Para que os ossos do corpo mantenham-se saudáveis e em bom funcionamento, eles precisam de fluidos que os amorteçam. Isso porque a presença de líquidos mantém a estrutura óssea livre para se locomover e também possibilita um tempo de vida mais prolongado. Quando esse líquido se concentra em um só local, entretanto, os ossos podem ser acometidos por um cisto ósseo, provocando o desenvolvimento de uma erosão na superfície óssea.
A princípio, esse não é considerado um problema grave. Por outro lado, se essa erosão for se acentuando, é possível que ela prejudique a qualidade da estrutura óssea. Além disso, os vasos sanguíneos também podem ser afetados em virtude desse distúrbio.
Mas o que é um cisto ósseo?
Um cisto ósseo é formado dentro de um osso com o acúmulo do líquido que o mantém forte e livre para se mexer. Esse líquido também ajuda os ossos a estarem mais fortes contra qualquer impacto ou fratura. O acúmulo do fluido, porém, faz com que a consistência do osso se torne mais vulnerável, possibilitando que um trauma forte possa comprometer o seu formato. As ações de levantar um peso sobre o corpo, se locomover e mover outras ligações, por exemplo, são dificultadas com o cisto.
Nesse contexto, existem dois tipos de cisto identificados, que não possuem restrições para aparecer. Embora seja um problema comum em crianças, a erosão provocada no osso pode apresentar consistências diversas, não se tornando um caso grave.
Tipo unicameral
É o caso que mais afeta crianças. Esse tipo, comparado com o caso aneurismático, é passível de ocorrer em qualquer osso do corpo. Esses cistos contam com formação mais lenta, sendo inclusive o caso mais simples. Nessa situação, o líquido tem aparência sanguinolenta e é envolto por uma membrana espessa composta de tecido conectivo. Por isso, a sua consistência é mais clara e as células no líquido são bem grandes. O termo unicameral é dado porque o líquido atinge cavidades unicamerais do corpo.
Tipo aneurismático
É o tipo mais raro e afeta crianças a partir dos 10 anos e jovens com 20 anos. Ao contrário do tipo unicameral, esse cisto afeta os ossos da coxa e as vértebras da coluna. A comparação com um aneurisma é feita porque a proporção do efeito nos ossos é ainda maior, e o cisto cresce com mais rapidez do que o do tipo unicameral.
Esse tipo de cisto, vale acrescentar, é também mais comum em mulheres. Embora não sejam cistos cancerosos, quanto maior for a erosão formada, mais complicado será o processo de cicatrização.
Tratamento
Mesmo que não se trate de um caso grave, o cisto ósseo depende de um tratamento clínico que ajuda a dissolvê-lo e a cicatrizá-lo rapidamente. Em geral, leva-se de seis meses a um ano para que o problema seja resolvido por completo. Em alguns poucos casos, o tratamento pode não ser recomendado, uma vez que o próprio corpo do paciente se encarregará de eliminar o cisto.
Por outro lado, se o problema resultar no enfraquecimento ósseo a ponto de formar fraturas, é preciso lançar mão da injeção de esteroides para ajudar o corpo a se curar.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!
(CRM 5269, RQE 954)
Ortopedista e traumatologista renomado, alia duas décadas de experiência à formação de excelência. Membro da AAOS e SBTO, lidera o serviço de ortopedia na UPA-MA e é preceptor no HTO-MA. Suas publicações na Revista Brasileira de Ortopedia e expertise em trauma ortopédico o tornam referência no MA.
Comprometido com a inovação e o cuidado personalizado, o Dr. Rios transforma vidas através da medicina ortopédica de ponta.