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  • Artrose no quadril: o que é e como tratar?

    Artrose no quadril: o que é e como tratar?

    A artrose no quadril, conhecida também como osteoartrose, é uma doença que consiste na degeneração das cartilagens do quadril. Essa parte da região está sempre em movimento e é responsável por sustentar grande parte do peso corporal. Isso acaba aumentando a possibilidade de eventuais desgastes articulares.

    Tal condição é mais comum a partir dos 45 anos, entretanto, também pode acometer pessoas mais jovens, sobretudo, indivíduos que utilizam bastante a articulação do quadril.

    O que pode parecer algo muito simples e corriqueiro, na verdade, merece atenção especial. Em determinadas pessoas, a artrose no quadril pode dar origem a sintomas tão intensos, que a doença se torna incapacitante, já que dificulta a execução das tarefas básicas do cotidiano.

    Quer conhecer a artrose no quadril mais a fundo e descobrir como tratar esse quadro da maneira correta? Leia o texto a seguir e fique por dentro.

    O que é artrose no quadril?

    Como dissemos acima, a artrose no quadril é um desgaste na articulação dessa região. Ela pode resultar em sintomas agudos, como dor, especialmente ao caminhar ou ficar sentado durante muito tempo. Outras manifestações frequentemente associadas à artrose no quadril são: dificuldade para realizar movimentos comuns, como levantar e abaixar; sensação de formigamento ou dormência nas pernas; queimação nos membros inferiores.

    A enfermidade articular geralmente ocorre em pessoas predispostas geneticamente. Além disso, pode ter relação com:

    • envelhecimento natural;
    • diabetes;
    • artrite reumatóide;
    • espondilite anquilosante;
    • artrite séptica;
    • displasia no quadril;
    • traumatismos locais em decorrência de práticas esportivas, como levantamento de peso e corrida.

    Como tratar essa condição?

    O ortopedista deve conduzir o diagnóstico e o tratamento da doença. Primeiramente, é importante reconhecer e analisar os sintomas, levando em consideração dados complementares, como estilo de vida e idade do paciente.

    Confirmada a artrose de quadril, é preciso tratar especificamente o problema, no intuito de amenizar os sintomas, promover o bem-estar e melhorar a qualidade de vida do paciente.

    Geralmente, o tratamento inclui sessões de fisioterapia e uso de medicamentos. Apenas nos casos mais graves, quando não há melhora após o tratamento clínico, a cirurgia passa a ser uma alternativa.

    O procedimento cirúrgico, neste caso, é feita por meio de raspagem da área inflamada ou, até mesmo, através da troca da cartilagem local pela prótese de quadril. O especialista é capaz de avaliar cada caso individualmente e propor o melhor protocolo terapêutico, de acordo com as especificidades do paciente.

    Cumpre ressaltar que alterações nos hábitos de vida podem contribuir efetivamente para a melhora da artrose no quadril. Pode ser necessário reduzir a intensidade e frequência de alguns exercícios físicos, evitar sobrecargas, usar bengala para obter apoio ao caminhar, praticar exercícios de baixo impacto, como hidroginástica e pilates, fazer alongamentos e atividades funcionais.

    Quer saber mais sobre artrose no quadril? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Entenda a importância das cartilagens para o seu corpo

    Entenda a importância das cartilagens para o seu corpo

    Você já parou para pensar na importância das cartilagens para o corpo? A cartilagem, chamada também de tecido cartilaginoso, é uma estrutura  conectiva, elástica e flexível, que integra diversas partes do corpo. Cartilagens são formadas por uma matriz gelatinosa que contém, especialmente, carboidratos e proteínas na composição. Essenciais para o sistema músculo-esquelético, elas cumprem papéis essenciais no trabalho articular.

    A cartilagem, apesar de flexível, é um tecido resistente, responsável por cobrir as extremidades ósseas no interior das articulações, contribuindo para a mobilidade livre dos ossos. Sim! Cartilagens são indispensáveis para os movimentos! Além disso, elas têm participação indispensável no amortecimento articular e proteção dos ossos.

    Quer entender por que o tecido cartilaginoso é tão relevante? Leia o artigo, conheça as principais funções das cartilagens e descubra os motivos para elas serem tão importantes.

    Quais são os tipos de cartilagens?

    Antes de aprofundarmos nossa conversa sobre a importância das cartilagens, é preciso falar brevemente sobre os tipos de tecido cartilaginoso existentes no corpo humano. A classificação se dá de acordo com a quantidade de fibras e a textura da cartilagem.

    Há basicamente três tipos delas: hialina, fibrosa e elástica. A hialina tem quantidade moderada de fibras de colágeno. Muito resistente e abundante no corpo humano, ela é encontrada nas fossas nasais, traquéia, brônquios, dentre outros locais. A cartilagem fibrosa, por sua vez, tem muitas fibras colágenas e, por isso, suporta altas pressões. Esse tipo de tecido é encontrado principalmente nos discos vertebrais. Já a cartilagem elástica tem pequena quantidade de colágeno, porém, grande quantidade de fibras elásticas, o que garante ampla mobilidade. Ela está presente na epiglote, tuba auditiva, laringe, entre outras partes do corpo.

    Quais são as principais funções das cartilagens?

    Por serem flexíveis, as cartilagens possuem alta capacidade de adaptação nas conexões ósseas. Essa característica possibilita a redução dos impactos externos e a diminuição dos atritos entre os ossos. As cartilagens também dão forma e sustentação às regiões do corpo, como o nariz e as orelhas.

    Em outras palavras, o tecido cartilaginoso realiza atividades muito importantes nas articulações, pois proporcionam ao sistema articular maior equilíbrio, proteção, elasticidade e suporte. Entre outros papéis, as cartilagens revestem as extremidades dos ossos e impedem o contato brusco entre eles, durante a movimentação. Sendo assim, toda e qualquer cartilagem é fundamental para prevenir o desgaste ósseo e garantir a saúde articular de modo geral.

    Por que você deve cuidar das cartilagens?

    Para manter a saúde articular, previna os desgastes do tecido cartilaginoso. Quando essas estruturas se desgastam, os ossos perdem parte de sua proteção. Sendo assim, os atritos acontecem com mais facilidade e a estrutura óssea começa a deteriorar. Isso provoca sintomas desagradáveis, como dores articulares, inchaço, deformidades e rigidez nas articulações. O paciente também pode ter dificuldades para se movimentar.

    O que fazer para evitar o desgaste das cartilagens?

    Para manter as cartilagens funcionando perfeitamente, é necessário adotar cuidados no dia a dia, como evitar sobrecargas e impactos excessivos durante os exercícios, controlar o peso corporal, fazer o consumo adequado de proteínas e de alimentos ricos em vitamina A e C, além de adotar o ômega 3 ao cardápio.

    Quer saber mais sobre cartilagens? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Como evitar a dor no joelho após corridas?

    Como evitar a dor no joelho após corridas?

    As dores no joelho são frequentes em esportistas, afinal, esse grupo está mais exposto a lesões. Especialmente entre corredores, não é rara a ocorrência de queixas nesse sentido.

    Apesar de problemas no joelho serem mais comuns entre atletas de corrida, nem toda dor nessa região é culpa do esporte. Não é preciso parar de correr para evitá-las.

    De fato, durante o treino ocorre a sobrecarga em alguma das estruturas do joelho, principalmente quando o corredor vai além, sem que tenha havido preparo físico prévio. Entretanto, a condição tende a ser passageira. Com o repouso adequado, a dor no joelho geralmente desaparece em pouco tempo.

    E tenho uma boa notícia aos corredores de plantão: dá para prevenir lesões e, consequentemente, evitar as incômodas dores no joelho. Leia mais e descubra como.

    Conheça os tipos de lesões que causam dor no joelho

    Para evitar a dor no joelho é importante conhecer e evitar os diferentes tipos de lesões nessa articulação. Em geral, são quatro as principais lesões no joelho: condromalácia, tendinite patelar, síndrome iliotibial e tendinite da “pata de ganso”.

    A condromalácia é uma alteração patológica da cartilagem que reveste a patela internamente, região muito vulnerável às sobrecargas e traumas. Pode acontecer em decorrência da fricção excessiva e repetitiva, treinos intensos, insistência em atividades dolorosas e pela pronação acentuada dos pés.

    A tendinite patelar, por sua vez, é uma inflamação no tendão, localizado abaixo da patela, que liga o osso da tíbia. Mais frequente entre homens, esse problema costuma ser resultado da falta de alongamento, movimentos repetitivos, excesso de treinamento, musculatura fraca dos membros inferiores e da postura inadequada.

    A síndrome iliotibial é comum entre praticantes de corrida. Caracterizada pela dor na lateral do joelho, trata-se da inflamação do tecido que abrange o quadril, o fêmur, o joelho e das proximidades. Pode estar associada ao encurtamento muscular, desalinhamento dos joelhos e tornozelos, abdutores do quadril enfraquecidos, aumento de treinos de forma não planejada.

    Já a tendinite da “pata de ganso” atinge o conjunto dos três tendões que compõem a tíbia proximal (grácil, sartório e semitendinoso). Quando a região é hiper solicitada, pode haver uma inflamação local. Esse quadro é muito comum quando ocorre excesso de treinos.

    Evite o excesso de treinos

    Você deve ter reparado que, em boa parte das lesões de joelho, o excesso de treino está entre as causas do problema. Sendo assim, respeite seus limites e só aumente o volume e intensidade dos treinamentos quando houver o devido planejamento e preparo.

    Pratique alongamento e aquecimento

    Realizar exercícios de alongamento é extremamente importante para os praticantes de corrida, uma vez que esse tipo de atividade aumenta o comprimento das estruturas compostas por tecidos moles, além de melhorar a flexibilidade e a amplitude dos movimentos. O aquecimento, por sua vez, previne lesões e dores locais.

    Não fique sentado por muito tempo

    Se você pratica corrida, mas passa muito tempo sentado durante o dia, saiba que isso favorece o acúmulo de retrações, o que gera desalinhamento do joelho, aumenta a rigidez da região e provoca dores ao correr.

    Estudos comprovam que ficar sentado por muitas horas comprime a cartilagem da patela sobre o fêmur. Isso gera encurtamento dos músculos dos membros inferiores. Portanto, procure se levantar e mudar de posição ao longo do expediente, para evitar dores no joelho.

    Aposte no fortalecimento muscular

    Para defender seu joelho das dores, invista no fortalecimento da musculatura, principalmente dos membros inferiores. Para otimizar a performance e prevenir dores, recorra a medidas, como correção da postura e execução correta dos movimentos nos treinos. Evite rotações bruscas, respeite as orientações do seu preparador físico e use o calçado adequado para os treinos.

    Tenha em mente que é impossível eliminar os movimentos repetitivos (flexão e extensão da perna) na corrida. Sendo assim, o impacto vai existir. Uma das soluções ideais para prevenir os danos é fortalecer a articulação, para suportar a carga de treinos.

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  • Dor cervical: por que acontece e como tratar?

    Dor cervical: por que acontece e como tratar?

    A dor cervical, também chamada de cervicalgia, é um quadro doloroso comum quando se trata da coluna vertebral. De acordo com estudos recentes, este é o segundo tipo de dor mais frequente entre os adultos, estando atrás somente da cefaleia (dor de cabeça).

    É importante ressaltar que a cervicalgia atinge cerca de 50% das pessoas em alguma fase da vida, sendo predominante no sexo feminino. O segmento cervical da coluna corresponde à região do pescoço e dos ombros. Quem nunca sentiu dor nessa parte do corpo, certamente conhece alguém que sentiu.

    A cervicalgia costuma vir acompanhada de outros sintomas, além da dor. São eles:

    • rigidez do pescoço;
    • alteração da mobilidade local;
    • sensação de peso ou ardência nos ombros e parte alta das costas;
    • espasmos musculares;
    • desconforto na nuca e cabeça;
    • fraqueza nos membros superiores.

    Quer conhecer um pouco mais sobre a dor cervical? Leia o artigo completo e descubra por que a cervicalgia acontece, e como ela pode ser tratada. Vem comigo!

    Por que a dor cervical acontece?

    A dor cervical pode ter relação com múltiplas causas. As principais razões para esse tipo de dor são os esforços prolongados, permanência na mesma posição por muito tempo, estresse, postura inadequada, uso de colares pesados e doenças subjacentes.

    As causas da cervicalgia podem ser primárias ou secundárias. Entre as causas primárias, é possível citar problemas mecânicos degenerativos, como disfunções na coluna, distensões musculares, torcicolos e síndromes miofasciais.

    Já as causas secundárias incluem doenças inflamatórias, ou infecciosas, problemas cardiovasculares, tumores, distúrbios metabólicos ou sistêmicos, lesões resultantes de acidentes, alterações psicogênicas ou psicossomáticas. Até mesmo a depressão pode desencadear a dor cervical.

    Vale ressaltar que a dor e o desconforto na região cervical podem apresentar intensidade e duração variadas. A cervicalgia aguda costuma durar até três meses, enquanto a cervicalgia crônica se estende por mais tempo. O último caso normalmente é reincidente. Em ambas as situações, tal condição é passível de tratamento.

    Como tratar a cervicalgia?

    O primeiro passo para tratar a cervicalgia adequadamente é receber o diagnóstico correto, com base na avaliação dos sintomas, histórico clínico do paciente, estilo de vida e outros aspectos que possam influenciar na saúde da coluna cervical. O diagnóstico geralmente envolve exame físico, além de exames de imagem, como radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, eletroneuromiografia.

    O ortopedista também pode solicitar exames laboratoriais, como hemograma, eletroforese de proteínas, dentre outros para a confirmação do quadro.

    Após o diagnóstico de cervicalgia, bem como de suas possíveis causas, o tratamento ortopédico deve ser iniciado. Uma das principais finalidades é controlar os sintomas e aliviar a dor, por meio de medidas, como uso de analgésicos, relaxantes, anti-inflamatórios, prática de alongamento ou fisioterapia.

    Tratamentos complementares, como massagem, injeções de toxina botulínica, estimulação elétrica transcutânea e acupuntura são apenas coadjuvantes. As medidas conservadoras, como fisioterapia combinada ao uso de medicamentos, apresentam maior efetividade.

    Cumpre salientar que a automedicação é contraindicada em todos os casos. Apenas o especialista pode prescrever o tipo, dosagem e duração do tratamento farmacológico. Isso aumenta significativamente a segurança no processo e as chances de eficácia do tratamento. Fica a dica!

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  • 3 sequelas neurológicas causadas pela hérnia de disco

    3 sequelas neurológicas causadas pela hérnia de disco

    Muito comum na região lombar e cervical, a hérnia de disco é uma condição que acontece quando um disco vertebral sai de sua posição original e passa a comprimir as raízes nervosas ramificadas, a partir da medula espinhal. A hérnia tende a pressionar os nervos da coluna e, consequentemente, provoca dor, fraqueza e até mesmo dormência nos membros.

    Apesar disso, há quem tenha hérnia discal e não apresente nenhum sintoma específico.

    Atualmente, cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem com dores associadas à hérnia de disco. Todos os anos, mais de 300 mil cirurgias são realizadas no país, a fim de solucionar o problema.

    Vale ressaltar que os discos intervertebrais são importantes estruturas articulares, localizados entre as vértebras. Eles integram a coluna espinhal e são constituídos por tecido elástico e cartilaginoso que, entre outras funções, permite o movimento vertebral e evita o atrito entre as vértebras.

    Quando essas estruturas se desgastam por esforço excessivo, sobrepeso, sedentarismo, fatores genéticos, postura inadequada ou pelo envelhecimento natural, a hérnia ocorre e pode gerar sérias consequências neurológicas. Veja, a seguir, quais são as sequelas causadas pelas hérnias que podem afetar o sistema neurológico!

    Sequelas neurológicas causadas pela hérnia de disco

    1# Fraqueza muscular

    Quando não tratada adequadamente, a hérnia de disco pode resultar em déficit na força muscular. Este quadro vem acompanhado de sensação de incoordenação, mesmo que a coordenação motora não seja diretamente afetada. O diagnóstico correto, seguido pelo tratamento adequado, é capaz de minimizar o risco de complicações.

    2# Perda temporária de movimento

    Eventualmente, a hérnia de disco pode desencadear a perda de movimentos, ou redução da sensibilidade nas pernas e nos pés de forma temporária. A diminuição progressiva da força na coluna cervical pode incapacitar, causar dores agudas e paralisar parcialmente o indivíduo. A situação costuma se agravar depois de um longo período em pé ou sentado, mas costuma ser revertida após o tratamento.

    3# Lesão medular permanente

    Essa condição é mais grave, porém, rara. Quando a hérnia comprime a medula espinhal e ocasiona um quadro de mielopatia, pode ocorrer um comprometimento medular agudo e complexo, com consequências preocupantes. Pode haver o déficit motor e de sensibilidade, afetando a habilidade de caminhar e a realização de movimentos finos com as mãos.

    A compressão da medula espinhal causa a tetraplegia, no pior dos casos. Ou seja, a perda dos movimentos do tronco, membros superiores e inferiores são perdidos. Para diminuir os riscos desse tipo de sequela, é indispensável diagnosticar e tratar a hérnia da forma correta e com máxima agilidade.

    Além de exame físico, a ressonância magnética é a alternativa mais assertiva para confirmar a presença da hérnia, além de localizar a possível lesão e descartar outras causas, como tumores e infecções.

    Quer saber mais sobre a hérnia de disco? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Bursite no cotovelo: diagnóstico e tratamentos

    Bursite no cotovelo: diagnóstico e tratamentos

    A bursite é uma inflamação da bursa ou bolsa sinovial, estrutura localizada entre um tendão e o osso, ou entre a pele e um tendão. Essa bolsa é cheia de líquido que tem a função de amortecer e diminuir o atrito entre tendões, músculos e ossos, além de auxiliar na nutrição e deslizamento dos tecidos articulares.

    De caráter crônico ou agudo, a enfermidade pode ocorrer no quadril, ombros, joelhos, calcanhares, cotovelos, além de outras articulações. Geralmente, a ocorrência se dá em articulações que fazem movimentos repetitivos. Outros fatores de risco são os traumas ortopédicos, infecções e processos reumatológicos.

    Hoje, vamos compartilhar mais detalhes sobre a bursite no cotovelo. Vem comigo conferir as informações sobre o diagnóstico e o tratamento dessa condição inflamatória.

    Como diagnosticar a bursite no cotovelo?

    O diagnóstico da bursite no cotovelo se baseia na análise dos sintomas. As manifestações físicas mais comuns são as dores na articulação do cotovelo, sensibilidade ao pressionar a região, rigidez ao movimento, inchaço, vermelhidão e sensação de calor no local.

    Além de considerar os sintomas, o médico realizará o exame físico completo, com palpação da área, em busca de identificar as possíveis articulações lesionadas e inflamadas.

    Para confirmar o quadro de bursite no cotovelo, podem ser solicitados alguns exames de imagem. Geralmente, a ultrassonografia e a ressonância magnética são ferramentas utilizadas no diagnóstico.

    O raio-X não diagnostica a bursite, porém, é capaz de descartar outras causas associadas aos sintomas. Testes laboratoriais de sangue podem ser úteis para identificar se a bursite no cotovelo tem relação com infecções ou doenças subjacentes.

    Como tratar a bursite?

    A bursite no cotovelo deve ser tratada com descanso e imobilização da área afetada, aplicação de gelo na região e uso de analgésicos para o controle e diminuição da dor. Lembrando que a automedicação é completamente contraindicada. Somente o especialista pode receitar o tipo e dosagem segura para cada caso.

    Para otimizar os resultados do tratamento, recomenda-se evitar a pressão sobre o cotovelo. Isto é, não inclinar-se ou colocar o próprio peso corporal sobre eles, seja para se levantar da posição deitada, ou para fazer qualquer outro movimento brusco que envolva essa articulação.

    Caso essas alternativas não sejam suficientes para melhorar o quadro de bursite, pode ser necessário recorrer à fisioterapia, injeções de corticosteróides prescrita pelo médico, uso de anti-inflamatórios, punção, além de fortalecimento e alongamento muscular, de acordo com as orientações profissionais.

    Em casos mais graves de bursite no cotovelo, e em qualquer outra articulação, a cirurgia pode ser indicada. Quando um caso de bursite não apresenta boa evolução com o tratamento conservador, o procedimento cirúrgico é um recurso.

    Quer saber mais sobre a bursite no cotovelo? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • 6 mitos e verdades sobre as infiltrações articulares

    6 mitos e verdades sobre as infiltrações articulares

    Você já ouviu falar sobre infiltrações articulares? Uma coisa é certa: quando ortopedistas propõem esse tipo de procedimento aos pacientes, muitos recebem a proposta com estranheza. Há, por um lado, o desconhecimento técnico sobre o assunto e, por outro, o medo em decorrência dos mitos e informações equivocadas acerca do tema.

    Este artigo tem como finalidade esclarecer as principais questões relacionadas às infiltrações, e jogar por terra as crenças equivocadas que foram reforçadas ao longo do tempo. Isso ocorre especialmente por conta do uso indevido da técnica em outros momentos da história, principalmente nos esportes.

    Confira alguns mitos e verdades e repense sobre este procedimento!

    1# As infiltrações articulares apresentam alta eficácia

    Verdade. A eficácia das infiltrações articulares é real. Esse tipo de procedimento pode contribuir efetivamente para o tratamento de lesões resultantes de traumas, inflamações, infecções, esforço excessivo, movimentação repetitiva, além de outros problemas que podem atingir os joelhos, quadris, dentre outras articulações.

    2# Podem ser feitas em qualquer parte do sistema músculo-esquelético

    Verdade. O procedimento consiste na injeção de medicação dentro de qualquer parte do sistema músculo-esquelético, incluindo tendões, músculos e ligamentos que compõem a articulação. Infiltrações são feitas dentro de tecidos doloridos ou inflamados, nas mais variadas regiões do corpo (ombros, quadril, joelhos, entre outros).

    3# As infiltrações podem ser realizadas sem restrição

    Mito. A segurança e eficácia de toda e qualquer infiltração articular depende de um diagnóstico preciso. Este procedimento terapêutico deve ser conduzido pelo médico ortopedista, após a confirmação de o tratamento é indicado para o caso específico.

    Vale ressaltar que o médico precisa ser informado, caso o paciente apresente febre, alergia a alguma substância, diabetes, gravidez, úlceras estomacais, tendões rompidos, pele lesionada e faça uso de anticoagulantes. Nesses casos, o tratamento poderá ser adiado, ou demandará cuidados específicos antes, durante e depois da infiltração.

    4# Infiltrações podem ser realizadas no osso

    Mito. As infiltrações articulares nunca são realizadas nos ossos. Elas podem ser aplicadas no espaço que há entre eles. Isso mesmo! É possível infiltrar a medicação entre dois ossos. Para corrigir a dor no joelho, por exemplo, é possível realizar uma infiltração entre a tíbia e o fêmur.

    5# Infiltrações podem ajudar a corrigir problemas variados

    Verdade. As infiltrações são muito utilizadas como opções terapêuticas para o tratamento de reumatismo, osteoartrite reumatóide, artrite gotosa, artrose degenerativa, lesões decorrentes de práticas esportivas, tendinite, epicondilite, contusões, dor ciática, hérnia de disco, além de outros casos.

    6# Os únicos produtos infiltrados são anestésicos

    Mito. As infiltrações de anestésicos são realmente comuns para corrigir dores crônicas ou muito severas. Porém, não são as únicas alternativas. Atualmente, há infiltrações de anti-inflamatórios hormonais e não hormonais, além dos derivados de ácido hialurônico.

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  • 5 hábitos que podem prevenir a dor no joelho

    5 hábitos que podem prevenir a dor no joelho

    O joelho é uma das principais articulações do corpo humano. Ele trabalha a todo instante, da momento em que nos levantamos da cama, até as horas de maior intensidade, na academia ou na pista de corrida. Considerando sua importância, e que a dor no joelho pode representar um sério problema para a locomoção, todo cuidado é pouco. Vejamos estes cinco hábitos preventivos para manter esta articulação saudável e forte.  

    Como prevenir a dor no joelho?

    1# Use o calçado certo

    É importante que a escolha do calçado considere questões para além da estética e preferências de marca. A escolha correta do calçado deve respeitar o tamanho adequado, conforto, além da capacidade de suportar os impactos da caminhada. Isso ajudará a aliviar a sobrecarga na articulação do joelho e manter o alinhamento das pernas, reduzindo as chances de lesão.

    Mulheres, este adendo vai para vocês: não tem problema usar salto alto, o “x” da questão é a periodicidade com que se tira esse calçado do armário. Se usar todo dia, e durante todo o expediente, podem haver grandes complicações. Não existe joelho que suporte uma rotina assim.

    2# Controle o peso ideal

    Manter o peso de acordo com o IMC preconizado como normal é extremamente importante para a saúde dos joelhos. O motivo é um pouco lógico: quanto mais peso, mais danos aos membros inferiores. O joelho carrega cerca de duas a quatro vezes o nosso peso, a cada passo dado. Em caso de corrida, o impacto aumenta consideravelmente.

    Outra razão para ficar em dia com a balança (não tem nada a ver com estética), é que o excesso de peso libera substâncias químicas que atacam as articulações, bagunçando toda sua estrutura e funcionamento.

    3# Faça alongamentos

    A prática de alongamentos não poderia faltar nesta lista de hábitos preventivos. São os exercícios que auxiliam diretamente para o alívio da pressão sobre cada um dos joelhos e a rótula, que é o osso que protege esta articulação.

    Como bônus, os alongamentos – que podem ser, por exemplo, a elevação da perna reta – contribuem para o fortalecimento muscular da região, o que proporciona mais estabilidade na articulação.

    4# Fique atento à postura

    Pode parecer que não, mas manter a postura correta ao andar e ao se sentar evita as dores no joelho. Isso fortalece os músculos do abdômen e facilita o trabalho das articulações inferiores.

    5# Faça atividades físicas regulares

    É preciso reiterar a necessidade de fazer atividade física regularmente. O corpo humano enferruja (literalmente) quando fica muito tempo parado. Mexer o esqueleto pelo menos três vezes por semana, sob orientação profissional, fortalecerá a estrutura óssea e muscular.

    Mas, calma! Se você está há muito tempo parado, comece com calma. Comece pela caminhada, chegando à corrida, avançando para exercícios de força, treinando a resistência, fortalecendo a capacidade cardiorrespiratória e, por aí vai. Esta recomendação deve ser acompanhada pelo seu médico e por um preparador físico, sempre respeitando os limites do seu corpo.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

     

  • Tendinite no joelho: sintomas, causas e tratamentos

    Tendinite no joelho: sintomas, causas e tratamentos

    A tendinite é um problema comum e conhecido de boa parte da população. Trata-se de uma inflamação que afeta o tendão, estrutura fibrosa que tem função de unir o músculo ao osso.

    Essa condição inflamatória é caracterizada por inchaço e dor, podendo atingir qualquer parte do corpo. É mais comum no cotovelo, ombro, punho, tornozelo e joelho.

    A seguir, conheça são as principais causas, sintomas e tratamentos da tendinite no joelho.

    Causas da tendinite no joelho

    Como os tendões não são tão elásticos quanto os músculos nem tão resistentes quanto os ossos, são as estruturas mais sofrem os efeitos de sobrecarga.

    A tendinite no joelho pode estar associada a causas como a realização de movimentos repetitivos, falta de alongamento, envelhecimento natural, estresse, doenças autoimunes, excesso de carga em exercícios físicos, lesões em corrida, desequilíbrio muscular, obesidade, tipo de calçado, defeitos anatômicos e execução incorreta de gestos esportivos.

    Acontece bastante com atletas que dão saltos. Por isso, tal condição é popularmente chamada de joelho de saltador. Pode afetar com mais facilidade quem pratica atletismo ou joga vôlei, basquete e futebol.

    Sintomas

    As principais manifestações de tendinite no joelho, além do inchaço típico de quadros inflamatórios, é a dor local e a dificuldade nos movimentos. A dor e desconforto podem irradiar para a musculatura ao redor e piorar significativamente quando a pessoa se locomove.

    Um indivíduo com tendinite no joelho pode apresentar outros sintomas como sensação de peso, fadiga, redução da força, aquecimento na região e vermelhidão da área.

    Tratamento

    Ao se manifestarem os, procure auxílio médico especializado. Um bom ortopedista avaliará a condição clínica, fará um exame físico e, caso seja necessário, solicitará exames de imagem para verificar o grau de inflamação e descartar outras causas prováveis.

    Se a tendinite for confirmada, o protocolo de tratamento inclui imobilização da área, repouso por período definido pelo ortopedista, aplicação de gelo para diminuir a inflamação, uso de medicação anti-inflamatória e sessões de fisioterapia.

    Em casos mais graves, a cirurgia pode ser indicada. O procedimento cirúrgico pode ser feito com finalidade de descomprimir tendões apertados, limpar inflamação ao redor do tendão afetado, costurá-lo para corrigir lesões, liberar aderências e ressecar calcificação ou fibrose interna.

    Após a recuperação, é possível prevenir novos episódios de tendinite no joelho pela correção postural, orientação profissional em relação aos exercícios físicos, atividades para o fortalecimento muscular, pausas durante o expediente, alongamento muscular antes e depois dos treinos, entre outras medidas.

     

    Quer saber mais sobre a tendinite no joelho? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Tudo o que você precisa saber sobre a cirurgia de menisco

    Tudo o que você precisa saber sobre a cirurgia de menisco

    Dor ao caminhar e subir escadas, inchaço e estalos são alguns sintomas de lesões nos meniscos. Estes são estruturas de fibrocartilagem, localizadas entre o fêmur e a tíbia. Funcionam como amortecedores cujo objetivo é aliviar a carga do corpo sobre os ossos e proteger a região. Em caso de lesão, o ortopedista poderá optar por uma cirurgia de menisco.

    Os meniscos são fundamentais por absorverem impactos e auxiliarem na estabilidade das articulações. Torção, movimentos bruscos executados indevidamente e pancadas podem machucá-los, gerando uma série de incômodos para o indivíduo. Existem outras formas de tratamento, mas, graças aos avanços das técnicas médicas, a cirurgia de menisco por artroscopia tem sido a opção de muitos, por se tratar de um procedimento pouco invasivo, que soluciona o problema em poucos minutos.

    Como é a cirurgia de menisco

    Antes de marcar a cirurgia, o especialista pedirá uma ressonância magnética. O exame indicará a localização do problema e o nível de desgaste para a cartilagem, o que apontará a escolha do tratamento. Além da cirurgia, podem ser prescritos medicamentos e exercícios específicos para o fortalecimento dos meniscos.

    Caso o caminho seja a operação, o médico escolherá entre remover a parte lesionada e suturar a estrutura. A execução é muito simples. São feitos três furinhos no joelho. Através de um deles é inserida uma microcâmera para visualização exata da área lesionada, que será mostrada por um monitor. Pelas outras duas entradas o cirurgião manuseia os instrumentos que farão a correção.

    A artroscopia, como é denominada a cirurgia, dura 30 minutos a uma hora. A anestesia a ser usada dependerá do caso, podendo ser, inclusive, somente local. O médico poderá optar por remover a parte comprometida do menisco, a fim de solucionar a dor gerada ou fazer um reparo com suturas, preservando o menisco que apresenta potencial de regeneração.

    Recuperação

    Por se tratar de uma intervenção pouco invasiva, não há necessidade de internação. O indivíduo poderá ir para casa, mas deverá usar muletas para que a região fique imobilizada. Nos primeiros dias, é recomendado fazer repouso, manter a perna elevada e aplicar gelo na região para evitar o inchaço.

    Além desses cuidados, recomenda-se fisioterapia. O exercício orientado pelo profissional permitirá que o indivíduo retome os movimentos normais aos poucos, sem risco de sobrecarregar o joelho recém-operado e desenvolver complicações.

    Leva de duas semanas a dois meses para que a pessoa se sinta plenamente restabelecida. Esse prazo pode se prolongar, de acordo com a gravidade da lesão. Por isso, seguir os cuidados prescritos pelo ortopedista e manter acompanhamento frequente é essencial nesse período.

     

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