O número de fraturas do quadril aumentou nos últimos anos em decorrência do aumento dos acidentes com idosos no país. Outro motivo é o avanço da osteoporose. Além desses motivos, as lesões também podem ser ocasionadas por acidentes e traumas intensos, em pessoas de todas as idades. Curiosamente, em idosos as fraturas ocorrem majoritariamente em mulheres; Em pessoas mais jovens, os homens são os mais afetados.
As fraturas na pelve podem trazer sequelas gravíssimas se não obtiverem o tratamento adequado, inclusive levando o paciente a morte. Em geral, é indicado o tratamento cirúrgico, já que a região é bastante delicada e o paciente pode sofrer consequências mesmo com um procedimento bem sucedido.
Como ocorre a fratura no quadril?
Conhecida como bacia, a parte óssea da pelve que envolve o quadril é a conexão entre a coluna lombar e os membros inferiores. Formada por três ossos, a púbis, ísquio e ílio, estão envolvidos em três estruturas principais chamadas de hemipelve esquerda, hemipelve direita e sacro coccix, que se conectam para movimentação através das articulações sacroilíaco, sínfise pública, sacrotuberal ou sacroespinhal. Já em crianças há uma cartilagem de crescimento que faz a comunicação em cada estrutura óssea, até que ela se fecha e os três ossos se unem.
O quadril protege os sistemas internos do organismo, como o digestivo e reprodutor, além de sustentar o peso corporal e auxiliar na movimentação com a rotação e flexão. Todas as estruturas que compõem o quadril podem sofrer fraturas, com características diferenciadas umas das outras. Das mais simples, como avulsões de inserções musculares que podem ser tratadas por repouso, até as mais complexas que podem levar o paciente a morte em minutos após o ocorrido.
As lesões podem ocorrer com quedas, acidentes de trânsito, traumas, osteoporose e práticas esportivas. Um simples tombo na rua ou no chuveiro de casa podem causar um dano grave ao quadril, que causam imediata dor na virilha e na região lombar. A dor pode causar irradiações intensas pelas pernas, causar inchaços nos membros inferiores e impossibilidade de qualquer movimentação.
Nem sempre é preciso tratar a fratura com cirurgia, em especial para idosos. Quando elas possuem um padrão de estabilidade e se não existem grandes desvios, podem ser tratadas com repouso e medicamentos para amenizar a dor. O tratamento considerado conservador é estimulado para idosos com osteoporose como teste, mas se ele não apresentar melhora, é preciso realizar cirurgia.
Quando a cirurgia é necessária?
Uma fratura pode causar um processo degenerativo no quadril, sendo necessária uma cirurgia para recuperá-lo. Como ocorre uma limitação na realização de movimentos inferiores aliada uma dor intensa, o procedimento deve ser feito com urgência.
O mais comum é a realização da artroplastia de quadril, com grande sucesso prático onde são inseridas próteses na região para substituir as áreas afetadas. Pode ser feita por material metálico, plástico ou cerâmico, no formato das partes naturais do local. A fixação pode variar de acordo com o tipo de procedimento.
Antes de realizar a cirurgia o paciente precisa passar por uma avaliação minuciosa, com a realização de exames que possam determinar como está seu estado de saúde. Além disso, as radiografias do quadril ou tomografia darão o direcionamento para o cirurgião.
A tendência é que ocorra uma adaptação positiva do paciente com a prótese, em que o material usado e a saúde do paciente fazem toda diferença. É preciso passar por um tempo de repouso. É possível voltar logo a rotina normal cotidiana, mantendo o cuidado de não abusar dos exercícios físicos.
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(CRM 5269, RQE 954)
Ortopedista e traumatologista renomado, alia duas décadas de experiência à formação de excelência. Membro da AAOS e SBTO, lidera o serviço de ortopedia na UPA-MA e é preceptor no HTO-MA. Suas publicações na Revista Brasileira de Ortopedia e expertise em trauma ortopédico o tornam referência no MA.
Comprometido com a inovação e o cuidado personalizado, o Dr. Rios transforma vidas através da medicina ortopédica de ponta.