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  • Artropatia de charcot: sintomas e causas

    Artropatia de charcot: sintomas e causas

    Artropatia de Charcot é uma doença que ataca os ossos, articulações e tecidos moles dos pés. Quando c omeça, a pessoa não consegue perceber que algo está errado. Mas, eventualmente, o paciente percebe o desenvolvimento de feridas dolorosas ou até mesmo a alteração no formato do pé. 

    Porém, se o paciente souber as causas e notar os sintomas, o médico poderá diagnosticar e tratar o problema antes que ele cause maiores danos. Pensando nisso, elaborei este artigo para mostrar quais são os sintomas e causas da Artropatia de Charcot. Acompanhe a leitura e não perca nenhum detalhe.

    O que pode causar a Artropatia de Charcot?

    A Artropatia de Charcot afeta os pés e tornozelos devido a uma deficiência nos nervos sensoriais. Por essa razão, não se sente nada nos pés e tornozelos, devido aos danos nos nervos. 

    Este é um problema comum em pessoas com diabetes. Mas, outras condições podem causar danos aos nervos, tais como:

    • abuso de álcool ou drogas;
    • infecções;
    • doença ou lesão na medula;
    • Mal de Parkinson;
    • HIV;
    • Sífilis.

    Nem sempre há uma causa específica para a Artropatia de Charcot. Mas, algumas coisas podem desencadear essa condição. Um torção ou osso quebrado não tratado de forma rápida, ou uma ferida no pé que não cicatriza, são algumas das condições que favorecem o desenvolvimento desta doença.

    O que acontece se a Artropatia de Charcot não for tratada?

    Quando a Artropatia de Charcot tem início, a pessoa pode não saber que o pé está machucado, pois os danos aos nervos impedem que ela sinta dor. Assim, a lesão ou a ferida piora à medida que se caminha sobre ela. Então, os ossos do pé começam a perder cálcio e enfraquecem.

    Tendo os ossos enfraquecidos, é comum que eles sofram fraturas ou desvios. Se isso ocorre, o pé e os dedos perdem a forma, tornando-se tortos. Isso causa a instabilidade nos tornozelos.

    Ao usar sapatos, a força dos ossos causa feridas na pele, que podem ser infectadas. O fluxo sanguíneo se torna deficiente, efeito colateral comum do diabetes. Neste caso, as feridas têm maior dificuldade em cicatrizar. Se isso continuar por muito tempo, existe o risco de amputação do membro.

    Quais são os sintomas da Artropatia de Charcot?

    Os sinais mais comuns de que os pés foram afetados pela Artropatia de Charcot são:

    • pé avermelhado;
    • pé quente ao toque;
    • pé inchado.

    Pode ser difícil identificar a presença da artropatia de Charcot, especialmente no início. Exames de imagem, como raios-X e testes de laboratório, podem não ser úteis para mostrar possíveis alterações nos membros, que indiquem a doença. Além disso, outros problemas nos pés podem ter os mesmos sintomas do distúrbio.

    Por isso, é tão importante o acompanhamento do diabetes por um ortopedista, inclusive, para que o especialista faça a avaliação regular do estado dos pés do diabético. Agora que você conhece um pouco mais a respeito da Artropatia de Charcot, saberá identificar os sintomas e procurar um especialista, caso necessário. 

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Como o ortopedista atua no tratamento do pé diabético?

    Como o ortopedista atua no tratamento do pé diabético?

    Pessoas com diabetes são propensas a problemas nos pés, que se desenvolvem devido a períodos prolongados de altos níveis de açúcar no sangue. Porém, como o ortopedista atua no tratamento do pé diabético?

    Essa e outras perguntas, relacionadas ao assunto, serão respondidas neste artigo, que elaborei com o intuito de trazer mais informação a você.

    Como o diabetes afeta os pés?

    O diabetes é uma doença que altera a produção de insulina, causando sua insuficiente no organismo. A insulina é um hormônio essencial, responsável por ajudar as células a absorverem o açúcar do sangue para usar energia.

    Quando esse processo não funciona corretamente, o açúcar continua circulando no sangue, causando problemas de saúde. Períodos prolongados de altos níveis de açúcar no sangue podem danificar muitas áreas do corpo, incluindo os pés. É impressionante, mas o diabetes é responsável pela amputação dos pés de muitas pessoas todos os anos.

    Como o ortopedista atua no tratamento do pé diabético?

    O tratamento para o pé diabético varia de acordo com a gravidade da condição. E o ortopedista deve acompanhar o tratamento de perto.

    O especialista busca tratar a úlcera do pé diabético sem o uso de  cirurgias, inicialmente. Alguns destes métodos incluem:

    • manter a ferida limpa e com curativo;
    • usar dispositivos de imobilização, como a bota ortopédica;
    • observar atentamente qualquer gangrena nos dedos dos pés.

    Se o tratamento não curar com sucesso os problemas do pé diabético, o médico pode considerar a cirurgia. Opções cirúrgicas incluem:

    • a remoção de tecido em decomposição ou morto;
    • amputação, variando de dedos únicos ou seções, para amputação da perna abaixo ou até mesmo acima do joelho;
    • utilizar um bypass arterial para doença vascular periférica, que auxilia o fluxo sanguíneo para a área;
    • realizar cirurgia endovascular com colocação de stent, que utiliza pequenos dispositivos para manter os vasos sanguíneos abertos.

    Como cuidar do pé diabético?

    Em conjunto com seu ortopedista, os cuidados do paciente são essenciais para fortalecer o tratamento. Evitar problemas nos pés é essencial para pessoas com diabetes. Manter os pés saudáveis ​​é fundamental, e, para que isso aconteça, a pessoa pode realizar as seguintes ações diariamente:

    Verifique os pés todos os dias

    Se você tem diabetes, não é exagero verificar os pés todos os dias. Ferimentos e alterações podem ocorrer sem que você perceba, por isso, deve haver esse cuidado.

    Use sapatos e meias para proteção

    Proteja os pés com meias e sapatos em todos os momentos. Um podólogo pode recomendar sapatos especiais para ajudar a prevenir deformidades. Não use as meias muito apertadas para que elas não restrinjam o fluxo sanguíneo.

    Promova o fluxo sanguíneo para os pés

    Coloque os pés para cima, quando estiver sentado. Mexa os dedos periodicamente e faça exercícios com eles. Essas ações ajudam a promover um fluxo sanguíneo saudável para os pés.

    Apare as unhas cuidadosamente

    Corte as unhas e mantenha-as curtas. Unhas quadradas ou mal cortadas podem crescer para dentro, causando infecção.

    Evite fumar

    O fumo afeta negativamente o fluxo sanguíneo para os tecidos, o que pode piorar os problemas nos pés em pessoas com diabetes.

    Em suma, ao contrário do que muita gente imagina, o pé diabético é tratado por um ortopedista, e se esse for o seu caso, converse o quanto antes.

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  • Pubalgia: sintomas, causas e tratamentos

    Pubalgia: sintomas, causas e tratamentos

    Já ouviu esta palavra alguma vez? O nome não é muito comum, mas pubalgia ocorre bem mais do que se imagina. Esse tipo de lesão também é chamado de pubalgia atlética, e refere-se a qualquer tensão ou ruptura do tecido na virilha. 

    Sabendo que poucos conhecem sobre ela, elaborei este artigo para mostrar quais são os sintomas, causas e tratamentos da pubalgia. Acompanhe a leitura e fique por dentro do tema.

    Quais são as causas da pubalgia?

    Esta lesão é frequentemente chamada de pubalgia atlética. Ela é mais frequente durante a prática de esportes, especialmente aqueles que exigem uma maior flexibilidade corporal, mudanças súbitas de direção ou movimentos repetitivos.

    A pubalgia é causada por danos aos músculos, ligamentos ou tendões da região da virilha. A lesão geralmente ocorre se há uma torção nessa região, mudanças repentinas de direção ou movimentos repetitivos, como dito anteriormente. É comum em esportes e atividades do tipo:

    • Tênis; 
    • Futebol;
    • Corrida;
    • Luta livre;
    • Esqui; 
    • Vôlei. 

    É importante ressaltar que a pubalgia pode acometer qualquer pessoa. Basta uma torção nos ligamentos da virilha e região. Porém, ela é mais comum em atletas, por causa dos movimentos súbitos e repetitivos que realizam em sua profissão.

    Um detalhe interessante é que os homens também estão em maior risco de ter pubalgia. A pélvis masculina é mais estreita, tornando-a menos estável e mais propensa a lesões.

    Quais são os sintomas da pubalgia

    Não há muitos sintomas para a pubalgia. O principal sintoma é a dor aguda na virilha. A dor pode desaparecer quando a pessoa está descansando, mas geralmente retorna quando começa a se mover. 

    Pode haver dor ao tossir ou espirrar. Além da dor, a pessoa também pode sentir rigidez ou sensibilidade na virilha.

    Qual é o tratamento para esse tipo de lesão?

    Enquanto a dor causada pela pubalgia pode desaparecer quando se está descansando, a lesão real geralmente precisa de tratamento. Existem opções cirúrgicas e não cirúrgicas para o tratamento da pubalgia. O tratamento depende da gravidade da lesão.

    Quando não há necessidade de cirurgia

    Para os primeiros dias após a lesão, descansar e aplicar compressas de gelo na virilha pode ajudar com a dor. O paciente também pode tomar medicamentos anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, para aliviar o desconforto. Se a dor persistir, o médico deverá ser consultado para prescrever novos medicamentos.

    Depois do descanso, haverá o encaminhamento para o fisioterapeuta. Ele trabalhará com o paciente a reconstrução e a força na virilha por meio de exercícios de alongamento e fortalecimento. Algumas pessoas com pubalgia se recuperam totalmente após quatro a seis semanas de fisioterapia.

    Quando o tratamento exige cirurgia

    Muitas pessoas com pubalgia optam pela cirurgia após a fisioterapia, para um melhor resultado. Se você ainda tiver dor após vários meses de fisioterapia, pode ser necessário fazer uma cirurgia.

    A cirurgia tradicional para pubalgia envolve fazer um corte perto da virilha e reconstruir o tecido danificado. A recuperação demora cerca de 6 a 12 semanas.

    Por fim, se você é atleta ou somente quer se prevenir contra a pubalgia, não esqueça de alongar-se antes de qualquer atividade física e ter cuidado em não realizar movimentos súbitos. Essa é uma boa maneira de se blindar contra uma lesão na região da virilha.

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  • Cuidados no pós-operatório da cirurgia de ombro

    Cuidados no pós-operatório da cirurgia de ombro

    Cirurgias são delicadas. Por mais simples que sejam, toda cirurgia exige uma recuperação diligente, e o pós-operatório da cirurgia de ombro não foge à regra.

    Pensando nisso, elaborei este artigo orientando sobre os cuidados necessários para o pós-operatório em uma cirurgia de ombro. Acompanhe a leitura e, se este é seu caso ou de algum conhecido, cuide-se.

    Quanto tempo dura a recuperação da cirurgia de ombro?

    Em boa parte dos casos, a maioria das lesões no ombro não deve exigir intervenção cirúrgica. No entanto, uma ruptura importante no manguito rotador, que é o tendão e os ligamentos que envolvem o topo do osso do braço, geralmente requer cirurgia. 

    Embora o procedimento possa ser realizado com invasão mínima, usando um artroscópio, geralmente há um período de recuperação extenso, que pode durar até seis meses. A razão para isso é simples. 

    Leva algum tempo para o tendão se curar e se reagrupar adequadamente ao osso. O período de recuperação, naturalmente, varia de paciente para paciente e depende da gravidade da ruptura.

    E quais são os cuidados no pós-operatório da cirurgia de ombro?

    Geralmente, esses são os cuidados após a cirurgia no ombro, no entanto, cada caso é único. Seu médico pode recomendar dentre estes, outros cuidados mais específicos. Confira abaixo.

    Ombro imóvel

    Sim. É necessário manter o ombro o mais imóvel possível. A recuperação rápida e saudável depende obviamente de não movimentar o local afetado. O uso de um Sling ou tipoia pode ser recomendado para manter o ombro imóvel.

    Compressas frias

    O local da cirurgia frequentemente ficará inchado e dolorido. Usar periodicamente compressas frias na região amenizam a dor e o inchaço, enquanto ocorre a cicatrização do tendão.

    Mantenha o curativo

    É preciso cuidado na hora do banho e manter o curativo sempre seco e limpo. Nada de removê-lo sem a orientação médica. Pode haver contaminação sem que o paciente perceba.

    Fisioterapia

    Os cuidados no pós-operatório envolvem a fisioterapia. Durante essas sessões, o terapeuta realizará exercícios que envolvem o movimento da articulação. Esse movimento não envolverá a contração dos músculos. É particularmente importante que o músculo bíceps não se contraia durante este período.

    Medicação em dia

    Todos os medicamentos recomendados pelo seu médico devem ser ingeridos diligentemente. Lembre-se que, enquanto estamos no hospital, sempre no mesmo horário, uma enfermeira passa no quarto trazendo a medicação do paciente. Isso não acontece à toa. Faz parte de uma recuperação eficiente tomar a medicação na hora certa.

    Retorno ao consultório

    Outro ponto importante do pós-operatório da cirurgia do ombro é o retorno ao consultório para o acompanhamento do progresso da recuperação. Muitos pacientes, ao sentirem a melhora, não se preocupam em comparecer às datas marcadas.

    Considero um erro inocente, porém, com consequências graves. Muitas complicações não proporcionam sintomas no início, o que dá uma falsa impressão de melhora. Somente um médico pode avaliar a recuperação pós-cirúrgica.

    Sendo assim, essas são as principais recomendações e cuidados no pós-operatório da cirurgia de ombro. Tendo em mente que cada passo durante a recuperação é tão importante quanto a própria cirurgia, o paciente voltará às atividades muito mais rápido do que imagina.

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  • Lesão do manguito rotador: diagnóstico e tratamento

    Lesão do manguito rotador: diagnóstico e tratamento

    O manguito rotador consiste em um grupo de músculos e tendões que rodeiam a articulação do ombro, mantendo o topo do osso do braço firme, dentro da cavidade do ombro. Uma lesão no manguito rotador pode causar dor no ombro, que muitas vezes piora quando você move o lado afetado.

    Sabendo que poucas pessoas conhecem o manguito rotador, elaborei este artigo para mostrar como diagnosticar e tratar lesões nesta região. Acompanhe a leitura e fique por dentro de todos os detalhes.

    Quais são os sintomas da lesão do manguito rotador?

    As lesões do manguito rotador ocorrem mais frequentemente em pessoas que realizam movimentos repetitivos no trabalho ou em esportes em geral. Por exemplo, jogadores de tênis ou pintores. 

    A lesão no manguito rotador pode ser o resultado de uma contusão no ombro, degeneração progressiva ou desgaste do tecido. Atividade aérea repetitiva ou levantamento pesado durante um período prolongado de tempo pode irritar ou danificar o tendão.

    Sendo assim, após ocorrer a lesão, a pessoa poderá sentir determinados sintomas, como:

    • Cansaço no braço lesionado;
    • Dor ao dormir, quando se deita sobre o ombro machucado;
    • Dor ao realizar os movimentos repetitivos que causaram a lesão.

    Causas da lesão

    Os seguintes fatores podem aumentar o risco de ter uma lesão no manguito rotador. 

    Idade 

    Conforme você envelhece, o risco de uma lesão no manguito rotador aumenta. As rupturas da estrutura são mais comuns em pessoas com mais de 40 anos.

    Determinados esportes

    Atletas que usam regularmente movimentos repetitivos dos braços, como arremessadores, arqueiros e tenistas, correm maior risco de ter uma lesão no manguito rotador.

    Trabalhos de construção

    Ocupações como carpintaria ou pintura exigem movimentos repetitivos dos braços, muitas vezes acima da cabeça, que podem danificar o manguito rotador ao longo do tempo.

    Histórico na família

    Pode haver um componente genético envolvido nas lesões do manguito rotador, já que elas parecem ocorrer mais comumente dentro de certas famílias.

    Como diagnosticar?

    Se houver os sintomas, o paciente deve procurar seu médico. Durante o exame, ele irá pressionar diferentes partes do ombro e mover o braço para posições diferentes. Ele também testará a força dos músculos ao redor do ombro e nos braços.

    Em alguns casos, ele pode recomendar exames de imagem, como:

    • Raios-x;
    • Ultrassom;
    • Ressonância magnética.

    E como se dá o tratamento?

    Os tratamentos mais comuns incluem o repouso, compressas com gelo e fisioterapia. Às vezes, somente isso é o suficiente para curar o ombro lesionado. No entanto, se a lesão for grave e envolver uma ruptura completa do músculo ou tendão, poderá ser necessário até mesmo a cirurgia.

    Há também a recomendação de alguns médicos de aplicação de injeções, caso a dor seja insuportável. Elas são realizadas nas articulações do ombro e são formas paliativas de minimizar a dor até o tratamento da causa terminar.

    A fisioterapia também é usada para tratar a lesão do manguito rotador. Geralmente, é um dos primeiros tratamentos oferecidos pelos médicos. Exercícios feitos sob medida, para a localização específica da lesão, podem ajudar a restaurar a flexibilidade e a força do ombro. 

    Por fim, não se esqueça que exercícios também são parte do processo de recuperação da lesão do manguito rotador. Por isso, uma vez que o tratamento tenha terminado e não haja mais dor, é importante não deixar de praticar os exercícios de recuperação.

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  • Lesão do manguito rotador: sintomas e causas

    Lesão do manguito rotador: sintomas e causas

    O manguito rotador faz parte de um conjunto de músculos e tendões responsável pela desaceleração, rotação e pelo bom posicionamento do ombro. São eles: músculos subescapular, redondo menor, infraespinhal, supraespinhal e cabeça longa do bíceps. Quando essa área é impactada, o problema pode manifestar-se como tendinite aguda ou lesão maciça que compromete todos seus componentes. 

    O risco de comprometimento do manguito rotador aumenta de acordo com a idade (é mais comum em pessoas com mais de 40 anos), prática de certos esportes cujos atletas usam regularmente movimentos repetitivos do braço (goleiros e jogadores do tênis, por exemplo), o ofício (trabalhos de construção, como carpintaria ou pintura) e histórico familiar (pode haver componente genético envolvido nas lesões desse tipo). 

    Quais são os sintomas

    O paciente costuma resumir os sintomas em dor profunda no ombro, que aparece ao pentear os cabelos, colocar a mão nas costas e executar tarefas simples. O incômodo perturba o sono, principalmente se a pessoa deitar-se do lado afetado, e gera uma sensação de fraqueza e “peso”. 

    Quando procurar um médico

    É comum depois de uma semana intensa de trabalho ou após pegar pesado na academia sentir desconforto muscular na região do ombro. Não é comum, porém, que as dores e incômodos permaneçam por longos períodos. Quando isso acontece, é preciso ligar o sinal de alerta e buscar ajuda de um médico ortopedista. 

    Lesões no manguito rotador costumam ser diagnosticadas apenas com teste físico (pressiona-se diferentes partes do ombro e move-se o braço em posições diferentes, verificando a força dos músculos). Em algumas situações, exames de imagens como radiografia, ultrassom e ressonância magnética podem ser solicitados. 

    Tratamento da lesão

    Quanto antes o tratamento começar, melhor. Em casos simples, recomenda-se repouso, aplicar compressas de gelo e fazer exercícios de fisioterapia (ajudam a restaurar força e flexibilidade dos ombros). Injeções de esteroides na articulação, sobretudo se a dor está interferindo no sono e nas atividades diárias, podem ser consideradas. 

    No entanto, quando se constata ruptura do músculo ou tendão, o paciente precisa submeter-se à cirurgia, que pode ser para reparo aberto de tendão, remoção de esporão ósseo, transferência de tendão ou artroplastia do ombro.

    Como prevenir lesões do manguito rotador

    Se você quer prevenir complicações nessa parte tão importante e estratégica do corpo humano, cumpra sua rotina de treinos respeitando os limites que seu organismo impõe. Isso vale, principalmente, para aqueles que são suscetíveis a lesões por sobrecarga em esportes de arremesso (tênis, vôlei, handebol) e de repetição (natação). Crossfiteiros também devem ficar atentos. Outro ponto importante é consultar, em caso de histórico familiar de lesão do manguito rotador, um médico ortopedista para avaliar a necessidade de ajustes no dia a dia. Como vimos, esse problema tem um peso genético considerável. 

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  • Trauma ortopédico em idosos: como é o tratamento e a recuperação

    Trauma ortopédico em idosos: como é o tratamento e a recuperação

    Um simples escorregão pode representar um grande problema para os idosos. É que qualquer deslize pode causar trauma ortopédico, uma das piores dores de cabeça que os mais velhos podem ter. 

    Ele pode resultar de acidentes de baixa energia (imprevistos domésticos, quedas simples, entorses) ou de alta energia (batidas de trânsito, queda de lugar alto). No primeiro tipo, destacam-se as fraturas no quadril, ombro e punho, em razão da osteoporose. 

    Tratamento 

    O primeiro passo é fazer o correto diagnóstico. O médico analisa os sintomas descritos pelo paciente e o histórico clínico. O exame de radiografia é importante para confirmar as suspeitas e, então, direcionar o tratamento. Em alguns casos, tomografia e ressonância magnética podem ser requeridas. 

    Quanto ao tratamento, quase sempre a abordagem é cirúrgica, sendo a opção não operatória indicada apenas em alguns casos, sobretudo quando os riscos envolvidos na intervenção são maiores que os benefícios ou, ainda, quando o diagnóstico é feito tardiamente. 

    O que será realizado para proporcionar ao idoso retorno precoce às atividades depende da região traumatizada e da extensão do dano. Pode-se optar, por exemplo, por fixação estável da fratura com hastes, placas ou parafusos, e substituição por prótese nas fraturas desviadas do colo do fêmur.

    Quanto antes se iniciar o tratamento, menores as chances de complicações como trombose venosa, distúrbios cardiorrespiratórios, urinários e escaras (úlceras/lesões causadas pela pressão local).

    Recuperação

    O processo de recuperação do idoso que sofre trauma ortopédico exige muita resiliência. É muito importante atentar a alterações neurocomportamentais, principalmente no que diz respeito à memória e ao humor. Se o indivíduo sofreu um acidente, saiu machucado e ainda perdeu alguém especial, por exemplo, é natural que o lado psicológico seja afetado. 

    É pertinente pontuar que a reabilitação deve ocorrer de forma sutil e gradativa. O período entre a restrição do paciente ao leito e o retorno ao movimento de marcha (caminhada) é crítico e exige manejo especial, principalmente porque a capacidade física fica prejudicada, uma vez que a atrofia muscular aumenta rapidamente. 

    Previna-se

    Evitar as situações que podem comprometer a saúde osteomuscular dos idosos é essencial. Esse cuidado começa em casa: coloque piso antiderrapante, corrimão e rampa de acesso nos ambientes; evite tapetes ou panos decorativos no chão; instale suporte de apoio no box do banheiro e próximo ao vaso sanitário; mantenha objetos de uso frequente ao alcance das mãos; escolha cadeiras, camas e poltronas com cabeceiras e apoios de costas e braços.

    Falar sobre prevenção de trauma ortopédico significa lembrar-se, também, da necessidade de controlar os fatores de risco da osteoporose (estado hormonal, uso de medicações, e deficiência de vitamina B12, por exemplo). Estudos indicam que a cada três pacientes que sofrem fratura no quadril, um tem o diagnóstico da doença; e, deste número, um em cada cinco recebe algum tipo de tratamento.

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  • Dor no joelho pode ser sinal de pisada errada

    Dor no joelho pode ser sinal de pisada errada

    Você acorda e, a partir desse momento, realiza uma série de atividades de maneira automática. Abre os olhos, levanta-se, vai ao banheiro, escova os dentes, pisca e anda. Já reparou que muitas de nossas ações são executadas sem que tenhamos a necessidade de pensar sobre elas de antemão? É o caso da pisada, por exemplo. O problema é que, neste caso, não atentar à forma correta de fazê-lo pode desencadear dor no joelho. 

    Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto.

    Qual é a sua pisada

    O jeito que você pisa não é igual à maneira como seu amigo pisa. O modo é determinado de acordo com as características anatômicas de cada indivíduo, como, por exemplo, o tipo de pé e a flexibilidade nas articulações. 

    Existem, basicamente, três formas: pronada (ocorre quando o apoio do pé no chão é feito primeiro com a parte interna), supinada (é o famoso “pisar para fora”) e neutra (ocorre quando o pé atinge o solo de maneira uniforme, com o peso distribuído de modo praticamente igual por toda a planta). 

    Identificar qual é sua pisada é importante para você escolher o calçado adequado, evitando, assim, aparecimento de dor no joelho. Isso se dá por meio de uma avaliação ortopédica. Se preferir, pode recorrer a uma avaliação baropodométrica, que, inclusive, algumas lojas especializadas disponibilizam. 

    É bem simples: uma esteira com sensor identifica, a partir do impacto do pé no equipamento, qual é o seu entre os diferentes tipos de pisada. Outro jeito bem simples é, em casa mesmo, pegar um jornal, molhar o pé e pisar sobre ele para observar a marca.

    Qual é o calçado ideal

    Se a pisada é neutra, não existem muitas restrições no momento de escolher o melhor sapato, desde que tenha amortecimento mais leve e solado semicurvo. Já aqueles que pisam de maneira supinada necessitam de um reforço no amortecimento, como em gel e em molas, controle de estabilidade e solado curvo. O modelo direcionado àqueles com pisada pronada (realizada por 50% da população mundial) deve ser bem amortecido, com controle de estabilidade leve e solado plano ou semicurvo.

    Complicações e dor no joelho

    Se você pisar de maneira irregular, pode ter certeza: seu corpo logo começará a “reclamar”. Cada público sentirá os efeitos em partes diferentes. Quem tem o pé pronado pode esbarrar com desvios de patela (o osso da parte frontal do joelho) e instabilidades no tornozelo. Essas pessoas desenvolvem com muita frequência dor no joelho, na canela, esporão no calcanhar, fascite plantar, problemas lombares e no quadril, e arcos fracos e dolorosos.

    Se sua pisada é supinada, as complicações que podem atingi-lo incluem lesões constantes no tornozelo, frequente tensão dos músculos que ficam logo abaixo do joelho, além de retração na fáscia plantar. Isso tudo é sinônimo de dor e inflamação, portanto, muito incômodo. 

    O corpo humano consegue surpreender até na sola do pé. E, inteligente que ele é, sempre comunica que a coisa não vai bem. Se você suspeita de problemas com a pisada e percebeu sintomas como dor no joelho e baixo rendimento físico, busque ajuda de um especialista e, ao abastecer o guarda-roupa, escolha modelos de calçado mais adequados à anatomia de seu pé. 

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  • Radicais livres e desempenho esportivo: qual a relação?

    Radicais livres e desempenho esportivo: qual a relação?

    Quem preza pelo desempenho esportivo ideal costuma atentar a variados aspectos que podem prejudicar os resultados. Na lista de de preocupações dos certamente estão os radicais livres, que se dividem  em dois tipos: endógenos, que são produzidos de forma natural pelo organismo humano; e exógenos, que são externos e adquiridos por meio de radiação, poluição, consumo de tabaco e álcool e maus hábitos alimentares.

    Em condições normais, os radicais livres contribuem para geração de energia, ativação de genes e mecanismos de defesa, atacando e destruindo as células de micro-organismos patogênicos. Quando se acumulam no organismo, ocorre o chamado estresse oxidativo, um quadro que pode causar danos às moléculas de DNA, levando ao envelhecimento precoce e até ao desenvolvimento de algumas doenças, como o câncer.

    Qual a relação com o desempenho esportivo

    Quanto mais intensa e exaustivamente se suar a camisa, maior o consumo de oxigênio no corpo. O enorme bombeamento desse elemento químico através dos tecidos desencadeia a liberação de radicais livres. O ideal, para driblar esse mecanismo, é praticar exercícios mantendo entre 65-80% de sua frequência cardíaca máxima. Sabe-se que as atividades aeróbias apresentam maior produção e liberação de espécies reativas de oxigênio em comparação às modalidades anaeróbias. 

    Existe outro processo que também contribui para a produção desse elemento na atividade física: isquemia-reperfusão. O nome é complicado, mas é fácil de entender. Quando se pratica um movimento intenso, o fluxo sanguíneo é desviado para os músculos que estão em ação naquele momento. Isso quer dizer que uma parte do corpo fica desabastecida momentaneamente até que o exercício seja finalizado e, então, o sangue retorne. Esse vaivém, pelo menos no que diz respeito aos radicais livres, não é interessante. É com base nisso que se encoraja, por exemplo, o desaquecimento ou a volta à calma. 

    Importância da alimentação 

    Os alimentos antioxidantes ajudam a “varrer” os radicais livres em excesso do organismo e promover a saúde. Entre os principais, estão aqueles ricos em:

    • vitamina C (frutas cítricas, vegetais verde-escuros);
    • vitamina E (gérmen de trigo, abacate, óleos de soja, amêndoa, nozes);
    • betacaroteno (cenoura, tomate, batata doce, manga, abacaxi, espinafre, damasco seco, abóbora);
    • selênio (castanha-do-pará, alimentos marinhos, fígado, carnes, aves);
    • zinco (carnes, peixes, aves, leite, cereais integrais, feijões);
    • licopeno (tomates);
    • flavonoides (chá verde, vinho tinto, frutas cítricas, uvas, maçãs);
    • coenzima Q10 (alimentos marinhos);
    • ômega 3 (óleo de canola, linhaça, nozes, peixes);
    • isoflavonas (soja). 

    O ideal é alinhar com um especialista em nutrição esportiva a necessidade de suplementar esses elementos, prevenindo, assim, a atuação dos radicais livres. E, claro, é essencial também evitar as situações externas que “carregam” esses agentes para dentro do corpo. Nesse sentido, o cigarro e o álcool são os “vilões” mais cruéis. Tem outra condição que também eleva a quota e, portanto, deve ser contornada: nervos à flor da pele, ou, se preferir, estresse.

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  • 6 erros comuns cometidos na academia que vão prejudicar o seu corpo

    6 erros comuns cometidos na academia que vão prejudicar o seu corpo

    Você provavelmente conhece alguém que decidiu começar uma rotina de exercício físico, mas, no final das contas, um levantamento de peso malfeito comprometeu a coluna da pessoa  e a deixou de molho por uns bons dias. Quem quer apostar as fichas na academia precisa ir com calma e evitar erros comuns que uma multidão comete. 

    Neste artigo, listamos 6 erros que você deve evitar na academia. Confira!

    1. Sede ao pote

    Ir com muita sede ao pote pode ser desastroso. O processo precisa acontecer de maneira gradual e consistente, de modo a proporcionar ao corpo tempo de adaptação. Vá com calma e não se cobre, por exemplo, a execução da mesma ficha  do colega que malha há décadas. No começo, os exercícios podem parecer leves demais, mas essa é a regra, principalmente quando a pessoa é sedentária. À medida que você se acostumar, a planilha deve ser trocada. 

    2. “Alongamento é bobagem”

    Quem nunca ouviu essa expressão que atire a primeira pedra. Comumente as pessoas negligenciam a importância do alongamento antes e depois das atividades, encaram como bobagem, perda de tempo. Mas é justamente o contrário: essa prática proporciona ao corpo a flexibilidade que ele precisa para movimentar-se durante o treino e potencializa o rendimento de exercícios como musculação e corrida.

    3. Não respeitar o intervalo entre as séries

    Se o profissional que o acompanha disse que você precisa descansar dois minutos, são dois, não um ou três. O prazo é calculado levando em consideração o tempo que o músculo precisa para se recuperar para a próxima rodada de repetições. Nesse intervalo, ocorre a liberação de hormônios importantes para o crescimento muscular, aumento da força e a queima de gordura: o GH e a testosterona. 

    4. “Só isso?”

    Esse é um erro que os adeptos da hipertrofia cometem constantemente na academia: colocar peso demais. Forçar a barra (literalmente) pode fazer o músculo se distender em excesso e, no processo de regeneração, criar fibroses, machucados que causam perda de elasticidade. Quem acaba sofrendo é a coluna, que fica obrigada a segurar o esforço que outras articulações não suportam. 

    5. “Conserta essa postura”

    Quem não está acostumado à rotina de academia pode se sentir perdido quanto à postura correta ao executar os exercícios, mas é importante, desde o começo, prestar atenção nesse aspecto, porque qualquer deslize pode acarretar complicações sérias no sistema osteomuscular. Nem sempre manter o corpo ereto é o ideal, por isso, a supervisão de um profissional é tão crucial. 

    6. “Só quero malhar essa parte aqui, o resto está ok”

    É importante ressaltar a todos aqueles que optam por treinos na academia a necessidade de deixar os grupos musculares equilibrados. O corpo é formado por músculos antagonistas e agonistas, que se sustentam e trabalham simultaneamente, de modo que, por exemplo, exercitar a parte anterior da coxa e deixar de trabalhar o lado posterior deixará o joelho fragilizado e, portanto, mais suscetível a lesões.

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