A doença de Kienbock é uma condição rara, caracterizada por um processo de necrose avascular no osso semilunar do carpo, em decorrência do déficit de suprimento sanguíneo. Em outras palavras, nessa enfermidade, um dos pequenos ossos do punho não recebe a adequada quantidade de sangue e, por isso, começa a deteriorar. Essa doença pode atingir pessoas em qualquer faixa-etária, entretanto, é mais comum entre indivíduos de 20 a 40 anos de idade. Além disso, a incidência é maior em homens, embora também possa acometer mulheres. Essa alteração normalmente é unilateral, e pode desencadear sintomas como dor constante no punho e dificuldade para abrir e fechar as mãos. Para saber um pouco mais sobre essa doença, continue a leitura e fique por dentro do assunto!
Quais são os estágios da doença de Kienbock?
A doença de Kienbock é degenerativa e costuma se agravar sem o tratamento adequado. No estágio 1, a principal característica é a falta de circulação para o osso. No estágio 2, o osso semilunar tende a ficar mais rígido por conta da falta de circulação sanguínea. No estágio 3, o osso semilunar começa a quebrar, e vários fragmentos podem ocupar a região do punho. Além disso, costuma ocorrer mudança na posição de outros ossos adjacentes. Já no estágio 4, os pedaços do osso quebrado provocam a deterioração dos ossos em volta, provocando artrite no punho. Como a dor causada pela doença de Kienbock é frequentemente confundida com a síndrome do túnel do carpo, é preciso buscar o diagnóstico diferencial com um ortopedista de confiança. Independentemente do estágio, a radiografia é o exame utilizado para confirmar ou descartar a condição. A ressonância magnética também pode ser útil para avaliar a evolução do quadro e a extensão da doença.
Como tratar essa doença
Embora não exista cura definitiva para essa enfermidade, há maneiras eficientes de tratar a doença de Kienbock e amenizar os sintomas. A abordagem terapêutica depende do estágio, mas pode incluir medidas como o uso de medicamentos. Os anti-inflamatórios, por exemplo, reduzem o inchaço ao redor do osso semilunar, diminuem a pressão local e controlam a dor. Outra medida paliativa consiste na imobilização temporária do punho para evitar a sobrecarga e a inflamação geradas pela movimentação excessiva, o que também alivia a dor. Caso necessário, o ortopedista indicará a fisioterapia em momento posterior, pois determinados exercícios de alongamento aumentam o conforto e melhoram a mobilidade do punho. Nos casos mais avançados e que não melhoram com terapias conservadoras e não invasivas, a cirurgia entra em cena para tratar a doença. O procedimento cirúrgico pode ter diferentes finalidades, como o reposicionamento dos ossos da articulação do punho, a retirada do osso semilunar e de seus fragmentos ou da fusão dos ossos do punho. A técnica específica deverá ser escolhida de acordo com cada quadro. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
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