Em resumo, chamamos de osteomielite uma infecção óssea que pode ser causada por fungos, bactérias ou micobactérias.
Em boa parte dos casos clínicos, o agente responsável pela enfermidade é a Staphylococcus aureus, uma bactéria que tem a capacidade de instalar-se nas fossas nasais sem causar danos ou sintomas significativos.
A infecção ocorre apenas quando há penetração da bactéria no corpo do indivíduo, por meio de lesões na pele ou através da ingestão de produtos ou alimentos contaminados.
Os agentes infecciosos podem, a partir daí, atingir a corrente sanguínea. A infecção de órgãos e ossos pode ocorrer, gerando uma série de quadros complexos — que podem, inclusive, provocar necrose de tecidos e ossos.
A osteomielite é mais comum em crianças ou idosos, uma vez que ambos os grupos possuem um sistema imunológico mais frágil.
Isso não impede, no entanto, que adolescentes e adultos sejam afetados pelo problema.
Causas da osteomielite
A infecção óssea pode ocorrer a partir de invasão direta, como no caso de cirurgias ou fraturas expostas, inflamação nos tecidos moles ou por meio da corrente sanguínea.
A redução no fornecimento de sangue, a existência de úlceras de decúbito e feridas diabéticas nas extremidades do corpo também podem engatilhar a situação.
Sintomas da osteomielite
A depender do estágio e do tipo de enfermidade, os pacientes podem manifestar:
- dores na região do osso atingido;
- inchaço;
- perda de peso;
- fadiga;
- dificuldade de locomoção;
- vermelhidão e quentura no osso infectado;
- febre;
- dores nas costas;
- sensibilidade ao toque;
- presença de pus, normalmente quando tecidos moles estão infeccionados.
Se o problema não for tratado, pode se tornar crônico.
4 fatores de risco para a osteomielite
Como já comentamos no início deste artigo, crianças e pessoas acima dos 60 anos estão mais suscetíveis a desenvolver a enfermidade.
Outros fatores de risco serão listados a seguir.
Pacientes que tiveram fratura exposta
Normalmente, as fraturas expostas ocorrem em acidentes violentos ou durante a prática de atividades de impacto.
Além de facilitar o contato com possíveis agentes patogênicos do ambiente, a fratura pode facilitar o deslocamento de bactérias perigosas — as quais, como já comentamos, podem estar presentes na pele, de forma assintomática.
Diabetes
Pessoas com diabetes mal controlada tendem a desenvolver chagas e úlceras profundas nos pés. Uma vez que o diabetes é uma doença progressiva e com grandes efeitos sobre o organismo, a cicatrização dos pacientes é bastante complicada.
A maior parte dos indivíduos que passam por amputações por conta do diabetes teve, primeiramente, úlceras localizadas.
A inflamação óssea, em pés diabéticos, pode ser bastante visível: a exposição de ossos e o inchaço, às vezes, denunciam o quadro. Em outras ocasiões, pode ser necessário fazer uma radiografia ou uma ressonância magnética.
HIV
Pacientes soropositivos estão mais propensos a desenvolver problemas de saúde, já que o HIV, mesmo sob controle, faz com que o sistema imunológico fique frágil.
Dentre as enfermidades que podem atingir soropositivos com mais frequência, estão a síndrome de reiter, a artrite psoriática e a doença-tema deste artigo.
Câncer
Pessoas que fizeram ou estão em tratamento oncológico também têm dificuldades com a imunidade.
Assim, durante a quimioterapia ou a radioterapia ou após cirurgias de remoção de tumores, esses indivíduos podem estar mais propensos ao desenvolvimento de osteomielite.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!