Blog

  • Você sabe como é o tratamento de um trauma ortopédico?

    Você sabe como é o tratamento de um trauma ortopédico?

    Os traumas ortopédicos são responsáveis por 5,8 milhões de mortes anuais em todo o mundo. Acidentes de trânsito se mantêm no topo da lista como principal causa de fraturas, seguidos por quedas de objetos, agressões e quedas.

    Nós, médicos ortopedistas e profissionais de saúde, estamos sempre em busca de novas técnicas de tratamento para traumas, para diminuir o tempo de recuperação e as sequelas comumente presentes em quem passou por eles.

    Como ocorre um trauma ortopédico

    Entorses, fraturas, contusões, luxação… Praticamente todo mundo já passou por algum desses traumas ortopédicos, que muitas vezes podem acontecer numa simples caminhada. Tropeçar numa pedra, escorregar num chão molhado ou usar um salto alto pode desencadear problemas que vão de um simples entorse a fraturas graves, que necessitam de cirurgia.

    Algumas situações aumentam os riscos de lesões como o uso do álcool, atividades esportivas, uso de motocicleta e prática de bicicleta e skate. Essas atividades, quase sempre, possuem um histórico de causar algum tipo de trauma ortoédico.

    O corpo humano fabrica naturalmente substâncias que colam as partes rompidas dos ossos e tendões. Quando acontece uma fratura, por exemplo, há uma hemorragia interna causada pelos vasos sanguíneos que estão dentro dos ossos e que foram rompidos com o trauma ortopédico, mas em geral o sangue é reabsorvido.

    Após o rompimento ósseo a corrente sanguínea encaminha células com cálcio para a região lesionada. Essas células  agem como uma cola para unir os pedaços lesionados e reconstituir os vasos sanguíneos rompidos. Dessa forma é fundamental que haja uma imobilização correta para que os ossos se mantenham na posição certa e possam cicatrizar sem causar nenhum tipo de dano.

    Problemas e tratamentos mais comuns de traumas ortopédicos

    Conheça abaixo os tipos de trauma ortopédico mais comuns e os tratamentos utilizados pelos médicos para cura:

    Entorse

    Um entorse é uma lesão nos ligamentos de uma articulação, como tornozelo, joelhos, punhos e cotovelos, que acontece quando há uma ruptura no movimento normal. O grau mais leve de um entorse acontece quando não há ruptura de ligamentos, apenas um estiramento que mantém a movimentação com dor. O grau moderado para grave leva a uma ruptura de ligamentos e não há possibilidade de movimentação.

    O tratamento começa em manter o paciente em repouso, sem provocar nenhum movimento no local da lesão. Uma compressão com bolsa de gelo ajuda a diminuir a dor e conter o inchaço, mas é necessário um exame físico e radiológico para determinar a dimensão da entorse. Quase sempre, o tratamento conservador (que consiste na imobilização do local com gesso ou outros semelhantes) é suficiente. O paciente não pode movimentar e nem colocar peso na região, mantendo seu repouso durante o tempo determinado pelo médico.

    Luxação

    A luxação é uma desarticulação entre os ossos, causada por uma pancada ou outro tipo de trauma, sendo considerada grave pelos ortopedistas. Como há um rompimento dos ligamentos que unem os ossos, ela precisa de um tratamento específico para evitar sequelas.

    O trauma acontece muito frequentemente em quem pratica esportes com frequência e é muito comum no ombro. Há uma dor intensa imediata, com paralisia dos movimentos na região e uma nítida deformação do local. O ponto positivo é que a dor faz com que o paciente procure ajuda médica imediata, o que ameniza os possíveis problemas que podem surgir sem os cuidados devidos.

    Após um exame radiológico o especialista “coloca os ossos no lugar”, literalmente, o que proporciona um alívio imediato. Mas esse procedimento só pode ser realizado se não houver fraturas associadas à luxação, o que, em geral, requer cirurgia. Em seguida, o paciente precisa imobilizar a região e tomar remédios anestésicos e anti-inflamatórios, além disso, é necessário se submeter a sessões de fisioterapia, para evitar qualquer problema nos movimentos.

    Contusões

    As contusões não acontecem nos ossos e sim nos músculos que os envolvem. Ocorrem depois de uma forte pancada que causa dor, vermelhidão, calor e hematomas. O tratamento dependerá da dimensão da contusão, e pode ser feito apenas com medicações analgésicas e anti-inflamatórias, com bolsas de gelo para diminuir o inchaço e relaxantes musculares.

    Se a contusão for grave, o paciente precisará ficar de repouso e talvez até imobilizar o local, realizando posteriormente uma fisioterapia para fortalecer os músculos danificados.

    Fraturas

    Fraturas são um dos tipos de trauma ortopédico mais comuns. Uma fratura acontece quando o osso quebra e há sua descontinuidade ou perda anatômica. Quando ocorre, causa inchaço e dor intensa imediata, que impede a movimentação do local. O indicado é que a região seja imobilizada imediatamente até que haja o atendimento médico.

    O tratamento inclui uso de medicamentos analgésicos para diminuir a dor e relaxantes musculares para evitar seu enrijecimento e movimentos involuntários. De acordo com a fratura apenas uma imobilização com gesso ou órteses já é suficiente.

    Mas há casos graves em que a cirurgia é necessária, como desvios que requerem alinhamento ósseo, fixação com placas e hastes ou o uso de fixadores externos. Mas para cada osso há um tipo de tratamento, que dependerá não só da dimensão da fratura como do perfil anatômico do osso.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís.

  • Tendinite – Você sabe o que é? Entenda como ela surge e como tratá-la

    Tendinite – Você sabe o que é? Entenda como ela surge e como tratá-la

    A tendinite nada mais é do que uma inflamação que afeta os tendões. O tendão é uma estrutura fibrosa responsável por unir o osso ao músculo.

    Apesar de poder ocorrer em qualquer parte do corpo, a condição é mais comum nos pulsos, cotovelos, ombros, tornozelos e joelhos. Ela é caracterizada por inchaço e dor no tendão nestas regiões.

    A seguir, confira quais são os sintomas, causas e tratamentos  e os tipos mais comuns desta inflamação.

    Tipos de tendinite

    A tendinite, como já falamos, pode se manifestar em qualquer parte do corpo. Entre as áreas mais comuns, estão:

    • Cotovelo: também conhecida como “cotovelo de tenista” ou epicondilite, os sintomas desta tendinite são sensação de fraqueza e fortes dores na articulação da região ou após a movimentação dos pulsos ou dedos;
    • Ombro: além de dor (que pode ou não ser intensa), outros sintomas são rigidez e dificuldade para movimentá-lo;
    • Pulso: a inflamação provoca dor e fraqueza na região. Sua manifestação é bem comum em indivíduos que trabalham no computador (digitando excessivamente);
    • Joelho: também conhecida como tendinite patelar, ela é mais comum em indivíduos que praticam atividades físicas com salto. Ela causa dores e incômodos mesmo com os mais leves esforços.

    Quais são as causas?

    O tendão é a estrutura que mais sofre quando exposto a sobrecargas. Isso se dá uma vez que ele não é tão elástico como o músculo, assim como também não é tão forte quanto o osso.

    As causas, porém, também podem estar relacionadas a alguns fatores de riscos. São eles:

    • Postura inadequada (principalmente quando em relação à inflamação nos ombros);
    • Falta de alongamento antes da realização de exercícios;
    • Movimentos muito repetitivos (principalmente com o uso de celulares, tablets e computadores);
    • Idade;
    • Ansiedade e/ou estresse excessivos;
    • Doenças autoimunes;
    • Atividades físicas praticadas com materiais ou técnicas inadequadas.

    Principais sintomas

    Em todos os casos, a tendinite se manifesta da mesma forma: com dor intensa, desconforto e sensação de fraqueza na região afeta.

    Se o histórico da dor é ainda recente, ou seja, de até 45 dias, a tendinite é considerada aguda. Porém, se ela se manifesta por um período mais longo, o problema passa a ser crônico.

    Como tratar a inflamação?

    O tratamento se divide em duas etapas: aliviar a dor e, em seguida, evitar novos episódios da mesma.

    Para alívio da dor, os principais tratamentos incluem:

    • Repouso da área afetada;
    • Acupuntura;
    • Aplicação de gelo (para diminuir o inchaço);
    • Fisioterapia local;
    • Consumo de medicamentos anti-inflamatórios.

    Já para evitar que a dor volte a se manifestar, em todos os casos são recomendados:

    • Alongamento dos tendões envolvidos;
    • Melhor ergonomia no trabalho ou correção da postura;
    • Mudança de hábitos;
    • Busca pelo fortalecimento dos músculos.

    Agora você já conhece todos os sintomas, causas e tratamentos para os diferentes tipos de tendinite. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís.

  • Condropatia patelar – você sabe o que é?

    Condropatia patelar – você sabe o que é?

    O joelho, embora tenha seu trabalho feito mecanicamente, necessita de alguns atributos para funcionar corretamente. Um deles é a cartilagem que protege a patela. Essa cartilagem, além de proteger a região, proporciona mais força para locomover o joelho e suas articulações. Se essa cartilagem amolece, ocorre o desgaste desse material, o que chamamos de Condropatia Patelar.

    De acordo com a severidade do problema, esse problema pode ser ainda mais delicado de acordo com os graus que o desgaste ocorre. Numa escala de 1 a 4, o desgaste pode ocasionar pequenas “agulhadas” ou até dores intensas no joelho.

    Como a condropatia patelar se desenvolve?

    Tudo acontece com os condrócitos. Elas são as células cartilaginosas que compõem a cartilagem que envolve a patela. Para que elas não sofram nenhuma alteração, os movimentos feitos pelo joelho precisam ser adequados e corretos, de modo que a cartilagem não se desgaste.

    Caso haja algum movimento irregular ou um esforço exagerado, que comprometa a locomoção do joelho, essas células ficam mais escassas. Dessa forma, a cartilagem fica mais fraca até o momento de em que acaba por se desgastar e gerar atrito entre os tecidos ósseos do fêmur e da patela. É aí que surge o problema.

    Separada em graus, a gravidade da anomalia possui uma escala de 1 a 4. Cada escala apresenta um nível de desgaste crescente e, quanto maior é o problema, mais dor o indivíduo sentirá.

    Quem está pré-disposto a ter o problema?

    Qualquer pessoa que não consiga ter um equilíbrio muscular adequado está sujeito a desenvolver o distúrbio. Contudo, é no grupo dos atletas e das pessoas que costumam realizar exercícios físicos com frequência que o problema é ainda mais comum.

    Alongamentos feitos incorretamente (ou a falta deles), flexões exageradas dos joelhos, e esforços muito intensos, tanto para agachar quanto para correr são alguns dos motivos. Mas se engana quem pensa que só quem pratica exercícios físicos está no grupo de risco. Pessoas que não costumam se exercitar também estão sujeitas a essa complicação, uma vez que a falta de exercícios físicos pode resultar numa leve atrofia da patela e causar dores e crepitações.

    Como resolver?

    A condropatia patelar é percebida por meio de exames visuais, como a ressonância e o raio-X. Fazendo a avaliação precisa do problema, o médico poderá recomendar fisioterapias para corrigir o desequilíbrio do músculo do joelho e, assim, garantir uma melhor condição física.

    Essa fisioterapia não é feita apenas no joelho, mas em todas as áreas que se ligam a ele. Por isso, quadríceps, coxas e glúteos também são trabalhados nas sessões.

    Para aliviar a dor, analgésicos e anti-inflamatórios também são recomendados para que o indivíduo não se incomode com os sintomas. Porém, somente o médico dirá qual o melhor remédio a ser ingerido.

    Caso o problema seja ainda mais grave, como o é no estágio 4, a condropatia patelar é resolvida por meio de cirurgia.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís.

  • Bursite no ombro – Conheça os principais sintomas e tratamentos

    Bursite no ombro – Conheça os principais sintomas e tratamentos

    Já escrevemos um texto aqui no blog sobre o que é a Bursite. O problema, que é fruto de uma inflamação nas bursas (pequenas bolsas, que contêm o líquido sinovial) acomete principalmente a região dos ombros, dos quadris e dos cotovelos, podendo apresentar um estado agudo ou crônico, dependendo da situação.

    A bursa é uma pequena bolsa, cheia de líquidos, que serve para absorver o impacto dos movimentos das articulações. Essa inflamação pode ser um sinal de tendinite.

    O ombro é uma das articulações mais complexas do corpo humano. São três ossos interligados a ligamentos, músculos e tendões que permitem uma grande amplitude de movimentos do braço. A bursa ajuda a amortecer o impacto de toda essa estrutura anatômica, evitando o risco de lesões e endurecimento do local.

    A bursa existe também em outras partes do corpo, mais especificamente são mais de 160 espalhadas pelos cotovelos, quadris, nádegas, coxas, joelhos, calcanhares e pés. Todas são passíveis de uma inflamação, mas a mais comum é mesmo a bursite no ombro.

    Bursite no ombro: principais sintomas

     

    A bursite muitas vezes é confundida com tendinite, uma inflamação no tendão. Ambas são ocasionadas pela LER (lesão por esforço repetitivo), com excesso de movimentos como os realizados em atividades esportivas ou profissionais, lesões, traumas e peso excessivo na região. Como geralmente a bursite é causada por uma lesão na área em que está localizada, é comum que pessoas com tendinite no ombro possam desenvolver também a inflamação na bursa. Os sintomas mais frequentes desta condição são:

    • Sensação de formigamento local que irradia por todo o braço;
    • Dificuldade em levantar o braço acima da cabeça, por causa da dor;
    • Fraqueza muscular em todo o braço afetado;
    • Dor em todo o ombro, especialmente na parte superior.

    O diagnóstico é feito através de alguns exames que o médico ortopedista pode realizar no próprio consultório, ou através de raio x ou de ressonância magnética.

    Tratamento da bursite no ombro

    A bursite tem cura e não é transmissível ou hereditária, sendo facilmente tratada. Num primeiro momento é fundamental cessar os movimentos para evitar forçar a região e aumentar a dor. Uma coisa simples, que pode ajudar, é o uso de compressas de gelo, para diminuir o inchaço.

    No tratamento, são utilizados medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos para diminuir a inflamação e aplacar a dor. Em casos mais severos e crônicos, pode ser necessária a injeção de corticosteroides, para um alívio mais rápido. e feita a punção de retirada do líquido que está provocando o problema.

    A fisioterapia é indicada para diminuir o tempo de pausa e evitar que o problema retorne. Exercícios específicos, que podem ser indicados por um fisioterapeuta, também podem ser muito eficientes. A cirurgia é muito rara e indicada apenas em último caso, quando cessaram todas as possibilidades de tratamento e a dor continua presente.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís.

  • Cisto de Baker – O que é, seus sintomas e tratamentos

    Cisto de Baker – O que é, seus sintomas e tratamentos

    O cisto de Baker consiste no acúmulo de líquido articular (ou líquido sinovial) na região detrás do joelho. A condição também pode ser chamada de Cisto de Poplíteo ou joelho saliente. O acúmulo do líquido, que é o elemento responsável pela lubrificação das articulações, acaba por gerar um inchaço na área, gerando incômodo e dor.

    As causas do cisto de Baker

    A partir do instante em o acúmulo do líquido articular ocorre, ele passa a constituir um cisto. De uma forma geral, é possível afirmar que esse problema surge devido à inflamação da articulação do joelho, ocasionada por algum tipo de lesão que tenha afetado a cartilagem.

    Vale lembrar que esse problema também está relacionado com um outro, que pode afetar o joelho: a artrite reumatoide. Qualquer indivíduo pode desenvolver um transtorno como esse, no entanto, esse tipo de problema é mais comum em pessoas acima dos sessenta anos de idade, que por causa do desgaste natural, a articulação do joelho se torna mais propensa a acumular o líquido sinovial.

    Principais sintomas

    Em alguns casos o aparecimento do cisto pode acontecer de maneira assintomática, ou seja, o indivíduo possui esse problema, porém não percebe nenhum sintoma. No entanto existem aqueles casos em que os sintomas são perceptíveis. Entre os sintomas é possível citar a ocorrência de dor no joelho, especialmente nos momentos de locomoção. Outro sintoma é a rigidez muscular, bem como a presença de um inchaço.

    Além disso, vale salientar que os sintomas podem se agravar após a prática de alguma atividade física ou também após o indivíduo ter permanecido muito tempo em pé. O desconforto também surge se o indivíduo ficar por muito tempo com o joelho imóvel ou mantendo a mesma posição.

    A realização do tratamento

    Em muitos casos, o tratamento é apenas sintomático. Ou seja, trata-se apenas os sintomas, para melhor conforto, pois em problema em si pode desaparecer sozinho. Um deles é a utilização de medicamentos como o corticoesteroide, por exemplo.

    Todavia, caso o cisto persista por mais tempo, acarretando em muita dor e desconforto, é possível a realização de alguns tratamentos específicos. A drenagem do líquido é uma possibilidade de tratamento. Ela é realizada através da sucção do líquido por meio de uma agulha. Esse procedimento também recebe o nome de Aspiração e pode ser realizado com o auxílio de ultrassom.

    O procedimento cirúrgico também é uma alternativa. Mas só é cogitado caso o médico considere que ele seja realmente necessário. É comum que o cisto de Baker apareça em atletas, especialmente devido a alguma lesão ou algum impacto na região do joelho.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luis.

  • Tendinite patelar – sintomas, causas e tratamento

    Tendinite patelar – sintomas, causas e tratamento

    A tendinite patelar é uma inflamação no tendão do joelho, abaixo da rótula, e que causa muita dor e limitação de movimentos. É um tipo de problema típico de pessoas que praticam atividades forçam o joelho, como vôlei, futebol, basquete e atletismo.

    A doença pode se tornar crônica e aumentar o problema caso não haja um tratamento adequado e repouso total até melhorar a inflamação. Treinamentos muito pesados, tipos inadequados de calçado e chão de treino muito duro são algumas das causas do problema.

    Sintomas e causas da tendinite patelar

    O joelho é composto pela patela, tenda do quadríceps, tendão patelar e músculo do quadríceps, que ajudam os movimentos de esticar e dobrar do joelho, inclusive proporcionando força e intensidade para caminhar, correr, chutar e pular.

    Composto por fibras colágenas, o tendão patelar está bem abaixo da patela e é o responsável pela sua ligação com a tíbia. A tendinite acontece pela sua degeneração e inflamação.

    Pela sua própria estrutura, é o elo mais fraco do joelho quando há sobrecarga de esforço. Os movimentos repetitivos de contração extrínseca do quadríceps femoral e a flexibilidade reduzida do músculo posterior da coxa vão causando uma inflamação crescente, chamada de tendinite. O apelido da doença é “joelho de saltador”, exatamente por ser muito comum em atividades nas quais o salto é frequente e excessivo.

    Não só atletas, mas quaisquer pessoas que praticam atividades com esforço e repetição estão propensas a tendinite patelar. Atletas do basquete, handebol, vôlei, atletismo, futebol, corrida e bicicleta são os mais comuns.

    Tudo começa como uma dor rápida e leve, durante a atividade física ou logo após seu término. Sem o tratamento adequado ela vai se tornando mais intensa durante a prática da atividade, o que começa a prejudicar o seu desempenho. A região fica mais sensível, podendo surgir um hematoma na área onde se localiza o tendão e dificuldade em esticar e dobrar a perna. Conforme vai aumentando o problema a dor começa a surgir em ações normais como caminhar, abaixar e subir escadas.

    Tratamento da tendinite patelar

    O médico ortopedista avaliará o problema a partir dos sintomas do paciente, incluindo a requisição de exames de raio-X, ressonância magnética ou ultrassom.

    O tratamento básico é o mais usado e eficiente para a maior parte das tendinites, com orientação de repouso e modificação do tipo de treino exercido. Há ainda a crioterapia, fisioterapia e medicação para conter a inflamação e a dor. A cirurgia só é indicada para casos crônicos e cujos tratamentos não vêm surtindo o efeito desejado.

    Como precaução para evitar sua ocorrência há a escolha do sapato adequado para atividade exercida, que precisa se encaixar com a planta do pé e com o esporte praticado. A execução incorreta do exercício também pode causar tendinite, sendo muito importante um profissional de educação física para avaliar a postura correta da prática.

    Evite também treinamentos muito pesados, que danificam não só o tendão patelar como também as articulações, músculos e ossos do corpo, causando microlesões que podem se transformar em algo mais sério.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís.

  • Sabe o que é a Epicondilite? – Conheça suas causas e principais sintomas

    Sabe o que é a Epicondilite? – Conheça suas causas e principais sintomas

    A epicondilite é muito conhecida como “cotovelo de tenista”, mesmo não se restringindo à atividade de jogar tênis. Ela surge a partir de movimentos repetitivos no punhos e braços, inflamando os tendões do cotovelo e causando inchaço e dor.

    O apelido surgir por ser muito comum em atletas do tênis, cuja atividade excessiva de treinamento provoca esse tipo de lesão. Outros atletas como os do arremesso de peso, Squash, basquete, esgrima e golfe, ou quem trabalha com digitação e movimentação de máquinas também são públicos de risco para o surgimento da epicondilite.

    Sintomas e causas da epicondilite

    A epicondilite é uma inflamação nos músculos e tendões do cotovelo, causadas pelo movimento repetitivo da região. Os tendões vão apresentando pequenas fissuras até que provocam dores e inchaços no local.

    A doença não afeta só atletas, mas trabalhadores que praticam movimentos repetitivos diariamente, como digitadores e operários de fábricas, sendo uma das doenças de LER (lesão por esforço repetitivo).

    Os primeiros sintomas são caracterizados pela dor leve, que surge após as atividades. Em seguida ela começa a ficar mais intensa caso a atividade se mantenha. A dor é localizada na área externa do cotovelo até o antebraço, ficando mais dolorosa até mesmo ao encostar no braço.

    Outros sintomas também podem surgir como a fraqueza e rigidez muscular, queimação na região, sensibilidade na área, dificuldade em movimentar todo o braço e até mesmo de pegar objetos, diminuição gradual de força e outros.

    Tratamento e prevenção

    Quando a dor começa a aparecer, o mais indicado é um repouso imediato até que a inflamação cesse. Porém, na maioria das vezes o paciente não para e mantém a atividade, piorando a situação.

    O mais indicado é procurar um ortopedista para que ele possa identificar o problema e oferecer o tratamento ideal. Será requisitado um raio-X, que reduzirá as chances de ser outro problema como a artrite. É mais raro que sejam requisitados outros exames radiológicos, a não ser em estados mais graves nos quais é requisitada uma ressonância magnética nuclear.

    O tratamento pode incluir injeções de cortisona, ou outro analgésico, que possam diminuir a dor e conter a inflamação. Há ainda a fisioterapia, que neutralizará o problema através do alongamento progressivo e o fortalecimento muscular de toda a região do ombro ao punho.

    O fisioterapeuta faz uma avaliação do paciente e identifica o grau da lesão, as suas limitações físicas para o exercício correto. O RPG e a acupuntura também são tratamentos alternativos que se mostram muito eficazes. A cirurgia é realizada em casos graves para correção do tendão.

    A prevenção é baseada numa mudança das atividades físicas rotineiras, buscando pausas para o restabelecimento físico da área. Exercícios de alongamento são muito úteis se feitos diariamente.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís.

  • Você sabe o que é esporão de calcâneo?

    Você sabe o que é esporão de calcâneo?

    O esporão de calcâneo tem como principal característica o crescimento anormal de uma parte do osso do calcanhar, com muita dor e incômodo ao pisar e caminhar. A obesidade, a má postura e o uso de calçados inadequados são suas principais causas.

    O pé é a base do corpo humano, que suporta todo o peso e realiza os movimentos básicos como andar. Com a gordura localizada no calcanhar, a carga é amortizada para diminuir o desgaste dos ossos, músculos e tendão. E é essa sobrecarga uma das principais causas do esporão de calcâneo.

    Sintomas e causas do esporão de calcâneo

    O esporão de calcâneo é uma espícula óssea que cresce no osso do calcanhar, chamado de calcâneo. A tração exagerada da fáscia no calcâneo deposita resíduos de cálcio na região, formando a espícula, que é o esporão.

    Muitas pessoas possuem o esporão, mas nem sempre sentem os sintomas e nem mesmo a dor. Algumas dores podem ser oriundas de outras doenças, que podem ser vasculares, reumáticas ou inflamatórias.

    Há algumas causas para o surgimento do esporão de calcâneo, sendo a principal delas a ocasião em que o tendão fica sobrecarregado, com uma carga e peso maiores do que o normal. A obesidade aumenta muito o risco de inflamação no tendão.

    Quando há um aumento da intensidade de treinamentos esportivos e físicos com valorização de alto impacto, há uma forte tendência de que o problema surja. O uso de calçados inadequados também é um fator de risco, seja para prática de atividade física ou mesmo para o uso diário, como saltos muito altos ou muito apertados.

    Há um perfil de pés, como os muito planos, que propicia o surgimento do esporão calcâneo. Eles não conseguem amortecer o impacto adequadamente, provocando atrito na região. A idade também é fator de risco, pelo desgaste natural da região do calcanhar.

    A dor é localizada na sola do pé e no calcanhar. Pode surgir no começo da manhã, quando o pé sai da inércia e recebe o peso corporal, ou no fim de uma atividade física. O alongamento da panturrilha também pode ser bastante dolorido.

    Tratamento e prevenção

    Diminuir o peso corporal e a sobrecarga de exercícios físicos são fatores importantes para a prevenção. Quem tem tendência ao problema, pode realizar sessões de fisioterapia preventiva, que ajudará muito na redução dos sintomas e no controle do desenvolvimento da doença. O uso de palmilhas, para quem tem pés “chatos,” ajuda a amortecer corretamente o peso e a evitar o problema.

    Quando o calcanhar está inflamado, a aplicação de gelo no local é a primeira medida para melhorar a dor, mas em geral não é a solução definitiva. A realização de fisioterapia é muito eficiente, assim como alongamentos, uso dec remédios anti-inflamatórios, massagens e acupuntura.

    A cirurgia é indicada para casos mais graves, para remover o esporão, aliviando totalmente a dor. Porém, pode trazer formigamentos no calcanhar. Após ser realizada, é preciso repouso adequado, onde os pés devem ser mantidos mais elevados para não inchar e, assim, promover uma cicatrização mais rápida.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís.

  • O que é ortopedia?

    O que é ortopedia?

    A ortopedia é o ramo da medicina que cuida do sistema locomotor e da coluna vertebral. Trata-se de uma das 53 especialidades médicas regulamentadas no Brasil. Cabe a este profissional, o ortopedista, definir os meios de prevenção, o diagnóstico e o tratamento mais adequado aos ossos, aos ligamentos do corpo e aos músculos, quanto às disfunções e lesões sofridas em atividades físicas ou rotineiras.

    Vale destacar que este profissional é habilitado a atender pessoas de várias idades, desde crianças à idosos. Antes de se especializar nesta área, ele certamente irá se formar como um Clínico Geral – que é a especialidade de quase todos os médicos recém-formados, passando pelos 6 anos de graduação e mais dois de residência.

    Ortopedia no Brasil

    O Brasil conta atualmente com pouco mais de 13 mil profissionais da área médica da Ortopedia. Eles podem atuar em uma gama variada de localizações que abrange clínicas particulares, consultório próprio, sistemas públicos de saúde e associações esportivas ou clubes.

    É interessante destacar que os ortopedistas respondem por 4% do corpo médico de especialidades existentes e atuantes no Brasil. Muitos deles, inclusive, acumulam mais de uma especialização. Muitos atuam ainda como especialistas em Medicina do trabalho, cirurgia de mão e cirurgia geral, que são as áreas mais comuns no Brasil

    Atribuições do profissional

    São atividades pertencentes ao dia a dia do ortopedista:

    • Atender ao paciente coletando dados sobre sua saúde e atividades;
    • Solicitar exames para diagnosticar disfunções e lesões musculares;
    • Definir os tratamentos mais adequados;
    • Prescrever medicações e exercícios para melhorar a qualidade de vida do paciente;
    • Indicar equipes de fisioterapia que possam ajudar o paciente em seu processo de recuperação;
    • Realizar cirurgias e acompanhar procedimentos ortopédicos.

    Quanto aos padrões de salário, este profissional pode desempenhar a função em vários lugares, o que lhe garante uma renda mais confortável em diversos plantões em instituições ou por conta própria. Embora o piso salarial indique um valor de remuneração proveniente de uma única fonte, este valor poderá ser ampliado em outras atividades.

    Segundo sites de busca de empregos, a Ortopedia é considerada a terceira área médica que melhor paga os médicos no Brasil. Para seguir carreira, é necessário ter concluído a faculdade em curso de medicina. Ao se formar, é preciso ainda levar o diploma ao Conselho Regional de Medicina Estadual para obter o registro profissional.

    Depois da graduação em Medicina, é possível ainda cursar uma especialização em Ortopedia, mas antes, o aluno deverá passar por uma residência supervisionada em Ortopedia e Traumatologia.  

    Ortopedia e Traumatologia: qual a diferença?

    Esta é de fato uma das dúvidas mais frequentes quando o assunto é Ortopedia! Na verdade, Ortopedia e Traumatologia são duas especialidades médicas diferentes, mas a formação em ambas se dá de forma simultânea nos cursos de Medicina do Brasil.  Portanto, se um profissional se especializa como ortopedista, também será um traumatologista com a conclusão de seus estudos. No entanto, isso não impede que o profissional opte por se dedicar mais a uma das áreas durante a sua trajetória profissional!

    Sobre a diferença entre as duas frentes, pode-se dizer que a ortopedia é um setor focado na correção de deformidades, restabelecimento de funções e alívio da dor derivada de problemas nos tecidos músculo-esqueléticos. A traumatologia, por sua vez, é o segmento responsável por estudar as lesões causadas por agentes externos, ocorridas em qualquer órgão ou tecido do corpo humano – o traumatologista entra em cena no caso específico das lesões que atingiram os tecidos músculo-esqueléticos.

    E então, o que achou das informações? Gostou de saber mais sobre minha área de atuação? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Joelho valgo – Sintomas, causas e tratamento

    Joelho valgo – Sintomas, causas e tratamento

    Você já prestou atenção no alinhamento de suas pernas? Como estão posicionados os joelhos, tornozelos e pés? É importante fazer esta observação porque o desalinhamento dos membros inferiores pode causar vários problemas às estruturas ósseas e às articulações.

    O desalinhamento da estrutura óssea das pernas é a causa do joelho valgo. É mais comum em mulheres porque, em geral, possuem menos massa muscular e tem o quadril mais largo do que os homens. Mas os homens também podem ter joelhos valgos. Devido ao desalinhamento, os joelhos voltam-se para dentro e os pés para fora. Como resultado, os formato das pernas juntas é semelhante a uma tesoura aberta.

    Ter joelhos tortos na infância é comum, pois o corpo ainda está desenvolvimento. À medida que a criança cresce, as pernas poderão ficar com o alinhamento correto. No entanto, convém consultar o médico ortopedista para acompanhar a evolução porque joelhos valgos podem acarretar outras complicações à saúde. Este problema sobrecarrega os joelhos e pode originar outros problemas de saúde como artrose, tendinite e a Síndrome da Dor Femoropatelar.

    Características da doença

    O desalinhamento dos membros inferiores também pode resultar em joelho varo. As pernas ficam arqueadas com os joelhos para fora. Isto é comum em recém-nascidos, no entanto, à medida que o bebê cresce, as pernas vão se alinhando. Quando isso não acontece e as pernas continuam arqueadas, ocorre o que chamamos de joelho varo. Ao contrário do joelho valgo, o joelho varo projeta-se para fora e, com isso, os pés voltam-se para dentro. Em consequência podem surgir tendinite, artrose e a Síndrome do Atrito da Banda Iliotibial.

    Para verificar o alinhamento dos membros inferiores existe um procedimento bem simples. A pessoa deve ficar posicionada, em pé, em frente ao espelho com as pernas fechadas. Então, é só observar se os joelhos e os pés estão voltados para dentro e/ou para fora. Ou seja, saber se é um caso de joelho valgo ou joelho varo.

    Como tratar o joelho valgo

    O primeiro passo, claro, é consultar o médico especializado para diagnosticar o problema e conduzir o tratamento, que implica em fortalecimento dos músculos e a correção da postura. Fisioterapia e utilização de palmilhas ortopédicas são alguns procedimentos necessários reduzir a sobrecarga nos joelhos e as dores. Além disso, se o paciente estiver acima do peso é necessário fazer dieta para reduzir a carga sobre os joelhos.

    Pessoas que praticam esportes, principalmente as modalidades de alto impacto, também precisam reduzir as atividades físicas para não prejudicar mais as estruturas ósseas e articulações dos membros inferiores.

    O tratamento cirúrgico é recomendado para casos mais graves, em que há um comprometimento maior da coordenação motora. Nenhum tratamento caseiro deve substituir a consulta e o tratamento médico. Portanto, procure a ajuda médica para tratar os joelhos valgos ou qualquer outro problema ósseo, antes que a situação fique mais complicada.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís.