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  • Escoliose: sintomas, diagnóstico e tratamento

    Escoliose: sintomas, diagnóstico e tratamento

    Vista por trás, a coluna vertebral deve estar em linha reta e alinhada. Caso apresente curvas nas laterais, isso pode caracterizar um caso de escoliose. A torção da coluna pode surgir por problemas congênitos ou adquiridos e aumentar sua gravidade com o tempo, sendo necessário um tratamento imediato para evitar sua evolução.

    A escoliose pode apresentar uma curva simples ou uma curva dupla em formato de S, com graus que vão desde o tratamento fisioterápico até o cirúrgico. É comum surgir um pouco antes da puberdade, mais em meninas que em meninos e com histórico familiar. Apesar disso, a escoliose também pode surgir em outros perfis.

    Causas e sintomas da escoliose

    A coluna é composta por 33 vértebras da base do crânio até a pelve, sendo 24 móveis e as demais interligadas para formar ossos que servem como apoio e sustentação de toda a espinha. As móveis são conectadas por músculos que lhe proporcionam estabilidade, ligamentos e articulações semimóveis que separam umas das outras, chamadas de disco intervertebral. Esses discos possuem anéis protetores, com estrutura fibrosa e resistente, que amortecem os movimentos e evitam o desgaste do atrito.

    Na composição das vértebras, o interior desses discos possui orifícios contínuos como se fossem túneis, por onde passam os nervos e a medula espinhal. Esses nervos fazem a conexão entre o cérebro e todos os movimentos do corpo, por meio dos impulsos nervosos.

    Por ser o eixo central do corpo humano, responsável pelos seus movimentos e sustentação, assim como também onde são fixadas as costelas e toda a estrutura torácica, é preciso manter a coluna vertebral saudável. Para isso, a postura ereta é fundamental, assim como evitar os atritos e a sobrecarga.

    A estrutura normal da coluna vertebral é facilmente identificada. Ao ser visualizada de frente, ela é reta, mas de lado forma uma espécie de S, com uma curvatura fisiológica que  se estende pelo pescoço, tórax, cintura e bacia. É uma postura espontânea e adaptada pelo homem ao longo dos séculos, para que possa realizar suas atividades naturais. Mas quando essa formação é alterada, constitui-se uma patologia denominada de acordo com o tipo de curva que provoca.

    A escoliose não é identificada quando visualizada na lateral da coluna, mas sim pela frente. No lugar de uma linha reta, ela apresenta um desenho que pode ter somente uma curva quando formar um S, que pode ou não torcer as articulações. Cintura desigual, uma perna aparentemente maior que a outra, dores nas costas e ombros diferentes são os principais sintomas.

    A curva pode ser da esquerda para direita ou vice-versa, em graus que vão desde leve curvatura até grave e que pode impedir o paciente de se locomover. A principal fase para seu surgimento é o início da juventude, decorrente de circunstâncias típicas dessa fase, como as alterações hormonais e a rapidez imediata do crescimento físico, aliado à prática de atividades físicas de forma equivocada e ao frequente excesso de peso em bolsas e mochilas só de um lado.

    A maior parte das causas é idiopática, mas quando é possível sua identificação, a origem pode ser genética, congênita e hereditária. Hábitos posturais, alterações ósseas causadas por outras doenças ou traumas também podem causar a escoliose.

    Diagnóstico e tratamento

    Quando se está diante do espelho, com postura ereta e um dos ombros parece estar mais alto que o outro, pode ser indicação de escoliose. Nem sempre o olhar leigo identifica as nuances iniciais da doença, mas, caso se note uma mínima diferença especialmente em crianças e adolescência, deve-se procurar orientação médica.

    Antes do diagnóstico, o médico fará uma avaliação clínica e requisitará exames laboratoriais e radiológicos para identificar a dimensão do problema, assim como neurológicos e de reflexos. O tratamento será indicado com base nos resultados dos exames.

    Quanto mais acentuada a curvatura, pior será o desempenho físico do paciente e mais difícil o tratamento. Quando ainda está em estágio inicial, uma correção postural pode ajudar a voltar ao estado normal.

    Quando a curvatura se agrava, principalmente em crianças, pode ser indicado o uso de coletes. Com diversos modelos específicos para cada tipo de problema, essas peças retardam a progressão da curva.

    Pode ser indicado o uso de palmilhas, fisioterapia, tratamentos alternativos como acupuntura e massagens ou, em casos mais graves, cirurgia. O procedimento cirúrgico corrige a curva até o máximo possível, fixando os ossos no lugar adequado com hastes de metal.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • 15 tratamentos para lombalgia

    15 tratamentos para lombalgia

    A dor nas costas é um sintoma muito comum e frequente na população e pode atingir pessoas de todas as idades, até mesmo crianças e adolescentes. Mas ela não é sinônimo de lombalgia, muitas vezes sendo apenas um sintoma de cansaço e de outras causas que desaparecem mais rapidamente.

    Definida como uma dor localizada na região lombar, a lombalgia indica um problema mais grave como a ciática, causando dor, formigamentos, desconforto e incapacidade motora. Má postura, obesidade e excesso de atividades físicas são causas comuns do problema, que pode ser curado rapidamente ou ser o início de outras doenças.

    Causas e sintomas da lombalgia

    A lombalgia pode se desenvolver a partir de uma série de causas e fatores de risco, que ampliam seus sintomas e consequências quando unidos a outros problemas de saúde. As principais causas são má postura, traumas, esforço repetitivo, sedentarismo, condicionamento físico errado, osteoporose, problemas emocionais, hérnia de disco, dor ciática, degeneração discal, espondilolistese, síndrome do piriforme e síndrome dolorosa miofacial.

    O problema atinge igualmente homens e mulheres, com fatores de risco para pessoas que carregam peso excessivo e obesos. Outras torções musculares podem também afetar a região lombar.

    Além da dor intensa nas costas, os sintomas da lombalgia são dor nos quadris, coxas e virilhas, tensão maior nos músculos das costas, dificuldade de permanecer deitado, sentado ou em pé por muito tempo e irradiação da dor, com formigamento e queimação.

    Tratamentos para lombalgia

    As crises de lombalgia podem se resolver mais rapidamente, de acordo com a sua causa e com a agilidade do paciente para buscar o tratamento. Em geral, 90% das crises são superadas em seis semanas, mas 60% dos pacientes podem voltar a apresentar o problema.

    A maioria das lombalgias é aguda e mecânica, com curto prazo de duração e causada por alterações posturais, contraturas ou degeneração. A cura da lombalgia subaguda dura em média até 12 semanas; já a crônica não tem tempo máximo de duração, podendo se estender por muito tempo e ser necessária uma ação mais contundente.

    Os tratamentos para a lombalgia são orientados pelo médico, de acordo com a intensidade e gravidade do problema. Listamos abaixo 15 tratamentos mais recorrentes, que devem ser indicados por um médico para aliviar e/ou tratar os sintomas:

    1 – Bolsas de água quente no local;

    2 – Massagem

    3 – Alongamentos;

    4 – Remédios como analgésicos, anti-inflamatórios e para contração muscular;

    5 – Repouso, para evitar movimentos bruscos e repetitivos;

    6 – Acupuntura;

    7 – RPG;

    8 – Pilates;

    9 – Evitar carregar mochilas pesadas;

    10 – Mudar a posição de dormir;

    11 – Reavaliar o tipo de colchão;

    12 – Mudar a postura para levantar da cama, caminhar, sentar etc.;

    13 – Usar sapatos mais confortáveis e com salto mais adequado ao peso do corpo;

    14 – Fisioterapia;

    15 – Cirurgia.

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  • 4 dicas para usar a mochila corretamente

    4 dicas para usar a mochila corretamente

    Milhares de pessoas usam mochila todos os dias, especialmente estudantes. Esse acessório faz parte do cotidiano, mesmo que muitas vezes esteja excessivamente pesado e/ou incômodo demais. O problema é que seu uso incorreto  pode causar grandes estragos à coluna.

    Então, é bom ficar atento à maneira pela qual você está fazendo seus trajetos com esse peso nas costas, e também ficar de olho nas crianças. Prevenir problemas nas costas quando jovem é o melhor caminho para evitar complicações futuras.

    Confira quatro dicas de como fazer isso e arrume as suas mochilas e as das crianças!

    O uso correto da mochila

    1. Escolha bem o modelo

    A qualidade da peça é fundamental tanto para a segurança da coluna quanto para o  conforto. Os modelos ideais são aqueles com alças ajustáveis e acolchoadas. O tamanho também é importante: o fundo deve ficar na área da coluna lombar, e não solto, pois isso puxa o corpo para trás e força pessoa a voltar para frente constantemente com os ombros. As alças não podem ser maiores do que os ombros e nem finas demais.

    1. Calcule o peso

    O peso máximo para ser carregado nas costas é igual a 10% do peso da pessoa. Ou seja, se você tem 50kg, não ultrapasse os 5kg de carga. Outra forma mais rápida é perceber se é preciso mudar a postura para suportar o peso. Se o corpo estiver indo para frente para se manter equilibrado, é sinal de que há excesso de carga.

    1. Nunca use de um lado só

    Muitas pessoas têm a mania de deixar as mochilas penduradas por uma só alça. Isso é bastante prejudicial, já que a coluna fica desequilibrada. Os resultados dessa prática costumam incluir dores e até quadros de escoliose.

    1. Distribua o conteúdo

    Em relação ao que está dentro da bolsa, procure deixar o que for mais denso (livros, normalmente) rente à coluna, nunca solto e se movendo de um lado para o outro. O restante do conteúdo pode ser distribuído pelos outros bolsos e afins, de maneira uniforme. Procure só deixar lá dentro o que será usado no dia, tanto para evitar sobrecarga desnecessária quanto para evitar que algo bagunce sua organização.

    A grande regra para perceber se o uso das mochilas está ou não sendo prejudicial à saúde é notar se há exigência de alteração na postura. O mesmo vale para as de rodinhas: elas geralmente são melhores para a coluna, desde que sua haste esteja na altura certa para que a pessoa não precise se abaixar para puxá-la.

    A mochila ideal vai evitar dores nas costas, dores de cabeça e outros problemas maiores, que vão desde a escoliose até a hiperlordose e cifose. Para quem já apresenta essas condições, o uso correto é imprescindível. Cuide da sua coluna agora e fique tranquilo amanhã!

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  • Como o excesso de peso pode causar dor na coluna

    Como o excesso de peso pode causar dor na coluna

    A dor na coluna é, sem dúvida, um dos problemas de saúde mais frequentes na população brasileira. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2014, 18,5% de toda a população adulta do país sofre com o problema, o que, em números práticos, representa mais de 27 milhões de brasileiros.

    É interessante observar que o problema  afeta mais mulheres – 21% da população feminina contra 15% da população masculina – e aumenta sua incidência conforme a idade, pois atinge 28,6% dos idosos contra 8,7% da população jovem – entre 18 a 29 anos.

    Mais do que um problema passageiro, trata-se de uma verdadeira urgência em saúde pública. Hoje, a dor na coluna é o principal motivo de afastamento do trabalho no Brasil. Dessa maneira, adotar medidas preventivas para evitar a manifestação do problema é o melhor caminho.

    Neste artigo, explicamos em detalhes qual a relação que o excesso de peso estabelece com a dor na coluna.

    O papel do excesso de peso

    Já está cientificamente comprovado que o excesso de peso é um dos grandes vilões para a coluna, quer seja a lombar, quer seja a região do ombro e pescoço. Isso porque a sobrecarga de peso é capaz de acelerar a degeneração do disco intervertebral, que, como o próprio nome indica, localiza-se entre as vértebras da coluna e atua como uma espécie de amortecedor, absorvendo impactos, protegendo os nervos e evitando que os ossos das vértebras entrem em contato um com o outro, gerando um processo de fricção e consequente desgaste.

    Considerando que esse processo de desgaste é bastante complexo, envolvendo modificação tanto na estrutura quanto na composição química do disco, pode-se entender porque o excesso de peso é prejudicial, uma vez que não só aumenta a carga na região, mas também causa uma inflamação crônica (que persiste por períodos superiores a seis meses) nas células de gordura, fundamentais para que o disco possa exercer corretamente seu papel.

    Recomendações para evitar a dor na coluna

    Com algumas medidas simples, é possível evitar o problema e ter uma maior qualidade de vida. Essas medidas incluem:

    • Emagrecer: reduzir o sobrepeso é essencial para amenizar a sobrecarga na coluna.
    • Diminuir peso de mochilas: o peso das mochilas não deve ultrapassar 10% do peso corporal. Além disso, as mochilas devem possuir duas alças macias que se ajustem à largura do ombro;
    • Carregar peso próximo ao corpo: quando objetos pesados são carregados mais próximos ao corpo, a carga de peso é diminuída, e consequentemente o estresse para a coluna é menor;
    • Manter postura correta: o próprio corpo pode representar um excesso de peso quando não está na postura adequada. Ao se preservar a curvatura natural da coluna por meio da boa postura, é possível ter maior estabilidade, não esticar excessivamente os nervos da coluna e proteger os discos intervertebrais.

    Por fim, é necessário ressaltar que dor na coluna é coisa séria e pode interferir drasticamente na qualidade de vida. Por isso, ao menor sinal de dor, um ortopedista deve ser consultado para analisar a causa da dor e traçar o melhor tratamento.

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  • Os 4 problemas mais comuns na patela

    Os 4 problemas mais comuns na patela

    Dores e inflamações são sintomas comuns no joelho. Por ser uma articulação em constante movimento, a área é muito suscetível a qualquer tipo de trauma, ainda mais quando o problema afeta a patela. O osso conhecido como sesamoide tem a função de ligar o joelho ao fêmur. Por ter uma atividade importante, sua consistência é grossa e grande que recebe ajuda de um tendão tanto para movimento como para proteção.

    Por se tratar de uma estrutura composta por outros aspectos importantes, o osso tem uma lista de problemas que podem lhe acometer. É bom estar atento, pois qualquer incômodo pode ser sinônimo de algo simples ou grave.

    Problemas na patela

    Hiperpressão patelar

    A hiperpressão patelar é considerada mais como uma síndrome do que uma enfermidade em si, embora prejudique o funcionamento do osso. Para que a ligação entre o joelho e o fêmur seja estável, é preciso que a própria patela fique equilíbrio correto. A hiperpressão patelar é justamente esse desequilíbrio da posição do osso, fazendo com que ele fique desalinhado e desgaste a cartilagem presente entre sua estrutura.

    Por ser uma síndrome, o osso pode se desalinhar várias vezes e comprometer a biomecânica do joelho, e assim,  necessitando de uma cirurgia para que o osso fique na posição correta. O problema causa dores e inflamações chegando até impossibilitar o movimento do joelho.

    Condromalácia patelar

    É um dos casos mais comuns que afetam a patela. Como o osso é coberto por cartilagem, a estrutura então é protegida contra qualquer tipo de atrito. A condromalácia patelar é o desgaste dessa cartilagem, parcial ou total. O sintoma mais comum é a dor porque a força para movimentar o joelho é ainda maior e causa mais atrito do que devia. Esse desgaste pode atingir não só o osso, mas outras partes do joelho.

    Instabilidade patelar

    Aqui também é um problema em que o osso sai do lugar, mas o problema pode ter vários motivos. Dois principais incluem a força que o fêmur provoca no osso a ponto dele se desencaixar ou quando a própria estrutura se encontra mais alta do que o joelho.

    Há também o caso em que a tróclea, área onde o fêmur consegue encaixar o osso, não é plana e por isso a ligação fica sem uma posição adequada para se escorar. Quanto maior o deslocamento da face externa da perna, mais fácil será do osso sair do lugar.

    Tendinopatia patelar

    Para que a ligação entre o fêmur e o joelho funcione, o osso precisa de um tendão para lhe suster. A tendinopatia patelar é o acometimento desse tendão, sendo rompido ou então pressionado. A dor surge abaixo do osso.

    Em todos os casos, acidentes, exercícios ou mesmo em atividades diárias são momentos em que o problema pode aparecer na patela. Quando surgir algum incômodo, é importante procurar o especialista para verificar a sua complexidade.

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  • Como evitar dor na coluna durante viagens

    Como evitar dor na coluna durante viagens

    Quase todo mundo fica muito empolgado quando o assunto é viagem. Conhecer novos lugares, mesmo que a trabalho, é uma experiência muito enriquecedora. Para algumas pessoas, no entanto, o período do trajeto é, literalmente, doloroso. O desconforto de ficar muito tempo sentado na mesma posição, pode acarretar em dor na coluna, que pode, por sua vez, se estender por alguns dias, acabando com toda a perspectiva de diversão da viagem.

    Viagens de ônibus, de carro ou mesmo de avião, quando muito longas, resultam em alguns incômodos. Se até mesmo no dia a dia a dor já é tão comum, imagina em uma situação que envolve mais tempo, tensão e bagagem?

    Felizmente, algumas mudanças já podem ajudar (e muito!) na prevenção desse problema. Acompanhe:

    Dicas para evitar dor na coluna ao viajar

    1. Atenção às malas

    Talvez seu carro as carregue por algum tempo, mas dependendo do tipo de viagem que você pretende fazer, alguma mala possivelmente será sua companheira por horas. Se for o caso, decida bem qual delas será. Se for uma mochila, evite ao máximo o excesso de peso e não faça movimentos bruscos. Se for de rodinha, fique atento à sua postura na hora de carregá-la, manter a coluna reta é importante. Caso seja uma mala que você precise carregar, lembre-se de dobra os joelhos.

    2. Posicione bem o banco

    O seu assento deverá ser confortável para todo seu corpo, incluindo as costas. A região lombar precisa ficar completamente encostada no apoio. No caso do motorista, a distância deve ser equilibrada, nem muito à frente nem muito atrás, de forma que os braços e as pernas fiquem confortavelmente dispostos.

    3. Alongamentos são essenciais

    Os alongamentos são importantes para todos os músculos em duas situações: pouca movimentação e movimentação excessiva. Por isso, ao passar muito tempo sentado é importante levantar e dar uma alongada, principalmente nos músculos da coluna.

    Faça pausas de duas em duas horas, ou o quão possível for, para sair do carro e dar uma mexida no corpo. No caso de viagens de avião, levante para ir ao banheiro, mesmo sem vontade, alongue os braços, pernas e pescoço. Isso fará com que a circulação melhore inteiramente, inclusive na coluna. Enquanto não der para descer do veículo, faça pelo menos alguns pequenos movimentos com o pescoço e com as mãos.

    4. Cuide bem da postura

    Parte do cuidado com as costas não tem a ver com fatores externos, mas apenas com você mesmo. Preste atenção à sua postura e corrija-a sempre que notar que ela está errada. Evite também movimentos bruscos.

    Dor na coluna não precisa ser sinônimo de viagem.

    Essas dicas vão te ajudar a ter uma viagem mais tranquila. Caso a dor na coluna ainda assim te aflija, ou mesmo quando não há viagem nenhuma, não hesite em procurar ajuda médica.

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  • Tipos de pisada: saiba identificar o seu

    Tipos de pisada: saiba identificar o seu

    Uma pessoa pode ser examinada clinicamente por um ortopedista apenas pela sua forma de andar. A análise é especialmente indicada para quem deseja praticar esportes como a corrida de rua, onde são observadas possíveis chances de lesão com tratamentos alternativos para evitá-las.

    A maneira como pisamos é influenciada pelo formato dos pés, a posição dos joelhos, como as articulações são flexionadas e todos os vícios de postura adquiridos; um conjunto de informações dos membros inferiores, que agem como uma identidade do caminhar de uma pessoa.

    Tipos de pisadas

    A pisada é como uma digital única que registra nos sapatos e no chão como e onde a pessoa deposita o seu peso corporal. O fato pode ser comprovado quando ao calçar um sapato de alguém ser possível sentir as diferenças modulares do seu solado e estrutura. Fatores anatômicos e biológicos são os responsáveis por exercer essas diferenças, a partir do conjunto de mecanismos dos membros inferiores.

    A pisada pode ser classificada nos seguintes tipos:

    Pisada Pronada

    Pisada pronada é o nome dado aos pés chatos, aqueles que praticamente não possuem arco na planta. Os indivíduos que tendem a pisar dessa maneira, depositam o peso corporal na lateral interna dos pés. Pela anatomia dos pés, eles podem apresentar um excesso de flexibilidade e causar instabilidade nos pés e tornozelos, facilitando o surgimento de lesões. Fraturas na tíbia e tendinites são os problemas mais frequentes, além de dores nos joelhos, que ficam mais próximos um do outro.

    Pisada Supinada

    Ao contrário do tipo anterior, essa pisada faz com que o arco da planta seja muito mais acentuado que o normal e o peso corporal fica na lateral externa dos pés. Esse tipo de pé favorece tendinites na perna abaixo do joelho, entorces no tornozelo e retração na fáscia plantar. Há pessoas que possuem os joelhos muito curvados para fora, formando um arco nas pernas que causa dor e problemas nas cartilagens.

    Pisada Neutra

    Nesse caso, o pé tem o arco de sua planta no tamanho adequado para dar suporte e o peso corporal é bem distribuído em todo o solado. Mesmo com a facilidade anatômica, o pé neutro não está isento da possibilidade de lesões.

     

    Para cada tipo de pisada há um tênis de corrida mais indicado para proteger contra lesões mecânicas e trazer mais conforto e equilíbrio nos passos. Os propícios para os pés neutros têm uma forma mais homogênea de absorver o impacto. Já os sapatos para que tem o pé supinado, oferecem suporte na região lateral. Os para pé pronado, por sua vez, dão suporta para a área interna.

    Identificando o seu tipo de pisada

    O ortopedista é o especialista apto para identificar o seu tipo de pisada e todas as nuances que envolvem a sua forma de andar. Antes do diagnóstico ele realizará um exame clínico e requisitará exames de raio-X e, se necessário, o de baropodometria, capaz de avaliar como é o formato do pé ao caminhar.

    Após todas as análises o médico avaliará a dimensão da pisada e as que são supinadas ou pronadas ao extremo podem receber indicação de tratamentos. Uso de palmilhas, medicação e fisioterapia são os mais usuais.

    Em caso de suspeita, tente você mesmo

    Antes de fazer um exame mais detalhado no consultório médico, é possível identificar o tipo de pisada em casa, com dicas simples e fáceis de serem realizadas. A maneira mais conhecida é o teste do “pé molhado”. Após molhar sua sola dos pés, pise em uma folha de papel grande colocada no chão plano. É importante colocar o pé pelo calcanhar até instalar os dedos na folha, de forma lenta e precisa, para depois ser retirado pelo alto.

    A marca deixada pela pisada indicará o tipo de pisada.

    Pode-se também avaliar os sapatos mais gastos. Eles deixam, marcados em sua sola, o desgaste da parte do pé onde o peso corporal é mais intenso.

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  • 6 posturas prejudiciais para a coluna

    6 posturas prejudiciais para a coluna

    Alguns hábitos adotados no dia a dia podem trazer riscos para a coluna. Isso se torna ainda mais prejudicial quando está relacionado à postura que nós adotamos em atividades realizadas diariamente. Não estamos falando apenas das posições adotadas no trabalho ou na escola, também é preciso cuidar da maneira como dormimos, lavamos roupa, praticamos atividades físicas e até mesmo como usamos o celular.

    A dor nas costas atinge todas as idades, e para que isto não ocorra, veja…

    …6 posturas prejudiciais para a saúde da sua coluna.

    1. Dormir de barriga para baixo

    A maneira como dormimos é algo bem difícil de mudar. Muitas vezes, quando encontramos uma posição confortável acabamos nos apegando a ela com apreço. Algumas pessoas gostam de dormir de bruços, mas essa não é a melhor opção para a coluna. Dormir de bruços sobrecarrega a região lombar, além de poder causar torcicolos. A posição ergonomicamente correta para dormir é de lado, com um travesseiro por debaixo da cabeça e outro no meio das pernas.

    2. Abaixar para pegar objetos sem dobrar os joelhos

    Ao pegar os objetos que estão no chão, muitas pessoas se abaixam de maneira descuidada. Precisamos prestar atenção aos movimentos que fazemos, principalmente quando os objetos são mais pesados. Flexionar os joelhos, quando nos abaixamos, ajuda a dividir a carga, evitando a sobrecarga da coluna. Portanto, ao abaixar, sempre dobre os joelhos e evite inclinar as costas.

    3. Sentar com as costas tortas

    Seja em casa ou no trabalho, as pessoas têm o hábito de sentar com as costas tortas ou com as pernas cruzadas, mas essas atitudes podem lesionar as costas. Por isso, sempre quando for se sentar, mantenha os pés no chão e encoste totalmente o corpo na cadeira.

    4. Limpar a casa com as costas curvadas

    Muitas vezes, ao fazermos uma faxina na casa, principalmente ao varrer, passar pano e aspirar o chão, acabamos curvando as costas. Quando fazemos isso, estamos colocando uma pressão extra na região lombar da coluna, fazendo com que ela doa. O ideal é não se abaixar, para isso, uma solução pode ser comprar cabos mais longos para as vassouras e rodos.

    Ao passar pano, prefira torcê-lo em um tanque, e se precisar baixar até o balde, dobre os joelhos.

    5. Passar longos períodos na mesma posição

    Em algumas profissões é preciso ficar horas na mesma posição, seja sentada ou em pé. Entretanto, essa é uma prática prejudicial para a saúde e acabam trazendo dores nas costas. A atitude também é prejudicial para a circulação sanguínea. Para evitar os problemas, procure levantar e dar uma caminhada a cada hora, para que o corpo saia da inércia.

    6. ficar muito tempo no celular

    A postura que precisamos adotar para usar o celular envolve a necessidade de olhar para baixo. Essa posição acarreta uma pressão extra no pescoço, podendo causar dores que se irradiem para a coluna cervical.

    É essencial fazer intervalos no uso do aparelho e sempre manter a tela mais perto possível do centro.
    Com os tópicos apresentados, agora você já sabe as posturas que são prejudiciais para a coluna. E sempre que sentir um sintoma, não hesite em procurar a ajuda de um profissional.

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  • Dor na coluna é a principal causa de afastamento do trabalho

    Dor na coluna é a principal causa de afastamento do trabalho

    A maior causa de abstenção profissional, entre os trabalhadores brasileiros é a dor na coluna. Os números explicam: a cada cinco minutos, ocorre um afastamento. Isso proporciona uma média de 270 profissionais a cada dia. O ranking é medido pelo INSS, órgão que dá suporte ao trabalhador que precisa de licença médica por mais de quinze dias.

    O curioso é que a maior parte desses afastamentos não é causada por acidentes no local de trabalho e nem por atividades com excesso de peso, mas por erros posturais. Esse tipo de problema não tem como ser avaliado exclusivamente como sendo causado no trabalho, mas como este artigo está ligado a isso, vamos analisá-lo por este ponto de vista.

    Como o ambiente de trabalho pode proporcionar o surgimento da dor na coluna

    A dor na coluna é a mais comum na população e a grande maioria já passou, passa ou passará pelo problema, mesmo que de forma aguda. Cerca de 10% da população brasileira sofre com dores lombares de forma crônica, causadas por alguma doença genética ou adquirida. Em geral, elas são superadas com analgésicos e atividades físicas direcionadas, mas os casos críticos podem evoluir a doenças mais sérias, que podem, inclusive, precisar de cirurgia corretiva.

    O alto número de pessoas que sofrem com o problema é justificável. A gama de atividades que podem proporcionar o problema, desde atividades de lazer a atividades laborais, é muito grande. O problema pode atingir todas as hierarquias.

    A predisposição genética é um fator de risco importante. Ela pode vir acompanhada da falta de força muscular nas costas e abdômen, do estresse e da obesidade, que podem causar e intensificar o processo de dor. É muito comum que o cansaço reflita em dores nas costas, assim como a depressão.

    Quando as dores nas costas acontecem como sintoma de outras doenças, há uma dificuldade na avaliação pericial, que pode prejudicar a validação do tempo de seu afastamento e sua capacitação provável.

    As lombalgias são problemas muito comuns e mais fáceis de serem tratados. Porém se o paciente não buscar assistência médica nos primeiros momentos de dor, o problema pode se intensificar, causando outros mais graves. As dores se desenvolvem mais em homens do que em mulheres, possivelmente pelos tipos de trabalho e atividades que podem causar sobrecarga.

    Trabalhadores que passam o dia sentados não estão isentos da dor na coluna, mesmo que não precisem sobrecarregar a região com peso. A postura incorreta de exercer suas atividades aliada à fraqueza da musculatura do abdômen e das costas motivam os afastamentos.

    Como se prevenir das dores nas costas

    A prevenção, no trabalho, depende da atividade exercida pelo profissional, mas é baseada em criar bons hábitos posturais acima de tudo. Para profissionais que carregam peso, a possibilidade de dores nas costas é muito grande, geralmente por excederem o limite e o tempo de sobrecarga diária. Nesses casos, é preciso condicionar um peso máximo e a frequência com que realiza a atividade.

    Já para os profissionais que ficam muito tempo sentados, é preciso focar em uma reeducação postural. É preciso fazer pausas para esticar a musculatura, assim como realizar alongamento antes e depois do horário de trabalho.

    O mobiliário da empresa também é fundamental para a prevenção, com cadeiras com ajustes de medidas, suporte para computadores que os mantém na linha da visão e mesas com alturas proporcionais. Os profissionais que fazem muito esforço físico podem usar EPIs de acordo com o tipo de trabalho exercido e que podem amenizar o trauma.

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  • Síndrome do túnel do tarso: diagnóstico e tratamento

    Síndrome do túnel do tarso: diagnóstico e tratamento

    A síndrome do túnel do tarso, também conhecida como compressão do nervo tibial do tornozelo, consiste em um distúrbio bem doloroso que acomete a região do pé e do tornozelo. Ela ocorre quando há uma compressão no nervo tibial na região do túnel do tarso (o que justifica os dois nomes para a condição).

    Essa não é uma condição assim tão comum. Além de causar fortes dores, ela também traz a sensação de fraqueza e de alterações sensoriais no pé e no tornozelo, principalmente nas laterais.

    Essa compressão geralmente ocorre após situações ou traumas que fazem com que haja aumento de pressão na região interna do túnel tarsal. Sendo assim, ela pode ser o resultado da extensão de tecidos moles aos arredores do nervo tibial, ou ainda de inflamações – que podem ser causadas por varizes, cistos sinoviais, sequelas após fraturas, tumores e até mesmo pelo inchaço causado pela diabetes.

    É comum que os pacientes de síndrome do túnel do tarso sintam dores no tornozelo e principalmente na sola ou nas laterais do pé. Tais dores costumam ser associadas à sensação de formigamento ou de queimação.

    Os sintomas podem ser intensificados durante a realização de exercícios físicos ou após ficar em pé por longos períodos. Por outro lado, podem ser mais amenos quando o paciente se encontra em repouso.

    Como é realizado o diagnóstico da síndrome do túnel do tarso?

    O diagnóstico da síndrome do túnel do tarso é clínico, além de haver ainda análise do histórico do paciente. O médico especialista, geralmente ortopedista, irá sondar a região e investigar possíveis diagnósticos. Sintomas similares também podem indicar a ocorrência de tendinite de aquiles, fascite plantar ou fraturas no calcâneo por estresse.

    Estudos por condução nervosa e o exame de eletromiografia também podem ser solicitados para comprovação do diagnóstico de síndrome do túnel do tarso. Já a ressonância magnética pode ser usada tanto para possibilitar a localização exata da compressão, como também para a identificação de possíveis lesões subjacentes.

    Quais são os métodos de tratamento para a condição?

    O tratamento conservador, ou seja, mais comum, inclui a liberação e a manipulação miofascial.

    O uso de sapatos mais soltos, assim como sustentações com palmilhas adequadas, pode ajudar no alívio da dor e do desconforto causado pela síndrome. Se houver inflamação no nervo causador da compressão, medicamentos anti-inflamatórios e não esteroides também podem ser ministrados.

    A utilização de órteses planas para os pés e injeções de esteroides, principalmente no caso de dores mais fortes, também é eficiente no tratamento.

    Porém, caso os sintomas sejam significativos e não estejam respondendo ao tratamento indicado acima, a descompressão cirúrgica pode se tornar necessária. Nestes casos, a cirurgia evita ainda que haja fibrose na musculatura intrínseca ou nos nervos dos pés ou tornozelos.

    A cirurgia, além de simples, resolve os problemas causados pela síndrome do túnel tarsal em 90% dos casos.

    Agora você já conhece a síndrome túnel do tarso, assim como informações sobre seu diagnóstico e métodos de tratamento. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!