Autor: Dr. Henrique Rios

  • Saiba identificar o seu tipo de pisada

    Saiba identificar o seu tipo de pisada

    Comprar um tênis para se exercitar nem sempre é uma tarefa simples. É comum que a pessoa seja questionada sobre seu tipo de pisada. O que isso significa e de que forma é possível identificar a sua pisada?

    Cada indivíduo tem um jeito próprio de pisar, que varia conforme sua estrutura corporal, flexibilidade, articulações e formato do pé. Para ficar mais simples, é possível reunir essas características para enquadrá-las em um dos tipos listados abaixo.

    Pronada: quando a parte de fora do calcanhar toca o chão no momento da marcha e faz uma rotação excessiva para dentro, usando o dedão para ganhar impulso.

    Supinada: o pé toca no chão com a parte externa do calcanhar e continua o movimento utilizando essa área, dando impulso no dedo mindinho.

    Neutra: o pé toca o chão apoiando o lado externo do calcanhar e se move levemente para dentro, seguindo em linha reta até a elevação do dedão.

    A diferença de cada tipo de pisada está no ponto em que o pé coloca a maior parte da força da marcha. Sendo assim, o que as lojas de esportes costumam oferecer são modelos de tênis que se adaptam ao jeito de pisar do indivíduo, com o intuito de aliviar essa pressão e distribuir a força feita por todo o pé.

    Correção

    Na maioria das vezes, o questionamento sobre o tipo de pisada é feito pelo vendedor, com o intuito de oferecer um tênis indicado para a correção da pisada. A proposta é que o calçado alivie as áreas de maior pressão do pé e redistribua o peso.

    Nem sempre é preciso consertar a forma que o indivíduo caminha. Isso somente será necessário, se ele começar a sentir dor, que pode aparecer antes ou depois da prática de atividades físicas, na planta do pé ou tornozelo. Se for esse o caso, a primeira medida é procurar um ortopedista para identificar o motivo do incômodo.

    Com base nas características de cada tipo de pisada, é possível tentar identificar a sua.  Um teste caseiro que possibilita essa identificação é caminhar com os pés molhados sobre uma folha de jornal para verificar qual área do desenho formado ficará mais aparente. Essa será a área em que você coloca a maior parte do peso em sua marcha.

    No entanto, essa é somente uma dica. Somente um especialista detecta corretamente e avaliar a necessidade de tratamento corretivo. Nos quadros em que a forma de pisar é a causadora do problema, o médico deve priorizar o uso de palmilhas corretivas, a fim de amenizar os sintomas.  

    Se você sente dores frequentes, procure o médico. Iniciar o tratamento é importante para evitar consequências mais sérias para a saúde, que vão desde lesões superficiais, como calos e bolhas, até quadros mais graves, como fraturas ósseas por estresse. Problemas crônicos como tendinite e canelite também podem ser provocados pelo tipo de pisada.

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  • 4 alongamentos para amenizar a dor causada pela tendinite no pulso

    4 alongamentos para amenizar a dor causada pela tendinite no pulso

    A tendinite é uma inflamação do tendão, estrutura fibrosa do corpo que une o músculo ao osso. Geralmente, ocorre devido à execução de alguma tarefa repetitiva. Caracteriza-se por dor e inchaço na região afetada. Embora possa atingir qualquer ponto do corpo, as áreas mais comuns são os ombros cotovelos, joelhos, tornozelos e punhos. Além do tratamento convencional, com a imobilização do local e medicamentos para aliviar o incômodo, alguns alongamentos são bons aliados para aqueles que sofrem tendinite no pulso.

    Esses exercícios são simples e podem ser feitos em casa, com o intuito de proporcionar alívio. A recomendação é que o indivíduo não coloque muita força na execução e o limite da dor deve ser respeitado para que a situação não se agrave. Porém, se o incômodo for mais forte nessa hora ou no caso de surgir a sensação de formigamento, o médico deverá ser consultado sobre o ocorrido.

    Veja, a seguir, o passo a passo para fazer os alongamentos e amenizar sensações de queimação, falta de força muscular e edema.

    Alongamentos para amenizar a dor causada pela tendinite no pulso

    1. Estique o braço para frente, paralelo ao chão e, com a palma da mão para fora, rode o braço de forma que sua mão fique posicionada para baixo. Em seguida, puxe os dedos para trás, de forma que sinta a parte interna do braço se alongar. Lembre-se de não colocar muita pressão e interromper o movimento no momento em que a dor se iniciar.
    2. Repita o posicionamento, com braços esticados e paralelos ao chão, mas com a palma da mão virada para dentro. Puxe os dedos para baixo com a outra mão, de forma a esticar a parte externa do seu braço. A vantagem é que ambos os movimentos podem ser realizados mesmo se você estiver sentado na mesa do escritório.
    3. Fique de pé e estique os braços para frente. Posicione as palmas da mão pra fora e cruze os dedos das duas mãos. Depois, estenda os braços e cotovelos e permaneça nessa posição por, aproximadamente, 30 segundos.
    4. Ainda em pé, coloque os braços atrás das costas. Dessa vez, vire as palmas das mãos para fora e encaixe os dedos das duas mãos. Em seguida, alongue braços e cotovelos até onde conseguir. Fique nessa posição por 30 segundos.

    Em todos os casos, o alongamento pode ser repetido várias vezes ao dia. É importante ressaltar que, embora seja uma inflamação recorrente nos consultórios dos ortopedistas, ela não deve ser negligenciada. O ideal é que a pessoa imobilize o local inflamado por alguns dias até que a situação se estabilize. Se a dor persistir e os episódios de tendinite no pulso persistirem, avise o seu médico. Em alguns casos, a inflamação pode prejudicar tanto o tendão que ele se rompe e é necessário fazer uma cirurgia para reparar a estrutura.

     

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  • Como amenizar a dor nas costas durante a gestação

    Como amenizar a dor nas costas durante a gestação

    A gravidez é um momento muito especial na vida da mulher, assim como uma fase repleta de mudanças para o seu corpo. Entre os incômodos mais comuns decorrentes das alterações está a dor nas costas. Ao contrário do que muita gente pensa, essa dor pode aparecer logo nos primeiros meses, devido ao aumento na produção de progesterona, hormônio que leva os ligamentos da coluna e do osso sacro a ficarem mais frouxos.

    Além disso, a lombar fica mais curvada, conforme o tempo passa, e o útero cresce para acomodar o bebê, projetando o abdômen para frente. Algumas atitudes, no entanto, podem amenizar a dor nas costas e dar mais conforto à gestante. Veja abaixo alguns exemplos do que fazer.

    • Deitar de barriga para cima com as pernas dobradas e os braços esticados ao longo do corpo, com a coluna bem acomodada no chão ou em colchão firme. Colocar uma almofada embaixo das pernas ajuda a aliviar o peso sobre a região. Outra posição recomendada é de lado, com o travesseiro entre as pernas.
    • Alongamentos também são aliados e podem ser feitos em casa. Deite de costas e abrace uma perna de cada vez, passando as mãos por trás da coxa. Conte cerca de um minuto, mantendo a respiração controlada.
    • Fisioterapia: se a dor se prolongar, recorrer às sessões de fisioterapia é uma opção. O especialista poderá recomendar outros alongamentos e auxiliar no fortalecimento da região.
    • Manter-se ativa durante a gravidez também é fundamental. Atividades físicas de baixo impacto, como Pilates ou Natação, trabalham a força e a resistência de músculos e articulações, que suportarão o peso com mais facilidade.
    • Longas horas sentada ou períodos prolongados em pé contribuem para aumentar a dor. O indicado é intercalar movimentos, para que a região não fique sobrecarregada.
    • Massagem também é interessante nessa fase. Podem ser feitas por um profissional ou mesmo em casa, com um óleo corporal.
    • Usar sapatos adequados também contribui para sanar o problema. Saltos muito altos ou solados muito baixos, como as rasteirinhas, não são convenientes. O melhor é escolher um sapato com um salto pequeno, de aproximadamente 3 cm, para apoiar a lombar na caminhada.

    Embora seja recorrente, a dor nas costas durante a gravidez deve ser relatada ao médico. Ele poderá definir, junto com gestante, a estratégia mais eficaz para suavizar o incômodo e também terá condições de prescrever medicamentos, se for esse o caso.

    Se o quadro persistir e a gestante notar que a dor atrapalha ou impede atividades cotidianas, como caminhar e ficar deitada, ou é acompanhada de formigamento nas pernas, por exemplo, ela deverá contar imediatamente ao especialista, para que seja feita uma análise mais rigorosa. É fundamental respeitar todos os procedimentos e exames estabelecidos para o pré-natal, assegurando-se uma gestação saudável e tranquila.

     

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  • 3 tratamentos para o bico de papagaio

    3 tratamentos para o bico de papagaio

    Cientificamente definido por osteofitose, o bico de papagaio é assim popularmente denominado devido à forma que assume. Quando se faz radiografia, nota-se que é semelhante ao bico da ave.

    A osteofitose surge nas vértebras, em decorrência do envelhecimento e má postura ao longo dos anos, o que gera desgastes no disco intervertebral. Ocorre, assim, aproximação excessiva das vértebras e novas estruturas ósseas aparecem nas suas borda. Em resposta a esse estresse, o corpo começa a depositar matéria óssea, os osteófitos, numa tentativa de se autodefender,  diminuindo a sobrecarga e estabilizando a coluna.

    Os sintomas surgem em decorrência do osso extra, que provoca dor e deixa a articulação mais rígida, restringindo os movimentos. Pode, ainda, lesar os nervos do indivíduo.

    Ao longo de vários anos, problemas como hérnia, artrose, escoliose e doenças autoimunes, como espondilite anquilosante e artrite reumatoide, também podem desencadear osteofitose. A doença é mais comum a partir dos 45 anos, devido ao desgaste dos discos da coluna vertebral, que ocorre com o envelhecimento. Outras causas também estão relacionadas ao excesso de peso, ausência da prática de atividade física, traumas na coluna e doença reumática.

    Os principais sintomas são dor intensa nas costas, formigamento nos braços ou nas pernas e diminuição da força muscular. Para confirmar o diagnóstico é fundamental ir ao ortopedista para fazer um raio-X da coluna ou ressonância magnética. Por meio desses exames de imagem o médico detecta o desgaste do disco intervertebral, a aproximação entre as vértebras e a formação de proeminências na região lateral das vértebras, semelhantes ao bico de papagaio.

    Medicamentos

    Para minimizar a dor e desconforto causados pela osteofitose, o médico pode recomendar o uso de analgésico e anti-inflamatório. No entanto, deve-se manter uma postura correta para evitar o agravamento da doença. Em alguns casos, também pode ser necessário fazer fisioterapia, pelo menos quatro vezes por semana, para melhorar a postura e diminuir a dor.

    Terapia

    Desde de que sejam adequados às limitações e às condições do indivíduo, os exercícios físicos são importantes para prevenir a perda de massa muscular e fortalecer a musculatura da coluna vertebral. Além dos tratamentos convencionais, RPG (Reeducação Postural Global) e Pilates podem trazer bons resultados, melhorando a postura, a flexibilidade e a tonificação da musculatura da coluna. Ambos devem estar aliados e acompanhados por um profissional de fisioterapia fisioterapia.

    Cirurgia

    Apenas em casos mais graves o tratamento cirúrgico é indicado, quando já existem alterações importantes no alinhamento da coluna ou lesões nos nervos causadas pelos bicos de papagaio.

    A doença não tem cura e, com o passar do tempo, vai piorando. Existe, no entanto, tratamento, que deve ser acompanhado por um médico ortopedista e pode incluir analgésicos e fisioterapia, para aliviar a dor. A melhor dica é cuidar para que a enfermidade não se agrave e fazer fisioterapia para diminuir a dor nas costas e melhorar a qualidade de vida do indivíduo.

     

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  • Como prevenir lesões durante a corrida

    Como prevenir lesões durante a corrida

    Nos últimos anos, a corrida ganhou destaque nas ruas e na rotina de muitos brasileiros. A quantidade de atletas profissionais e amadores cresceu significativamente. Por ser um esporte economicamente barato e que não exige aquisição de equipamentos, ele se tornou uma das principais escolhas para quem quer deixar o sedentarismo e começar a praticar uma atividade física.

    É muito comum, porém, que o praticante de corrida sofra algum tipo de lesão durante a atividade. Para evitar o problema, é importante ficar atento a medidas de precaução antes, durante e depois do exercício. Saiba quais são elas.

    Consulte um médico antes de começar a correr

    Provavelmente você esteja cansado de ler e ouvir essa dica, mas ela é fundamental para qualquer pessoa que deseja fazer uma atividade física, sem colocar a saúde em risco. Além de analisar a parte cardiorrespiratória, é importante consultar-se com um ortopedista para diagnóstico de possíveis problemas nas articulações, alterações no tipo de pisada, fraqueza muscular, entre outros.

    Tenha um tênis adequado

    O que você leva em consideração na hora de escolher um tênis? Preço, estética ou marca? Na hora de escolher o calçado para correr, o cuidado deve ser redobrado, pois deve ser considerado o tipo de pisada, peso, intensidade do exercício, amortecimento, dentre outros fatores. Por isso, é importante receber orientações de um ortopedista.

    Deve-se observar, também, o estado de conservação do calçado e quanto já foi usado. A maioria dos sistemas de amortecimento duram, em média, 800 quilômetros.

    Alongamento e aquecimento

    Antes de começar e após realizar o exercício, faça um alongamento adequado, contemplando todos os grupos musculares. Não é porque a corrida exige mais das pernas que o restante do corpo não será impactado. Comece a atividade caminhando em um ritmo constante e, só depois, comece a correr em velocidade moderada ou trotando.

    Não exagere

    A corrida é muito boa, dá uma sensação de liberdade, bem-estar e, para muita gente, é um desafio pessoal. No ritmo de superar o próprio tempo ou correr uma distância maior, porém, ocorrem lesões que podem demandar bastante tempo de recuperação. A evolução da atividade deve ser gradativa e o aumento da quilometragem percorrida não deve ultrapassar 10% por semana.

    Fortaleça a musculatura

    Se você escolheu correr porque detesta os exercícios na academia, há uma notícia que pode não agradar muito. É importante trabalhar o fortalecimento muscular. Quanto mais preparados os músculos, maior será a resistência física. Assim, o atleta terá um desempenho melhor, minimizará a dor após a corrida e, consequentemente, não sofrerá lesões.

    Escolha bem o local onde correr

    Correr na esteira reduz em até 10% do impacto das passadas. Correr ao ar livre é uma atividade mais dinâmica e menos monótona, mas é fundamental ter muito cuidado ao escolher o trajeto que será feito durante os treinos. Calçadas quebradas, ruas esburacadas e de calçamento são alguns dos problemas que o atleta pode enfrentar em sua jornada. O ideal é optar por superfícies que ajudem na absorção de impacto, evitando concreto e asfalto. Se possível, corra em trilhas de terra e em espaços gramados.

     

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  • Como prevenir lesões no quadril

    Como prevenir lesões no quadril

    Localizado na união do tronco com as pernas, o quadril é uma região fundamental para a realização de diversas atividades que demandam flexão ou rotação do corpo. Por ser uma região muito exigida para as tarefas do dia a dia de todas as pessoas, ela está mais exposta a vários tipos de infecção e inflamação.

    Uma lesão muito comum é a do lábio do acetábulo, uma cartilagem que envolve o quadril. O problema causa dor nos músculos adutores e na virilha. Pode ser causada por falta de estabilidade articular ou pelo próprio formato ósseo. Outras enfermidades podem, também, afetar a região. Para evitá-las, é importante ficar atento a alguns pontos que destacamos neste artigo.

    Dicas para prevenir lesões no quadril

    Mantenha uma boa postura

    A primeira dica é fundamental. Identificar e corrigir possíveis problemas na postura ao executar tarefas é o passo inicial para evitar lesões. Não passe longos períodos em pé ou sentado, fique atento aos sinais do corpo ao subir e descer escadas – dor, incômodo, articulações rangendo, entre outros – e seja precavido ao executar os serviços domésticos.

    É importante praticar exercícios que fortaleçam a musculatura da região lombar e do quadril, para ajudar na sustentação corporal e evitar que o quadril seja sobrecarregado.

    Alimente-se bem e hidrate-se

    Ter uma boa alimentação favorece o corpo de diversas formas. Além de colaborar para a manutenção do peso, uma dieta rica em nutrientes promove melhor absorção de vitaminas e minerais que atuam diretamente nos ossos, músculos e cartilagens. A boa hidratação contribui na função muscular e vascular durante a realização de todo tipo de esforço.

    Use calçado adequado

    Ao praticar exercícios físicos, escolha bem o tênis que melhor se adeque ao tipo de atividade e intensidade. Ele deve atender às suas necessidades, considerando a estrutura da pisada, o peso e possíveis problemas existentes. Esse cuidado evitará que algo prazeroso se transforme em transtorno.

    Deve-se ter muita cautela na escolha do calçado. Os homens devem optar por calçados confortáveis e, de preferência, com algum tipo de amortecimento. As mulheres devem optar por modelos com salto mais baixo, que confiram firmeza, sem necessidade de se equilibrar sobre ele.

    Alongue-se

    A preparação para praticar exercício físico começa pelo alongamento. Efetuar manobras que alonguem os músculos de todas as partes do corpo é uma maneira importante de minimizar a probabilidade de lesões no quadril. Nem é necessário um longo tempo para isso. Apenas 15 minutos já são suficientes.

    Aqueça os músculos

    Após o alongamento, é preciso aquecer a musculatura. Para isso, comece com uma caminhada em ritmo constante, durante 10 minutos. Em seguida, faça uma corrida leve, trotando, para aumentar o fluxo sanguíneo nos músculos. Essas medidas são fundamentais para prevenir um problema mais grave.

    Conheça seus limites

    O corpo avisa quando a atividade física está em um grau além do que suporta. Fique atento aos sinais e respeite seus limites.

     

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  • Equinismo na criança: diagnóstico e tratamento

    Equinismo na criança: diagnóstico e tratamento

    No mundo, o equinismo na criança atinge mais de 100.000 recém-nascidos por ano. As principais causas do pé equino são o acidente vascular cerebral (AVC) no adulto e a paralisia cerebral na criança. O quadro é uma malformação congênita, esquelética e articular que força a extremidade do membro inferior a uma determinada atitude. Mais em detalhe, a parte externa da sola do pé tende a se aproximar da linha média do corpo, virando o membro para dentro, enquanto a ponta tende a apontar para baixo.

    Também chamado de pé torto, o pé equino afeta especificamente os ossos e articulações do arco plantar, modificando a forma dele. Em particular, nas pessoas afetadas, a parte anterior do pé tende a ser virada para baixo. Muitos pacientes também têm a parte de trás do pé não alinhada com a perna.

    O equinismo predispõe a pessoa a vários problemas e pode até incapacitá-la, uma vez que a superfície de suporte reduzida provoca sobrecarga no antepé e no calcanhar. Essa condição pode resultar em:

    • formação de calosidade;
    • retração dos tendões;
    • varo do retropé;
    • instabilidade do tornozelo;
    • má circulação periférica;
    • consequências na perna (em particular, na tíbia e na fíbula ) e nos tecidos moles (músculos e tendões).

    Outros sintomas que são frequentemente associados com o equinismo incluem sensibilidade reduzida, dor e alterações na pele, como ulceração e formação de bolhas .

    Em alguns casos, o pé equino está ligado a importantes distúrbios, como:

    • espinha bífida;
    • paralisia cerebral infantil;
    • distrofia muscular;
    • artrogripose;
    • displasia congênita do quadril.

    No entanto, o pé equino também pode ser idiopático (ou seja, há ausência de causas conhecidas).

    Fatores de risco para o equinismo na criança

    As causas que determinam o desenvolvimento desse quadro ainda não foram identificadas com exatidão. No entanto, é provável que fatores genéticos, neurológicos e musculares que podem interferir durante a vida fetal possam estar envolvidos no aparecimento dessa malformação.

    Além disso, o pé equino reconhece certa predisposição hereditária. Essa patologia ocorre, de fato, com certa frequência nas famílias em que já houve casos de malformações congênitas. A alteração é frequentemente bilateral e é mais comum em homens.

    A doença é facilmente reconhecível e, quando é diagnosticada cedo, pode ser corrigida de forma eficaz. Geralmente, a observação é suficiente para diagnosticar o pé equino, pois a deformidade e as consequentes alterações já são evidentes desde o nascimento. O médico pode prosseguir com as radiografias do pé e tornozelo, para ter uma indicação do grau de deformidade e para avaliar as mudanças que ocorreram no nível do membro.

    A avaliação especializada também pode ser usada para o exame baropodométrico, que permite a distribuição de cargas no pé e verificar o grau de comprometimento, a ser medido em uma posição estática e dinâmica.

    Duas causas ortopédicas podem estar relacionadas de forma mais comumente a essa deformidade. A primeira é a hipóxia perinatal, que leva a um atraso do desenvolvimento e a uma marcha em equino. A segunda, e mais comum, é o encurtamento congênito do tendão de aquiles (ECTA). Algumas crianças têm um músculo congenitamente curto na panturrilha ou no tendão de aquiles, reduzindo a capacidade dela de colocar o calcanhar no chão.

    Tratamento

    O distúrbio pode ser tratado com gesso e órteses que permitam ao paciente descansar completamente o pé no chão, corrigindo o equinismo. Em casos graves, no entanto, é necessário recorrer à cirurgia.

    Após o diagnóstico, o  tratamento consiste em três fases, que variam de acordo com a idade e o grau de encurtamento do tendão. Quanto menor a idade e mais frouxo é o tendão, maior a chance de o tratamento conservador dar bons resultados. Esse tratamento consiste na fisioterapia e na aplicação da toxina botulínica no músculo encurtado.

    O tratamento funcional inclui uma reeducação cotidiana realizada por fisioterapeutas especializados, bem como a utilização de talas e ataduras para manter o pé na posição corrigida. Esse tratamento deve ser realizado durante cerca de três anos.

    Cirurgia

    Entretanto, quanto maior a criança e maior a rigidez articular, maior a probabilidade de o quadro necessitar de tratamento cirúrgico. Não há uma idade ideal, depende dos fatores relacionados. A cirurgia consiste no alongamento cirúrgico do tendão e em uma imobilização de 4 a 6 semanas, seguida de tratamento fisioterápico.

    O tratamento cirúrgico é, muitas vezes, necessário para tratar o equinismo congênito no caso de insucesso do tratamento por gesso ou tala. Esse procedimento pode ser realizado a partir dos 8 meses de idade. Ele consiste em alongar as estruturas retraídas que impedem a correção da deformação (ligamentos, tendões, etc.).

    Apesar da eficácia desses tratamentos, é impossível evitar alguns defeitos residuais do equinismo na criança, por exemplo:

    • pé de dimensão menor em comparação ao outro(1, 2 ou 3 números de diferença);
    • panturrilha mais fina do lado do pé afetado;
    • fraqueza do músculo da panturrilha.

     

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  • Bota ortopédica corrige pé chato?

    Bota ortopédica corrige pé chato?

    O pé plano, ou o popularmente conhecido como pé chato, é um tipo de formação específica da região e que se apresenta com diminuição do arco plantar, determinando que a planta do pé toque o chão por inteiro. A maior parte dos bebês apresenta essa formação, pois o arco ainda não se desenvolveu por completo e também pelo fato de os pés terem maior quantidade de gordura, dando a impressão de aplanamento. Com o crescimento, normalmente, observa-se a mudança da forma dos pés, com a correção da pisada, e o arco se desenha. Geralmente, a formação completa do arco pode ocorrer até os 5 anos.

    Por isso, não se recomenda o uso de botas ortopédicas para a correção desse problema. Muitas vezes, pais e mães costumam fazer o uso desse calçado a partir de um aconselhamento ou por orientação de outros pais e mães que usaram nos filhos deles, ao notarem que o pé permanecia sem a curva. No entanto, é preciso um pouco de paciência e cautela, pois nem todas as crianças apresentam crescimento e desenvolvimento em um determinado período. Esperar o tempo da criança e verificar se ela sente algum tipo de incômodo na região, principalmente nos tornozelos, é o mais indicado a se fazer. E a partir dessa queixa, buscar ajuda especializada, para não realizar nenhum tipo de tratamento sem o correto diagnóstico.

    Como identificar o pé chato

    Uma ótima forma de confirmar a existência dessa anormalidade é, depois do banho, com os pés ainda molhados, fazer a pessoa pisar em uma toalha e observar o desenho que se forma. No caso do pé chato, o desenho é mais largo, enquanto que, na pisada normal, na parte do meio do pé, o desenho fica mais estreito. A alteração pode ter diversas causas, como:

    • predisposição familiar;
    • hiperfrouxidão ligamentar;
    • lesões traumáticas nos pés (pé plano adquirido);
    • doenças reumáticas (predispõe o indivíduo à ruptura dos tendões);
    • idade avançada, que leva ao desgaste natural da região.

    Alguns casos podem ainda estar relacionados às malformações ósseas ou ao aparecimento de ossificações anômalas. Nesses casos, geralmente, a pessoa apresentará dor nos pés, as quais se mostrarão mais evidentes na idade escolar. Já o aparecimento ou a intensificação do aplanamento do pé na idade adulta pode ter como causa uma ruptura tendinosa. Essa lesão pode ser traumática ou degenerativa, tornando-se uma doença. Nessas situações a pessoa também apresentará dor local.

    A maioria das pessoas não sente nenhuma dor relacionada à alteração da planta. Contudo, algumas crianças, apresentando hiperfrouxidão ligamentar, podem ter uma queixa de dor muscular nas pernas ou de fadiga devido ao esforço. Caso a condição do paciente com pé chato seja mais grave, ela poderá vir acompanhada de dor, desequilíbrio mecânico da marcha e ainda interferir nas atividades funcionais da pessoa, limitando a prática desportiva.

    Tratamento

    Em casos de muita dor no local, o mais recomendado é o uso de palmilhas de elevação do arco plantar nos calçados para a melhora dos sintomas. É importante frisar que o uso recorrente da palmilha não irá curar o pé chato e corrigir a pisada. O tratamento resultará na diminuição das dores e no conforto do paciente no dia a dia.

     

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  • Tire suas dúvidas sobre o pé torto congênito

    Tire suas dúvidas sobre o pé torto congênito

    O pé torto congênito engloba uma variedade de anormalidades no membro e/ou tornozelos, geralmente presentes no nascimento do bebê. Nesse caso, o pé da criança é torto, fora de forma ou de posição. Quando há essa alteração, os tecidos que conectam os músculos ao osso (tendões) são mais curtos que o normal. O defeito congênito ― bastante comum ― geralmente é um problema isolado para um recém-nascido saudável.

    O pé torto na criança pode ser leve ou severo. Cerca de metade das crianças com pé torto tem o problema nos dois pés. Se o seu filho tiver pé torto, será mais difícil para ele andar normalmente. Por isso, os médicos geralmente recomendam o tratamento logo após o nascimento.

    A frequência do pé torto congênito é de aproximadamente um caso em cada 1.240 nascidos vivos. Nas crianças com a condição, há um desequilíbrio sutil nas forças musculares da perna, resultando na deformidade do membro em questão. Muitas vezes, o pé é “em forma de rim”. Em cerca de 50% dos casos, ambos os pés são afetados pelo problema.

    É mais provável que o médico diagnostique o pé torto logo após o nascimento do bebê, com base na aparência. O profissional pode aconselhar os pais sobre o tratamento mais adequado, ou encaminhar o paciente para um médico especialista em problemas ósseos e musculares (ortopedista pediátrico).

    Sintomas

    A doença apresenta algumas características:

    • a parte superior do pé é geralmente torcida para baixo e para dentro, aumentando o arco e girando o calcanhar para dentro;
    • a deformidade pode ficar tão severa que o pé parece estar de cabeça para baixo;
    • os músculos da panturrilha da perna afetada são geralmente subdesenvolvidos;
    • o pé afetado pode ser até 1/2 polegada (cerca de 1 centímetro) mais curto que o outro.

    Causas

    A causa do pé torto é desconhecida (idiopática), mas pode ser uma combinação de genética e ambiente. Embora não haja causa conhecida para o pé torto congênito, alguns médicos acreditam que o uso de drogas ou álcool durante a gravidez ou a presença de outras doenças na mãe podem causar a deformidade no bebê.

    Outros fatores de risco que aumentam as chances de a criança vir a ter o problema:

    História de família

    Se um dos pais ou os outros filhos tiverem pé torto, é mais provável que o bebê também tenha.

    Condições congênitas

    Em alguns casos, o pé torto pode estar associado a outras anormalidades do esqueleto que estão presentes no nascimento, como a espinha bífida. Essa alteração é um defeito congênito grave que ocorre quando o tecido ao redor da medula espinhal, durante o desenvolvimento de um feto, não se fecha adequadamente.

    Meio ambiente

    Se uma mulher com história familiar de pé torto fumar durante a gravidez, o risco de o bebê ter a doença pode ser o dobro, em comparação ao risco para filhos de gestantes não fumantes. Além disso, contrair uma infecção ou usar drogas recreativas durante a gravidez também pode aumentar o risco.

    Ausência de líquido amniótico suficiente durante a gravidez

    Muito pouco fluido envolvendo o bebê no útero pode aumentar o risco de pé torto congênito.

    Complicações do pé torto congênito

    Apesar da aparência diferente, o pé torto em si não causa nenhum desconforto ou dor até que a criança comece a aprender a ficar de pé e a andar. Se o pé torto for tratado, o indivíduo provavelmente andará razoavelmente normal.

    Algumas dificuldades podem ser geradas, como:

    • movimento: a mobilidade pode ser ligeiramente limitada;
    • tamanho de sapato: o pé afetado pode ter numeração de 1 a 1,5 menor que a do pé não afetado;
    • tamanho dos músculos: os músculos da panturrilha do lado afetado podem sempre ser menores que os do outro lado.

    No entanto, se não for tratado, o pé torto causa problemas mais sérios. Esses podem incluir:

    • alteração nos ossos: a criança provavelmente desenvolverá artrite;
    • baixa autoestima: a aparência incomum do pé pode tornar a imagem do corpo da criança uma preocupação durante a adolescência;
    • incapacidade de andar normalmente: a torção do tornozelo pode não permitir que a criança ande apoiando a sola do pé. Para compensar, ele ou ela podem andar sobre a bola do pé, o exterior do pé ou até mesmo o topo do pé em casos graves;
    • problemas decorrentes de ajustes de marcha: estes podem impedir o crescimento natural dos músculos da panturrilha, causar grandes feridas ou calosidades no pé e resultar em uma marcha desajeitada.

    Tratamento

    Os médicos geralmente são capazes de tratar o pé torto com sucesso sem cirurgia, embora às vezes as crianças precisem de uma cirurgia mais tarde. Os riscos da cirurgia do pé torto congênito incluem lesão nervosa, infecção, sangramento e rigidez.

     

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior

    Cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior

    Os ligamentos são bandas fortes de tecido que conectam um osso ao outro. O ligamento cruzado anterior (LCA) ― um dos dois ligamentos que cruzam o meio do joelho ― conecta o fêmur à tíbia. Ele funciona como um grande estabilizador, mantendo esses ossos estáveis do ponto de vista anteroposterior e rotacional.

    A lesão do LCA é muito comum no mundo dos esportes, principalmente no futebol, devido à redução da velocidade do praticante ou mesmo por este colidir-se com outros jogadores. Também ocorre bastante em outras práticas esportivas, que envolvem paradas repentinas e mudanças de direção, como basquete, esqui e ginástica.

    A maioria das lesões dessa parte do corpo ocorre em um episódio de estresse no joelho. Por exemplo,  quando de repente se muda de direção, se gira com o pé firmemente apoiado, quando há aterrissagem no solo após um salto, parada repentina ou após um golpe direto no joelho.

    A reconstrução do LCA por meio cirúrgico geralmente é recomendada para os seguintes casos:

    • o paciente é um atleta e quer continuar no esporte, especialmente se essa prática envolve pular, cortar ou girar;
    • mais de um ligamento ou o menisco do joelho é lesionado;
    • a lesão faz com que o joelho se curve durante as atividades cotidianas;
    • o paciente é jovem (embora outros fatores, como nível de atividade e instabilidade do joelho, sejam mais importantes que a idade).

    Isso significa que, se o paciente forçar ou lesionar levemente o LCA, ele pode se curar com o tempo, com a ajuda do médico e fisioterapia. Mas, se o ligamento estiver completamente “rasgado”, talvez, seja necessário substituí-lo. Isso pode ocorrer especialmente se o paciente é jovem e ativo ou um atleta que quer continuar praticando esportes. Em caso de pacientes mais velhos ou menos ativos, o médico pode recomendar tratamentos que não requerem cirurgia.

    Cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior

    A reconstrução do LCA deve ser realizada por um médico especializado em procedimentos cirúrgicos dos ossos e articulações (cirurgião ortopédico). Uma vez que a intervenção consiste em substituir o ligamento cruzado anterior, que é um dos principais ligamentos do joelho.

    Essa cirurgia é um procedimento ambulatorial que é realizado por meio de pequenas incisões em torno da articulação do joelho. O procedimento demora cerca de 1 hora. O paciente recebe anestesia geral .

    Na cirurgia de reconstrução do LCA, o ligamento rompido é removido e substituído por um pedaço de tendão de outra parte do joelho, ou de um doador falecido. Esse tecido de substituição é chamado de enxerto.

    O cirurgião irá perfurar o fêmur e a tíbia para posicionar com precisão o enxerto, que é, então, preso aos ossos com parafusos ou outros dispositivos de fixação. O enxerto servirá como andaime sobre o qual o novo tecido ligamentar irá crescer.

    A maioria dos pacientes recebe alta no mesmo dia. O indivíduo provavelmente ficará usando muletas para manter a pressão do joelho por algum tempo. Quando a LCA começar a cicatrizar, é necessário o acompanhamento de fisioterapia. Isso ajudará a fortalecer os músculos e ligamentos. Nas primeiras semanas após a cirurgia, o paciente deve se esforçar para recuperar uma amplitude de movimento igual à do joelho oposto.

    A reconstrução do ligamento cruzado anterior, quando bem-sucedida, em conjunto com a reabilitação focada, geralmente pode restaurar a estabilidade e a função do joelho. A recuperação geralmente demanda cerca de 9 meses. Pode levar de 8 a 12 meses, ou mais, para que os atletas possam retornar aos esportes.

     

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