Conhecida também como condropatia patelar, a condromalácia patelar é caracterizada por um desgaste na cartilagem do joelho, que provoca dor e inflamação. O problema é mais comum em mulheres e atletas, especialmente naqueles que praticam corrida.
A condromalácia da patela ocorre quando há algum estresse repetitivo, que pode ser derivado de fatores como obesidade, prática de corrida, artrose, atividade física feita da maneira errada e, até, o uso de salto alto. Além disso, essa patologia pode aparecer sem causa aparente ou ser consequência de algum trauma.
Essa doença é dividida em níveis de gravidade, que vão desde estágio inflamatório ao desgaste completo. Portanto, elas podem ser:
- grau I: há uma certa alteração da camada mais externa da cartilagem da patela;
- grau II: a cartilagem possui lesões pequenas e localizadas, podendo possuir até 1,3 cm;
- grau III: no terceiro grau, as lesões são maiores que 1,3 cm;
- grau IV: no grau mais grave da condropatia, a cartilagem já sofreu desgaste em que é possível visualizar o osso subcondral que a sustenta.
Sintomas da condromalácia patelar
Principalmente nos estágios iniciais, a condromalácia nem sempre provoca dor. No entanto, pessoas com essa alteração na patela podem sentir uma dor leve ao redor, ou sob a rótula. O sintoma piora diante com determinadas atividades, como subir e descer escadas, prática de atividade esportiva ou, até mesmo, após ficar sentado durante muito tempo.
Tratamento da doença
Assim que for diagnosticada a condromalácia patelar, o paciente deve iniciar o tratamento. Geralmente, ele é composto por reabilitação, assim como exercícios para fortalecer a coxa. O objetivo da prática é melhorar a estabilidade do joelho. Além disso, uma joelheira pode ser usada para auxiliar o encaixe da rótula sobre o fêmur, bem como reduzir a dor, devido à distribuição de cargas.
Caso o tratamento fisioterápico não surta efeito, outros tipos de tratamento podem ser acionados, com o objetivo de lubrificar a área e fortalecer a camada que reveste a cartilagem.
Recorre-se à cirurgia em casos avançados. O procedimento, considerado minimamente invasivo, visa restabelecer a uniformidade da superfície articular. O procedimento também é indicado para tratar a reação inflamatória da membrana sinóvia, reduzir o volume do coxim gorduroso, abaixo da patela, além de realizar o realinhamento patelar.
Recomendações para quem tem condromalácia patelar
Pacientes com condromalácia patelar devem seguir algumas recomendações essenciais.
Manutenção de peso
Como o sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para a doença, é importante que haja um controle de peso para evitar que o joelho fique sobrecarregado.
Calçados
O uso de salto alto pode não só provocar a condropatia, como também piorar as dores, uma vez que a anatomia do salto faz com que a musculatura posterior fique retraída. Isso aumenta a pressão nos joelhos.
Movimentação
Pessoas com condropatia podem sentir dores ao ficarem sentadas com as pernas dobradas por muito tempo. Por isso, movimentar o joelho, esticando as pernas, pode fazer com que a dor seja minimizada.
Compressas
A compressa de gelo é uma grande aliada no alívio da dor. Ela deve ser colocada na parte da frente do joelho, durante 20 minutos.
Sentar-se com a perna esticada
Com o objetivo de reduzir a pressão exercida sob a patela, é recomendável que as pernas estejam esticadas enquanto o paciente estiver sentado.
A condromalácia patelar é um problema comum, mas pode causar muita dor, além de limitar os movimentos de uma pessoa. O tratamento é importante porque, além de evitar a progressão da doença, ele proporciona melhor qualidade de vida ao paciente.
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