A prática regular de atividades físicas é uma obrigação para a busca de uma vida saudável, mais longa e de qualidade. Atualmente, mesmo que grande parte da população continue sedentária, observa-se um aumento do número de praticantes de esportes. No entanto, é necessário se manter atento às possíveis lesões que a prática esportiva pode causar. Uma das mais comuns, em especial entre os corredores e maratonistas, é o estiramento do tendão.

Existem diversas causas que podem levar a esse problema esquelético-muscular. Entre os mais comuns estão a falta de aquecimento adequado, a presença de lesão anterior e baixa flexibilidade dos músculos isquiotibiais (localizados na parte posterior da coxa).

Assim como as demais lesões, o estiramento nessa parte do corpo pode ser leve, apresentando apenas desconforto, acompanhado de inchaço. Ele é moderado quando há ocorrência de hematoma, e grave quando há ruptura completa do tendão, causando um longo tempo de afastamento da prática esportiva.

Sintomas e diagnóstico do estiramento de tendão

Essa lesão pode ocorrer de forma repentina ou se desenvolver de maneira lenta, resultado da falta de flexibilidade durante o treino. Seu principal sintoma é uma região dolorida, localizada na parte posterior da coxa.

O diagnóstico é feito de maneira relativamente simples, mas somente um profissional especializado pode realizá-lo. Ocorre por meio de uma técnica chamada de flexão do joelho contra resistência, acompanhada de palpação da parte posterior da coxa. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de exames de imagem, como a ressonância magnética, para confirmar o diagnóstico.

Em casos mais graves, o diagnóstico constata o mau funcionamento do músculo, o que resulta em dor e fraqueza.

Tratamento

A maioria dos casos de estiramento do tendão exige um tratamento conservador. Isso significa o uso de métodos não invasivos, como compressa de gelo, compressão muscular, posição de elevação do membro e uso de anti-inflamatórios para minimizar a resposta inflamatória gerada pelo próprio corpo.

Nos casos em que existe dor ao andar, é necessário utilizar muletas nas primeiras semanas. Não é recomendada a imobilização do músculo, pois isso gera atrofia muscular. Por essa razão, é feita a mobilização precoce por meio de exercícios de alongamento e fortalecimento, resultando em uma cicatrização estável.

Em alguns casos, os anti-inflamatórios não são suficientes para cessar a inflamação. Então, pode ser sugerido o uso de corticóides, que podem ser administrados tanto por via oral quanto por via intralesional.

Seguindo as recomendações médicas à risca, o tratamento trará os resultados esperados e será possível voltar a praticar a atividade esportiva tão antes quanto for possível.

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