A coluna vertebral é o ponto de sustentação do corpo humano e, por isso, quando é acometida por algum problema, isso pode afetar toda a mobilidade. Um desses transtornos é a espondilolistese, uma condição complexa e de difícil compreensão.
Neste post, você vai saber mais sobre essa patologia, conhecer suas principais causas e quando a cirurgia é a alternativa de tratamento mais indicada.
O que é a espondilolistese?
Trata-se de uma doença caracterizada pelo deslizamento de uma vértebra sobre a outra, provocando o desalinhamento da coluna. Essa subluxação ocorre, principalmente, na região lombar, entre os niveis L5 -S1.
Além do transtorno postural que causa, a espondilolistese também deixa a coluna mais instável. Essa condição é classificada de acordo com a porcentagem de escorregamento, variando entre grau I e grau V.
Ainda, o termo que define a doença é derivado das palavras gregas spondylos e olisthesis que significam deslizamento de vértebra.
Como é causada a espondilolistese?
Existem diferentes causas para esse quadro e, por isso, a espondilolistese é classificada de acordo com elas:
- displásica (congênita): surge durante a gestação, provocando uma irregularidade do arco neural de modo que a vértebra l5 se sobreponha a s1;
- ístmica: ocorre em razão da repetição de movimentos de extensão e torção, causando estresse nas articulações e desgaste nas extremidades que se conectam. este é o tipo mais comum da doença;
- degenerativa: em função do envelhecimento natural, os discos e facetas vertebrais passam por um processo degenerativo e deixam a coluna instável;
- traumática: ocorre em consequência de um trauma na área vertebral, causando fraturas agudas;
- patológica: surge em razão de outra doença, como neoplasias, doenças metabólica ou reumáticas, tuberculose, sífilis, doença de Paget e artrogripose.
Quais são as alternativas de tratamento?
Apesar de não existir um consenso na comunidade médica sobre a melhor alternativa de tratamento, existem diferentes técnicas que produzem resultados satisfatórios. Entre os procedimentos não invasivos estão a fisioterapia, Pilates, RPG e acupuntura.
Além disso, o profissional também pode prescrever o uso de medicamentos para combater as dores e a inflamação. Ademais, o paciente pode receber a contraindicação para a prática de algumas modalidades esportivas.
Ainda, a intervenção cirúrgica tem por objetivo a descompressão dos nervos que foram pressionados após o deslizamento da vértebra. O procedimento mais comum é a artrodese.
Trata-se de uma técnica cirúrgica para fundir os ossos e colocação de parafusos de titânio entre as vértebras, após a descompressão. Assim, a vértebra fica impedida de se deslocar novamente. Em situações mais graves, o disco acometido pode ser substituído por enxerto.
Quando a cirurgia é indicada?
A cirurgia de espondilolistese só é indicada quando o tratamento conservador não apresenta resultado satisfatório, quando o quadro do paciente é grave ou quando o deslizamento ultrapassa 50% do tamanho da vértebra.
Nessas situações, o tratamento clínico é dispensado pelo profissional de saúde, preferindo iniciar pela intervenção cirúrgica.
Pronto! A partir da leitura destas informações você já tem o conhecimento sobre as informações mais relevantes sobre a espondilolistese.
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