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  • Impacto Femoroacetabular: sintomas, causas e tratamento

    Impacto Femoroacetabular: sintomas, causas e tratamento

    O Impacto Femoroacetabular consiste no atrito existente entre o acetábulo e o fêmur. Vale lembrar, nesse contexto, que o fêmur, considerado o osso mais longo do corpo humano, está localizado na coxa. Já o acetábulo, por sua vez, é uma depressão localizada na pelve.

    Esse é um tipo de transtorno bastante comum entre praticantes de esportes, especialmente das atividades desportivas em que ocorre a rotação dos quadris com frequência, tais como tênis, futebol, basquete e artes marciais, dentre outras.

    Conheça os sintomas

    É possível aferir que os sintomas mais comuns referentes a esse transtorno consistem em pequenas fisgadas e até mesmo repentinos travamentos na região do quadril. Esses travamentos, inclusive, podem vir acompanhados de um estalo. Além disso, é válido salientar que os referidos sintomas podem surgir até mesmo durante atividades comuns do dia a dia, tais como calçar sapatos, levantar do sofá, cruzar as pernas e entrar e sair do automóvel.

    Em determinados casos, um dos sintomas do problema é o ligeiro desconforto que o indivíduo pode sentir enquanto está caminhando. Esse incômodo é normalmente sentido na região mais interna da virilha, que muitos conhecem por raiz da coxa.

    Tipos de Impacto Femoroacetabular

    É interessante  acrescentar que existem tipos distintos de Impacto Femoroacetabular. Um deles é o chamado tipo Cam, que acontece na região de transição existente entre o colo e a cabeça do fêmur. Nesse tipo, existe uma calosidade que sofre atrito durante a realização de determinados movimentos. É um caso muito comum durante a fase da adolescência e afeta, com frequência, homens.

    Outro tipo é o Pincer, também chamado de “pinçamento”. Nessa situação, o problema se localiza na lateral do acetábulo. Em geral, ele é caracterizado por um erro de rotação na pelve. O tipo Pancer, por sua vez,  tem bastante incidência em mulheres.

    Finalmente, o último tipo de impacto é o Misto, sendo considerado, inclusive, o mais comum. Conforme o próprio nome aponta, traz características de ambos os tipos anteriores.

    Quais são as causas?

    Dentre as possíveis causas desse transtorno, uma delas é a má formação do quadril. O excesso de atividades físicas também propicia o aparecimento do problema (não por acaso, vários atletas podem apresentar o Impacto Femoroacetabular).

    Vale mencionar, ainda, que pacientes que possuem o tipo Cam ou tipo Pincer podem, futuramente, adquirir artrose.

    Como é o tratamento?

    Quando essa patologia é detectada pelo médico, em alguns casos é possível optar por tratamentos de caráter não-cirúrgico. Ou seja, promover algumas alterações simples nas atividades do dia a dia, evitando, por exemplo, realizar ações que possam aumentar a sensação de dor.

    Exercícios fisioterápicos também compreendem alternativas viáveis para a realização do tratamento, já que beneficiam a amplitude da movimentação do quadril e aliviam as dores provocadas pelo atrito da cartilagem. Além disso, medicamentos anti-inflamatórios podem ser receitados com o intuito e reduzir a sensação de desconforto.

    No entanto, como o Impacto Femoroacetabular é um transtorno de caráter mecânico, o tratamento cirúrgico é geralmente recomendado. Para isso, é possível contar com a cirurgia vídeo artroscópica.

    E aí, as informações foram úteis? Conhece algum ponto que não foi discutido no texto e que gostaria  que fosse abordado em outro conteúdo? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Luxação do ombro: sintomas, causas e tratamento

    Luxação do ombro: sintomas, causas e tratamento

    A luxação do ombro é o deslocamento da articulação existente entre a cabeça do úmero, o osso do braço e a glenoide (cavidade da escápula). Pode ocorrer em consequência de um acidente, queda, movimento brusco ou prática esportiva. Quando os ligamentos do ombro já estão danificados, a luxação pode acontecer a qualquer momento, até mesmo durante o sono.

    O problema pode se dar de maneira parcial (subluxação) ou total. O tipo mais comum é a chamada “luxação anterior”, que ocorre quando a cabeça do úmero sofre o deslocamento para frente. O grupo de risco (ou os indivíduos mais propensos a sofrerem luxação nessa região do corpo) é formado por jovens de até 30 anos e homens em sua maioria, principalmente em decorrência de esportes e acidentes.

    Sintomas da luxação do ombro

    Alguns sinais podem indicar a ocorrência de luxação do ombro. Confira:

    • O  ombro afetado fica mais baixo em relação ao que não sofreu luxação;
    • Dificuldade para movimentar o braço e o ombro;
    • Forte dor no ombro, irradiada para o braço e pescoço;
    • Inchaço e hematoma;
    • Dormência ou formigamento.

    Consequências da luxação do ombro

    • Após a primeira luxação, podem ocorrer deslocamentos frequentes na execução de atividades cotidianas e até durante o sono;
    • A luxação do ombro pode ser agravada por outras lesões, como fraturas nos ossos;
    • Os tendões do manguito rotador podem sofrer lesões que dificultam ainda mais a movimentação do braço e ombro;
    • Lesões nos nervos podem enfraquecer músculos e reduzir a sensibilidade;
    • Luxações frequentes do ombro podem resultar em artrose.

    Como é feito o tratamento?

    Quando ocorre a luxação do ombro, a pessoa deve buscar a assistência médica de imediato para fazer a radiografia. Somente o médico deve recolocar o ombro no lugar. A depender da intensidade da dor do paciente, o especialista poderá aplicar um anestésico ou outro tipo de medicação antes de reposicionar o ombro.

    Posteriormente, é necessário fazer mais uma radiografia para verificar se o problema foi resolvido. O paciente terá que usar uma tipoia para manter o braço imobilizado pelo prazo definido pelo médico. Em caso de luxação reincidente, é preciso realizar ressonância magnética para investigar a existência de lesões graves nos ligamentos.

    Já o processo de reabilitação fisioterápico objetiva primeiramente a recuperação dos movimentos e, em sequência, o fortalecimento dos tendões do manguito rotador e dos músculos estabilizadores da escápula.

    A cirurgia é indicada principalmente para esportistas e pessoas que têm uma carga elevada de atividades braçais. Nesse contexto, o procedimento cirúrgico menos invasivo é a artroscopia. São feitas 3 pequenas incisões para a passagem do artroscópio, através do qual o médico consegue visualizar as partes lesionadas e realizar os procedimentos cirúrgicos para reinserir os ligamentos ao osso, com parafusos de 3 milímetros. No entanto, quando a lesão óssea é grave (devido a repetidas luxações), é necessário retirar enxerto do osso coracoide e fixá-lo à parte lesionada.

    Luxação do ombro: o que fazer até receber atendimento médico?

    • Não tente reposicionar o ombro. Este procedimento só deve ser feito pelo médico ortopedista, depois que a radiografia confirmar que não houve fratura do úmero nem outras lesões;
    • Imobilize o braço e o ombro na posição em que estiverem;
    • Aplique gelo na área afetada para aliviar a dor até receber atendimento médico;
    • Peça ajuda para ir ao serviço de emergência, se possível, com um acompanhante.

    E então, o que achou das informações? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís.

  • O que são as fraturas nos ossos?

    O que são as fraturas nos ossos?

    Você já sofreu algum tipo de fratura? Se sim, provavelmente se recorda da intensa dor de ter um dos seus ossos quebrados, assim como do longo processo necessário até que tudo voltasse ao normal. Se, por outro lado, você nunca “quebrou um osso”, é provável que tenha acompanhado a situação através de algum conhecido. De fato, podemos dizer que as fraturas são relativamente comuns, não é mesmo? Acompanhe a leitura para tirar suas dúvidas sobre o assunto!

    Definição e causas

    Falando em termos médicos, as fraturas nos ossos são rompimentos ou até mesmo trincos na estrutura óssea. No geral, elas acontecem devido a acidentes de diferentes espécies, tais como quedas e batidas, por exemplo.

    Vale ressaltar que não é necessário um grande impacto para que aconteça uma fratura nos ossos. Pequenos tombos podem ser responsáveis por tais rupturas, principalmente em pessoas fragilizadas. Exemplos de indivíduos pertencentes a esse grupo são as crianças e os idosos, que possuem uma quantidade menor de cálcio no organismo (e, por conseguinte, ossos mais frágeis).

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    As fraturas, que podem tanto ser fechadas quanto abertas (estas também são chamadas de expostas), demandam uma avaliação médica! Ao menor sinal de quebra, o especialista deve ser procurado para que se inicie o processo de recuperação do osso. Com essas providências, evita-se que o paciente tenha problemas posteriores na região que foi fracionada ou rompida.

    Conheça os tipos de fratura nos ossos

    Fratura completa ou incompleta

    Quanto maior e mais completa for a quebra o fratura, maior o prejuízo para a estrutura óssea. É a avaliação médica que determinará tal grau de lesão da estrutura óssea, identificando se a ruptura foi completa ou incompleta (parcial).

    Fratura de impacto

    Comum quando a pessoa passa por impactos mais profundos, tais como quedas ou batidas. A fratura de impacto, porém, varia muito conforme a estrutura óssea de cada pessoa, sendo que alguns indivíduos podem sucumbir a impactos mais leves e outros apenas aos mais pesados.

    Fraturas fechadas ou abertas

    Para designar se uma fratura é fechada ou aberta (exposta), basta uma avaliação visual acurada. As fraturas fechadas acontecem quando não há rompimento da pele, apenas uma ruptura interna. Nas abertas ou expostas, é possível ver os ossos.

    Fraturas múltiplas

    Um mesmo acidente pode causar múltiplas rupturas em um único osso, além de esmagamentos e outros problemas. Nesse caso, as fraturas se configuram como múltiplas. Os danos precisam ser rapidamente avaliados e reabilitados para que o paciente não perca em qualidade de vida e bem-estar.

    Fraturas por fadiga

    Por fim, mas não menos importante, vale citar ainda a fratura por fadiga, comum principalmente em atletas que se dedicam exclusivamente a determinados tipos de esportes. A repetição desse tipo de exercício causa estresse aos músculos e possivelmente aos ossos da pessoa.

    Seja qual for o tipo de fratura, é essencial ter o acompanhamento de um profissional que socorra e reabilite com maestria e eficiência, evitando que a estrutura óssea não sofra posteriormente devido a uma má cicatrização.

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  • Deslocamento do ombro: o que fazer?

    Deslocamento do ombro: o que fazer?

    O ombro é uma das partes mais importantes do corpo humano. Isso porque possibilita grande variedade e um grau mais elevado de movimentos  A articulação, uma das mais complexas do corpo humano, também é essencial para a coluna e para uma postura adequada.

    deslocamento do ombro

    Com tantas funções relevantes para a mobilidade humana, os cuidados com a área devem ser igualmente considerados – trata-se, afinal, da articulação mais móvel de todo o corpo. Nesse sentido, vale destacar que o ombro é uma das regiões que se desloca mais facilmente. Além do desconforto, esse deslocamento causa incapacidade de mover o braço e torpor,  gerando uma dor intensa.

    O que provoca o deslocamento do ombro?

    O deslocamento do ombro, tecnicamente falando, é caracterizado pela separação do úmero da escápula. Como essa articulação é a responsável pelos movimentos do braço, a luxação se torna bastante evidente.

    Não existe uma faixa etária específica que propicie o deslocamento, embora o problema seja mais comum até aos 30 anos, tanto em mulheres como em homens. Uma vez que os ligamentos do ombro são mais elásticos e flexíveis (daí a grande mobilidade), as pessoas costumam fazer movimentos ainda mais intensos ou energéticos, forçando a área a se deslocar. O deslocamento também pode ocorrer por meio de um trauma, seja um acidente, queda ou outro tipo de esforço concentrado.

    Há ainda os casos de frouxidão nos ligamentos, que usualmente ocorrem em mulheres. Também conhecidos como “deslocamentos atraumáticos”, são herdados geneticamente. Nessas situações, a fragilidade nos ligamentos da região fica evidente e o ombro se torna mais suscetível a movimentos involuntários, causando o deslocamento.

    O que fazer quando há um deslocamento?

    mulher com deslocamento no ombro

    A primeira dica é buscar um ortopedista e não mover, em hipótese alguma, o braço com ombro deslocado. Em ambos os casos, o médico irá recomendar o uso de uma tipoia ou de algum tipo de tala para proteger o ombro de um possível impacto danoso.

    O médico irá tentar pôr o ombro de volta ao seu lugar normal, já que em geral ele se desloca para frente. O uso de um travesseiro entre o braço e torso pode aliviar a tensão nessa parte do corpo, atenuando a dor. O processo também pode contar com o uso de analgésicos e anestesias, minimizando os efeitos do deslocamento e facilitando o retorno à posição original.

    A radiografia também deve ser realizada para detectar qual o estado do ombro e qual a melhor maneira de posicioná-lo corretamente. Se a situação exigir, sessões de fisioterapia podem ser recomendadas com o intuito de reverter o ombro para o local certo e aliviar os ligamentos e a musculatura da região, que estarão fragilizados.

    Entretanto, se as luxações forem frequentes, o recomendado é um procedimento cirúrgico, no qual uma redução aberta é feita na região para prevenir um bloqueio ósseo. Casos como a artroscopia, que também causa deslocamento, podem ser resolvidos por meio de cirurgia.

    Você já passou por algum caso de deslocamento do ombro? Já foi submetido à cirurgia ou conhece alguém que foi? Se sim, compartilhe conosco sua experiência e recuperação! Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

    lesão do lábio gledoidal - deslocamento do ombro