 250 ml de água a cada 30 minutos de treino. Como o desgaste físico da corrida na praia é grande e perdem-se, além de água, sais minerais, o consumo de isotônico também é importante para repor essas perdas. Carregue uma garrafinha, pois, quanto mais desidratado o corpo ficar, mais altas as chances de se perder o equilíbrio e se machucar.

    Não há motivo para praticar a atividade sem os cuidados necessários. Junte-se a amigos e aproveite todas as sensações que a praia oferece. Estudos comprovam que estar em contato com o mar, vento e areia elevam o bem-estar e libera substâncias que evitam a depressão e outros males mentais.

     

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!