A segunda-feira é popularmente conhecida como dia de decidir cumprir a promessa de exercitar-se regularmente. A intenção é ótima, mas, como diz o ditado, não se deve ir com sede ao pote. No conjunto de complicações de quem adere à prática de exercícios sem devida preparação e treinamento, está a dor muscular tardia.
A dor muscular tardia
Mais comum de 24 a 72 horas após um treino, a dor muscular tardia ocorre na região que mais trabalhou durante a prática de atividade física. Surge devido a um processo inflamatório nos músculos, desencadeado por microlesões. Geralmente, ocorre quando não há preparo físico adequado, isto é, no primeiro dia após longo período de sedentarismo, o indivíduo decide levantar 100 quilos, andar 30 km, correr mais 10, etc. É algo imprudente.
Isso pode acontecer, ainda, com quem está retornando às atividades, seja porque se recuperava de cirurgia, de doença ou por ter parado por razão pessoal.
Respeito ao corpo
Sentir dor depois de um treino intenso na academia é comum, até certo nível. Terminar os exercícios com dor intensa, porém, não quer dizer que esteja tudo certo. O excesso pode ter sido prejudicial ao corpo.
Pensamentos do tipo “se não doer a ponto de eu não conseguir me levantar, não valeu a pena”, “dor é sinônimo de resultado” não são adequados. Pode haver verdade neles, mas o corpo humano, apesar de parecer uma máquina, tem seus limites.
Querer manter bom desempenho é ótimo, mas deve ser feito seguindo as recomendações de um especialista, principalmente no que diz respeito à carga imposta ao corpo, intervalos de descanso e tempo de duração das atividades.
Como evitar a dor muscular tardia
Algumas rotinas são importantes para que a dor muscular tardia não seja sentida todos os dias. Além de respeitar a carga que o corpo suporta, aumentando gradativamente, é indicado que sejam feitos alongamentos antes e depois de qualquer atividade física.
Balancear a alimentação com a ingestão de vitaminas C e E, ambas contidas em frutas, e aquecer e desaquecer o corpo antes e depois dos treinos são, também, hábitos recomendados.
Sugere-se, ainda, evitar as mudanças bruscas na modalidade e no tipo de prática esportiva, para que o corpo não se sinta obrigado a manifestar uma performance que ele ainda não consegue.
Recuperação
A dor muscular tardia desaparece, gradativamente, em até 72 horas. É fundamental respeitar o período de descanso daquela região. Para que a recuperação seja acelerada, podem ser feitas compressas de gelo, alongamentos leves e massagem. Sentindo desconforto por mais tempo, o médico deve ser consultado. Ele avaliará a necessidade de prescrição de analgésico e anti-inflamatório.
É imprescindível se exercitar com calma, respeitando o corpo e realizar todos os movimentos de forma adequada, para que os objetivos sejam alcançados sem que a qualidade de vida e o bem-estar físico e mental sejam comprometidos, o que resguardará a ocorrência da dor muscular tardia.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!
(CRM 5269, RQE 954)
Ortopedista e traumatologista renomado, alia duas décadas de experiência à formação de excelência. Membro da AAOS e SBTO, lidera o serviço de ortopedia na UPA-MA e é preceptor no HTO-MA. Suas publicações na Revista Brasileira de Ortopedia e expertise em trauma ortopédico o tornam referência no MA.
Comprometido com a inovação e o cuidado personalizado, o Dr. Rios transforma vidas através da medicina ortopédica de ponta.