A displasia no quadril é uma patologia congênita que precisa ser observada e tratada de forma mais breve possível. Quando há um diagnóstico tardio, os tratamentos são mais complexos e os riscos para o paciente são maiores.
Nunca havia lido sobre esse problema? Pois é, muitos não conhecem a displasia. Para combater a desinformação e fazer com que você entenda mais sobre essa patologia, preparei esse texto sobre o assunto.
O que é displasia no quadril?
A displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) ou luxação congênita, como é conhecida, é uma enfermidade que afeta aos recém-nascidos e ocasionada por uma má formação das estruturas ósseas.
Ela se caracteriza pela perda do contato da cabeça do fêmur com o acetábulo durante o parto do bebê. Essa má formação prejudica a estabilidade das articulações e pode parecer que o quadril do indivíduo está “solto” (displásico).
Esse problema ocorre em um a cada 60 nascimentos, sendo mais recorrente em meninas de cor branca. Outros fatores de risco são o histórico familiar, malformações na coluna ou nos pés do bebê ou se for o primeiro parto da mãe.
Quais são as causas da alteração óssea?
As causas da displasia no quadril ainda não são conhecidas. O que já se comprovou em estudos é que os bebês que permanecem sentados durante toda a gestação são os mais propensos ao distúrbio. Outra possibilidade de causa são os fatores hereditários.
Quando não há o diagnóstico precoce, as crianças podem apresentar uma marcha incorreta ao andar em razão da limitação de movimentos ocasionada pelo quadril deslocado. A luxação congênita pode ser típica ou teratológica.
O tipo típica é decorrente de uma frouxidão que ocorre no parto e, por isso, é mais comum em bebês de mães que realizaram o primeiro parto. Já a luxação teratológica ocorre ainda dentro do útero, nos primeiros meses de vida intrauterina do bebê.
Quais são os tratamentos?
A fisioterapia é um dos melhores tratamentos para a DDQ, pois auxilia na melhora da funcionalidade e da qualidade de vida do paciente. O tratamento se inicia com a isometria dos músculos inferiores e do tronco. Posteriormente, são realizadas mobilizações combinadas com fortalecimento muscular e reeducação da marcha.
O treinamento de marcha é realizado com os membros inferiores alinhados. O fortalecimento muscular melhora a biomecânica do corpo. Além disso, a fisioterapia também pode ser realizada no pós-operatório com o objetivo de recuperar as funções do quadril e prevenir novos distúrbios e lesões.
Quando a patologia é descoberta logo após o nascimento, o bebê pode iniciar o tratamento com suspensório de Pavlik pelo período de três a seis meses. Caso o diagnóstico seja mais tardio, a opção será a colocação de um gesso que vai do tórax até os pés.
Se a displasia for percebida quando a criança já começou a andar, o tratamento mais adequado será a cirurgia que pode ser uma osteotomia pélvica ou uma artroplastia total de quadril.
Quando o diagnóstico é confirmado após alguns anos de idade, apenas a cirurgia pode ser eficiente. Contudo, existem o risco de complicações. Uma perna pode ficar maior do que a outra e pode ocorrer o desenvolvimento de artrose no quadril.
Por isso, para evitar a displasia no quadril é importante estar atento aos exames de pré-natal e manter o acompanhamento médico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!