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  • Radicais livres e desempenho esportivo: qual a relação?

    Radicais livres e desempenho esportivo: qual a relação?

    Quem preza pelo desempenho esportivo ideal costuma atentar a variados aspectos que podem prejudicar os resultados. Na lista de de preocupações dos certamente estão os radicais livres, que se dividem  em dois tipos: endógenos, que são produzidos de forma natural pelo organismo humano; e exógenos, que são externos e adquiridos por meio de radiação, poluição, consumo de tabaco e álcool e maus hábitos alimentares.

    Em condições normais, os radicais livres contribuem para geração de energia, ativação de genes e mecanismos de defesa, atacando e destruindo as células de micro-organismos patogênicos. Quando se acumulam no organismo, ocorre o chamado estresse oxidativo, um quadro que pode causar danos às moléculas de DNA, levando ao envelhecimento precoce e até ao desenvolvimento de algumas doenças, como o câncer.

    Qual a relação com o desempenho esportivo

    Quanto mais intensa e exaustivamente se suar a camisa, maior o consumo de oxigênio no corpo. O enorme bombeamento desse elemento químico através dos tecidos desencadeia a liberação de radicais livres. O ideal, para driblar esse mecanismo, é praticar exercícios mantendo entre 65-80% de sua frequência cardíaca máxima. Sabe-se que as atividades aeróbias apresentam maior produção e liberação de espécies reativas de oxigênio em comparação às modalidades anaeróbias. 

    Existe outro processo que também contribui para a produção desse elemento na atividade física: isquemia-reperfusão. O nome é complicado, mas é fácil de entender. Quando se pratica um movimento intenso, o fluxo sanguíneo é desviado para os músculos que estão em ação naquele momento. Isso quer dizer que uma parte do corpo fica desabastecida momentaneamente até que o exercício seja finalizado e, então, o sangue retorne. Esse vaivém, pelo menos no que diz respeito aos radicais livres, não é interessante. É com base nisso que se encoraja, por exemplo, o desaquecimento ou a volta à calma. 

    Importância da alimentação 

    Os alimentos antioxidantes ajudam a “varrer” os radicais livres em excesso do organismo e promover a saúde. Entre os principais, estão aqueles ricos em:

    • vitamina C (frutas cítricas, vegetais verde-escuros);
    • vitamina E (gérmen de trigo, abacate, óleos de soja, amêndoa, nozes);
    • betacaroteno (cenoura, tomate, batata doce, manga, abacaxi, espinafre, damasco seco, abóbora);
    • selênio (castanha-do-pará, alimentos marinhos, fígado, carnes, aves);
    • zinco (carnes, peixes, aves, leite, cereais integrais, feijões);
    • licopeno (tomates);
    • flavonoides (chá verde, vinho tinto, frutas cítricas, uvas, maçãs);
    • coenzima Q10 (alimentos marinhos);
    • ômega 3 (óleo de canola, linhaça, nozes, peixes);
    • isoflavonas (soja). 

    O ideal é alinhar com um especialista em nutrição esportiva a necessidade de suplementar esses elementos, prevenindo, assim, a atuação dos radicais livres. E, claro, é essencial também evitar as situações externas que “carregam” esses agentes para dentro do corpo. Nesse sentido, o cigarro e o álcool são os “vilões” mais cruéis. Tem outra condição que também eleva a quota e, portanto, deve ser contornada: nervos à flor da pele, ou, se preferir, estresse.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!