A mão é uma das partes mais estratégicas e importantes do corpo humano. Quase 30 ossos e mais uma porção de músculos e articulações trabalham a todo instante, para você conseguir levar a colher à boca, escrever ou gesticular. Perto dessa complexidade toda, mais precisamente no punho, está o escafoide, uma região que muito comumente demanda cuidados médicos devido a fraturas. Entenda mais.

Diagnóstico

Normalmente, a fratura do escafoide acontece quando há uma queda em que a pessoa encosta no chão com a mão espalmada (aberta). Impactos fortes como tentar segurar uma bola de futebol também podem ocasionar a fratura.

Existe certa dificuldade no diagnóstico, porque muitas pessoas entendem que houve apenas uma entorse, uma vez que o dano não gera deformidade visível nem dificuldade para movimentação. Entretanto, dor e inchaço, próximos ao dedo polegar, ficam bem proeminentes.

Exames de imagem como raio X e tomografia auxiliam o médico nesse processo de descoberta. Análises mais complexas podem ser requeridas, principalmente quando se suspeita de fratura oculta.

Tratamento

É muito importante que a pessoa com suspeita de fratura do escafoide procure auxílio médico o quanto antes. O tratamento iniciado depois de alguns dias da fratura favorece que apareçam outros problemas, o que implica mais tempo de recuperação. Com os exames em mãos, o médico verificará qual a medida terapêutica mais adequada.

Se a fratura for branda (sem desvio, ou seja, quando o osso não sai do lugar), recomenda-se usar gesso durante um período de aproximadamente seis semanas. Nos casos em que há desvio médio ou completo, cirurgia, com possibilidade de uso de pinos e parafusos, pode ser cogitada.

Cada caso é um caso. O tombo de uma pessoa pode demandar poucos cuidados e o mesmo tipo de queda de outra pessoa pode exigir cirurgia. É importante controlar a ansiedade e solucionar todas as dúvidas com o médico. Ele saberá avaliar a especificidade da circunstância. Além disso, cada organismo reage de um jeito às intercorrências e às medidas terapêuticas.  

Fique atento

Uma fratura do escafoide não tratada ou tratada de forma inadequada geralmente evolui para a não consolidação ou pseudartrose (o osso não adere), o que causa um desarranjo na mecânica do movimento do carpo. Isso, por sua vez, desencadeia um processo de degeneração ou desgaste (artrose). Nessa última fase, qualquer abordagem torna-se complexa e o processo cirúrgico acarreta perda de parte do movimento do punho.

Percebendo qualquer incômodo após queda e/ou trauma, consulte um ortopedista, faça os exames recomendados e siga à risca todas as orientações de tratamento. Se for confirmada fratura do escafoide, todo cuidado é necessário, para preservar a estrutura e funções da região.

 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!