A doença de osgood-schlatter é um desarranjo do crescimento ósseo — também conhecido como osteocondrose —, mais comum em crianças e jovens dos 10 aos 15 anos.

É mais frequente em meninos, principalmente nos que têm o costume de praticar esportes de impacto ou que correm muito. 

As meninas também podem apresentar a síndrome, mas não com predominância dentre elas.

Acredita-se que o problema seja causado pelo excesso de esforço e por pequenos traumas na estrutura óssea, visto que ainda está em processo de crescimento e possui certa fragilidade.

Com o tempo, cria-se uma protuberância óssea visível.

Algumas osteocondroses, como a doença óssea de köhler ou a doença de scheuermann, também podem ter relação com o desenvolvimento da osgood-schlatter.

Ter alguém na família com alguma dessas enfermidades é um fator de risco, uma vez que acredita-se que a hereditariedade desempenha papel significativo na transmissão de alterações e deformações do sistema musculoesquelético.

Sintomas da Doença de Osgood-Schlatter

Os principais sintomas da doença de osgood-schlatter são inchaço e sensibilidade ao toque na região do joelho. 

Dores são frequentes, sobretudo durante atividades cotidianas. Além disso, a prática de esportes, corrida e até mesmo a caminhada podem se tornar insuportáveis. 

O indivíduo sente melhora nas crises de dor apenas quando repousa (o que, aliás, é um dos tratamentos recomendados. Falaremos mais sobre isso abaixo).

Como é feito o diagnóstico?

Os sintomas existentes, a avaliação do histórico médico da criança ou do jovem e um relatório sobre as atividades dos indivíduos (como já comentamos, a prática constante de atividade física de impacto pode propiciar o surgimento do quadro clínico) são levantados por um médico especialista.

Para confirmar a inflamação, pode-se solicitar uma radiografia do joelho. Nem sempre isto é necessário, mas é uma boa opção caso haja suspeita da existência de outros problemas ou distúrbios instalados.

O tratamento da Doença de osgood-schlatter

Após o diagnóstico, o tratamento costuma ser bastante tranquilo: dentro de algumas semanas ou meses, é possível que a criança não sinta mais dores.

O problema tende a desaparecer quando os ossos param de crescer. A recorrência de dores e inflamações nos joelhos, a partir daí, tende a ter motivações distintas.

Evitar a prática de exercícios de impacto, buscar a ajuda de um fisioterapeuta e fazer atividades de fortalecimento leves, como o pilates, são algumas das formas de cuidar do paciente.

Anti-inflamatórios e remédios para a dor podem acompanhar o processo.

Caso a dor seja bastante intensa e o joelho apresente muito inchaço, o médico pode solicitar a utilização de compressas de gelo.

A utilização de gesso é recomendada quando a criança é muito ativa ou quando a osteocondrose em questão é bastante dolorosa.

A intervenção cirúrgica, assim como a utilização de medicamentos injetáveis, não costuma ser recomendada, a menos que a criança não reaja bem aos anti-inflamatórios ou apresente piora do quadro geral.

Como sempre, mantém-se a recomendação de jamais medicar uma pessoa sem aval de um médico de confiança. 

Buscar ajuda assim que houver indícios de que algo foge à normalidade também é fundamental: quanto mais cedo determinadas enfermidades forem diagnosticadas, maiores são as chances de cura. Isso vale também para a doença de osgood-schlatter.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!