Autor: Dr. Henrique Rios

  • Como funciona o raio-X da coluna

    Como funciona o raio-X da coluna

    A radiografia é um exame fundamental para diagnosticar determinados males. Sua realização ocorre mediante a exposição de determinada região do corpo a uma pequena dose de radiação. Por meio desse procedimento, que faz uso do raio-X, o médico pode visualizar partes internas do corpo do indivíduo.

    O exame de raio-X da coluna, por exemplo, é hoje em dia muito requisitado para encontrar a razão de dor e desconforto nessa parte do corpo.

    O exame de raio-X da coluna

    A tecnologia utilizada no exame de radiografia possibilita aos médicos a visualização de regiões internas do corpo, detectando-se eventual fratura, tumor, entre outros males.

    A radiografia da coluna possibilita que o médico visualize uma lesão ocasionada por queda ou outro acidente, avalie a progressão de uma enfermidade, como a osteoporose e averigue se um tratamento está demonstrando resultado satisfatório.

    A radiografia funciona utilizando quantidade ínfima de radiação para uma adequada visualização da parte interna das costas. Sendo assim, o indivíduo e a máquina são devidamente posicionados de modo que facilite o raio-X focalizar a coluna.

    Para a realização do procedimento, o técnico solicita que o indivíduo se deite em diferentes posições. Dependendo do caso, pode ser de bruços, de costas e também de lado. Algumas imagens podem ser registradas com a pessoa estando em pé. Enquanto as imagens são devidamente registradas, é necessário que se prenda a respiração por um breve período.

    A radiografia é um procedimento realizado no departamento de radiologia de um hospital ou de clínica especializada em procedimentos de diagnóstico. É um exame indolor, que proporciona imagens rápidas e de boa qualidade.

    A importância da radiografia

    O raio-X da coluna possibilita que o médico identifique a origem de determinada dor na região lombar e visualize as consequências de uma lesão ou doença. Sendo assim, um exame de raio-X da coluna lombar pode ser solicitado com o intuito de efetuar o diagnóstico de lesões ou possíveis fraturas, defeitos congênitos, causas de dor intensa e ocorrência de tumor.

    Além disso, a radiografia permite, também, efetuar o diagnóstico da osteoartrite, doença que atinge as articulações e acarreta desconforto e dificuldade para a locomoção e osteoporose, enfermidade caracterizada por conferir fragilidade aos ossos, ocasionando dor e facilitando a ocorrência de fraturas.

    Atualmente, as máquinas de raio-X estão mais modernas e sofisticadas, como no caso da radiografia digital, que permite imagens com alta resolução, facilitando ainda mais o diagnóstico.

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Hemangioma de coluna lombar: diagnóstico e tratamento

    Hemangioma de coluna lombar: diagnóstico e tratamento

    Se, por um lado, a multiplicação de células é um processo normal e vital para o organismo, por outro, erros nessa multiplicação podem resultar em tumores. No entanto, nem todos os tumores são malignos, isto é, sinônimo de câncer. Existem os benignos, que não apresentam grandes riscos à saúde mas que devem ser acompanhados de perto por um profissional médico. Esse é o caso do hemangioma de coluna lombar.

    O hemangioma é caracterizado pela multiplicação desenfreada de um tipo específico de células: as que dão origem aos vasos sanguíneos. Assim, há formação de massa de vasos sanguíneos devido à má formação vascular. Pode aparecer em diferentes áreas do corpo, como peito, pescoço e rosto. Neste artigo, tratamos do aparecimento na coluna lombar.

    Diagnóstico

    Por se localizar em uma parte interna do corpo humano e geralmente ser assintomático, na maioria das vezes, o hemangioma de coluna lombar é descoberto por acaso, durante exames de rotina, como ressonância magnética.

    Para que o médico especialista tenha certeza do diagnóstico, são solicitados exames complementares, como a tomografia computadorizada, que oferece visão detalhada da área afetada.

    No entanto, há casos em que esse tipo de tumor produz sintomas. Nesse caso, uma investigação médica é feita com o objetivo específico de avaliar se existe ou não algum problema na área afetada ou relacionado à ela.

    Tratamento

    Uma das principais características do hemangioma, tanto o localizado na coluna lombar quanto em outras áreas do corpo, é que ele dispensa tratamento na maioria esmagadora dos casos.

    Isso ocorre porque, além de não produzir nenhum efeito funcional na pessoa afetada, apesar de haver incômodo estético quando localizado em áreas visíveis, após o primeiro ano ele tende a retroceder. Segundo pesquisas realizadas pelo instituto de pesquisas médicas americana Mayo Clinic, 50% desses tumores desaparecem em até 5 anos, e mais de 90% em até 10 anos.

    Assim, o tratamento é feito a base de medicamentos, como betabloqueadores, corticosteroides e aplicação de bleomicina por meio de injeções.

    No entanto, nos casos em que existe o comprometimento de funções básicas e déficits neurológicos causados pelo compressão da medula espinhal, é necessário recorrer à cirurgia para a remoção do tumor.

    Vale ressaltar que esse é o último recurso, pois se trata de uma cirurgia complexa para a remoção do hemangioma de coluna lombar, uma vez que o cirurgião deve fazer, além da descompressão da medula e ressecção do tumor, a reconstrução da vértebra acometida.

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  • Espondilite anquilosante: o que é e como tratar

    Espondilite anquilosante: o que é e como tratar

    Espondilite anquilosante é uma condição inflamatória crônica, que ainda não tem uma cura definitiva. O problema manifesta-se nas articulações do chamado esqueleto axial, sobretudo do quadril, coluna, joelhos e ombros. No entanto, a inflamação acomete outras áreas do corpo, como os olhos, por exemplo.

    A patologia leva as vértebras a se fundirem, o que as torna menos flexíveis. Por consequência, às vezes, a postura das pessoas acometidas pode se curvar para frente. Além disso, as costelas podem ser afetadas e é possível que haja dificuldade para se respirar profundamente.

    A causa do problema permanece desconhecida, porém estudos apontam um fator genético facilitador, nomeado HLA-B27. A porcentagem de indivíduos com espondilite que apresentam tal marcador genético alcança 90% nas nações escandinavas. No Brasil, devido à miscigenação de etnias, a correlação está em cerca de 76%.

    Quais são os sintomas da espondilite anquilosante?

    Entre os sintomas recorrentes da espondilite estão:

    • Dor intermitente na lombar;
    • Dor na coluna;
    • Rigidez matinal;
    • Dor e edema nas articulações de joelhos, ombros e cotovelos;
    • Dor atenuada pela prática de exercícios;
    • Dor na região entre a pelve e a coluna vertebral.

    O diagnóstico passa pela averiguação das queixas da pessoa acometida na consulta com o profissional de saúde. Para assegurar a comprovação, o médico pode pedir exames de imagem, como o raio-x e ressonância magnética, para identificar eventuais alterações em ossos e tecidos.

    Como é possível tratar a condição?

    O padrão ouro de tratamento para espondilite anquilosante consiste no uso de medicamentos para conter a inflamação e a evolução da patologia. Entre os fármacos prescritos com maior frequência estão os analgésicos, relaxantes musculares e anti-inflamatórios não hormonais. Costumam ser prescritos apenas na fase aguda da espondilite.

    Além disso, recomendam-se sessões de fisioterapia e exercícios para aprimorar a mobilidade das articulações atingidas pelo problema. Se o indivíduo observar a conduta recomendada, é possível notar melhora significativa no quadro, ainda que a enfermidade não tenha cura.

    Conforme a severidade do caso, o especialista pode, ainda, indicar uma cirurgia. No geral, a operação é realizada quando o distúrbio atinge o quadril e é raramente necessária, se acontece na coluna. Os resultados mais satisfatórios são alcançadas quando o diagnóstico é realizado de modo precoce.

    Quando o tratamento convencional não garante o efeito desejado, por vezes se sugere a terapia biológica. Essa técnica consiste em injeções com medicamentos para atuar contra a inflamação, a dor e as mudanças imunológicas observadas nas pessoas afetadas pela espondilite.

    Ainda que a espondilite anquilosante tenda a ficar menos ativa conforme o tempo passa, os cuidados devem ser preservados por toda vida. Com isso, torna-se possível garantir o bem-estar.

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  • Neuropatia diabética: sintomas, causas e tratamentos

    Neuropatia diabética: sintomas, causas e tratamentos

    O diabetes é uma doença crônica e silenciosa caracterizada pela incapacidade do corpo de produzir ou utilizar adequadamente a insulina, hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. Hoje, existem aproximadamente 13 milhões de brasileiros com diabetes, número que não para de crescer. O grande perigo da doença consiste nas complicações que pode causar. Dentre elas está a neuropatia diabética.

    Trata-se da complicação crônica mais comum e incapacitante do diabetes. Seu nome provém do fato de atingir os nervos periféricos, responsáveis pelas informações que saem e chegam ao cérebro, além de controlar os sinais da medula espinhal para o resto do corpo. Pode atingir um único nervo, um grupo específico de nervos ou nervos do corpo todo.

    Quais são os sintomas?

    Os sintomas mais comuns da doença incluem dor constante, sensação de ardência e queimação e formigamento, especialmente nos pés, mas que também pode ocorrer nas mãos.

    A dor surge repentinamente, sem nenhuma causa aparente, e é excessiva em circunstâncias em que não deveria ser, como em uma picada acidental de agulha ou um esbarrão em outra pessoa.

    Redução da chamada sensibilidade protetora, pele mais seca e menor produção de suor também são indicativos da doença.

    Quais as causas da neuropatia diabética?

    A principal causa da doença é o controle inadequado da glicose. Outros fatores também contribuem para seu surgimento, como tempo em que a pessoa convive com o diabetes, excesso de peso, tabagismo e nível de triglicérides elevado.

    A retinopatia – danos aos vasos sanguíneos da retina – e a doença renal, na qual os rins perdem a capacidade de filtrar os resíduos do sangue, também são causas da neuropatia diabética.

    Existe tratamento?

    A primeira e mais óbvia medida para realizar o controle da doença é manter os níveis de glicose no sangue adequados. Isso significa que é necessário adotar um estilo de vida saudável, com dieta adequada, prática de exercícios físicos e uso prescrito de insulina.

    No entanto, como os sintomas podem persistir e cada indivíduo reage de maneira diferente, o tratamento é feito de forma individualizada, mas pode incluir uso de medicamentos para alívio da dor, como drogas opióides e antidepressivos tricíclicos.

    O que é realmente importante na neuropatia diabética é que o portador faça consultas regulares com seu médico para garantir que os sintomas sejam os mais leves possíveis e não cheguem a consequências mais drásticas, como amputação dos membros. Por isso, em caso de apresentar qualquer um dos sintomas, procure um neurologista.

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  • Tire suas dúvidas sobre a doença de Scheuermann

    Tire suas dúvidas sobre a doença de Scheuermann

    Durante a puberdade, o corpo passa por diversas mudanças. Com a estatura média aumentando gradativamente com o passar das décadas, somando-se a falta de atividades físicas e sobrecarga de peso, os problemas na coluna se tornam cada vez mais comuns. Dentre eles, está a doença de Scheuermann.

    A seguir, serão esclarecidas as principais dúvidas a respeito dessa doença, pois apesar de ser relativamente comum, não é uma das doenças sobre as quais se fala com frequência, como diversas outras.

    O que exatamente é a doença?

    A principal característica da doença é a curvatura acentuada da coluna torácica ou toráxica-lombar. Toda coluna apresenta uma curvatura, que além de auxiliar na mobilidade, ajuda na absorção de impactos. No entanto, há casos em que essa curvatura é acentuada de tal maneira que chega a provocar diversos problemas.

    Além da dor, deformidade e dificuldades para se movimentar estão dentre os principais problemas causados pela doença.

    Qual o grupo com a maior taxa de incidência?

    De maneira geral, são os adolescentes entre 12 a 14 anos, que, devido às modificações corporais ocorridas na puberdade, são um grupo mais propenso a apresentar a doença. Também atinge mais adolescentes do sexo masculino que feminino, pela maior estatura.

    Quais são as causas da doença de Scheuermann?

    A patologia foi descrita em 1920 e tem o nome como homenagem ao médico radiologista que a descobriu. Por ser relativamente recente, os especialistas ainda não sabem suas causas exatas.

    Acredita-se que as possíveis causas sejam:

    • Herança genética;
    • Efeitos endócrinos: suspeita fundamentada em casos clínicos, uma vez que parte das pessoas que manifestam a doença apresentam fibrose cística, espru não-tropical (doença intestinal na qual o corpo não tolera glúten) e síndrome de Turner (ausência ou incompletude de um cromossomo assexual);
    • Ossificação não completamente desenvolvida da placa terminal vertebral e deficiência de colágeno;
    • Causas inflamatórias, mecânicas e debilidade muscular.

    Quais os principais sintomas da doença de Scheuermann?

    A dor é o sintoma mais comum, seguida de queixas sobre deformidade, uma vez que as pessoas que apresentam a doença não conseguem esticar completamente a coluna.

    A doença é, muitas vezes, confundida com a má postura, pois dá um aspecto de ombros caídos.

    Existe tratamento?

    O tratamento depende muito das características de cada indivíduo, mas, geralmente, consiste na utilização de uma colete que auxilia na manutenção da postura correta, que inclui um anel no pescoço. Em alguns casos, também pode ter apoio para as axilas.

    Em uma pequena parcela dos casos, pode ser necessária a realização de cirurgia para a fusão vertebral, mas só é realizada quando a curvatura é muito acentuada, ou se o quadro de dor é intenso, ou, ainda, quando existem problemas neurológicos com origem na doença de Scheuermann.

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  • Cisto de tarlov: sintomas, causas e tratamentos

    Cisto de tarlov: sintomas, causas e tratamentos

    O cisto de Tarlov é assim chamado em alusão a TIzadores Tarlov, primeiro pesquisador a documentar essa doença, que afeta, ao mesmo tempo, o sistema estrutural e o sistema nervoso.

    Os cistos de Tarlov são pequenas bolsas dotadas de paredes finas e fibrosas. A parede interna é formada de tecido aracnoide. A parede externa é formada por tecido conectivo vascularizado, povoada por grande quantidade de fibras nervosas, que têm aparência de fios, formando um emaranhado na superfície.

    Há uma série de teses acerca do que desencadeia essa doença, mas nenhuma comprovada. Há uma associação a algumas outras doenças, como a síndrome de Marfan e a Síndrome de Loeys-Dietz. Há suspeitas, também, de que pode ser deflagrada por processos traumáticos, em decorrência da perda da drenagem venosa. Outra tese é que poderia ser decorrente da inflamação das raízes nervosas, como consequência da retenção de líquido nos tecidos.

    É mais comum nas mulheres. É possível que o indivíduo desenvolva apenas um ou vários cistos, sendo a ocorrência maior na coluna sacral, com maior incidência entre as vértebras S1 e S5, podendo aparecer, bem mais raramente, em outras partes da coluna vertebral.

    Também conhecidos como cistos perineurais, contêm em seu interior um líquido, chamado líquido cefalorraquidiano. A possibilidade de crescimento é bastante ampla, de modo que podem atingir tamanho tal, que há o risco de comprimir as estruturas abdominais, causando uma série de sintomas nada agradáveis.

    Sintomas do cisto de tarlov

    Na maior parte dos casos, o cisto de tarlov é assintomático. Apenas em 20% deles surgem sintomas, a maioria decorrente dos danos infringidos às funções nervosas.

    A dor nas costas, na base da coluna, acompanhada de formigamento ou dormência, é uma característica. Esses sinais se estendem às pernas, inclusive a dor.

    O indivíduo pode, além da dor nas pernas, ter dificuldades de caminhar, além da perda de sensibilidade nas pernas e na região afetada, podendo ocorrer distúrbios no esfíncter, com risco até de perda de fezes.

    Diagnóstico e tratamento

    O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, normalmente raio-x ou ressonância magnética. Em alguns casos, o médico pode solicitar tomografia computadorizada e eletroneuromiografia, um exame específico para a investigação do comprometimento da raiz nervosa, de modo a avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica.

    Para controlar os sintomas, a indicação é o uso de analgésicos, relaxantes musculares e antidepressivos. Pode ser realizada, também, a analgesia peridural.

    O principal, porém, é o trabalho de fisioterapia, que deve ser feito diariamente, com utilização de aparelhos para dor, aplicação de calor e sessões de alongamento para as costas e para as pernas.

    A cirurgia para o cisto de tarlov raramente é indicada, sobretudo pela fragilidade das suas paredes. Porém, quando o tamanho do cisto ultrapassa 1,5 cm, trazendo alterações ósseas e sintomas mais dramáticos, a intervenção cirúrgica é indicada.

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  • Mal de pott: sintomas, causas e tratamentos

    Mal de pott: sintomas, causas e tratamentos

    Existem doenças das quais se tem registro desde a Antiguidade e que continuam a fazer vítimas ao redor do mundo. É o caso do Mal de Pott, uma doença que já existia no antigo Egito, na Costa do Pacífico, na América do Sul e na Europa da Idade de Ferro.

    Conhecida como espondilite tuberculosa, trata-se de uma inflamação da coluna vertebral causada pelo bacilo da tuberculose (daí seu nome). Sua primeira descrição clássica foi feita em 1779, por Percivall Pott. Desde os avanços feitos em saúde pública e das drogas para tratar a tuberculose, a doença praticamente se extinguiu em países desenvolvidos, mas ainda persiste em países em desenvolvimento.

    Sintomas

    Os sintomas variam muito de acordo com local afetado, o estágio em que a doença se encontra e se há ou não complicações. De maneira geral, incluem perda de peso, febre e dor nas costas.

    Com o avanço da doença, ocorre a destruição óssea progressiva das vértebras, podendo levar ao colapso vertebral e à cifose.

    Como o canal medular (pelo qual passa a medula espinhal) pode ser estreitado devido à doença, pode ocorrer anormalidades neurológicas, algo que se manifesta em cerca de 50% dos casos. Dentre elas estão dor da raiz nervosa, alterações de sensibilidade, paraplegia e paralisia.

    Quando a tuberculose atinge a espinha cervical, as complicações neurológicas são mais graves, mas esses casos correspondem apenas a uma pequena porcentagem dos acometidos.

    Causas

    A doença é causada pela tuberculose vertebral, que ocorre pela inalação do bacilo de Koch, que entra no organismo pelo sangue. Com sua passagem pelo corpo, se aloja na coluna vertebral, dando início ao processo de destruição óssea e, quando não tratada, da destruição das demais vértebras e articulações da coluna.

    Tratamento

    O tratamento da doença é longo e inicialmente feito por meio da antibioticoterapia, tratamento utilizado para a tuberculose pulmonar. Em casos em que o déficit neurológico é leve, essa forma de tratamento é efetiva em 85% a 95% dos casos e costuma durar de quatro a seis meses, podendo se estender por até um ano.

    No entanto, em casos em que as consequências neurológicas da doença são mais graves, com ausência de resposta à antibioticoterapia, instabilidade espinhal, grandes abscessos e deformidade severa, a cirurgia é indicada. No entanto, somente uma avaliação minuciosa de cada caso por um um neurologista qualificado poderá indicar qual o melhor tratamento para o Mal de Pott.

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  • Nódulo de schmorl: o que é e como tratar

    Nódulo de schmorl: o que é e como tratar

    A hérnia de disco é um problema com incidência relativamente alta na população. Quando não tratada devidamente, pode levar à dor intensa e dificuldades de movimentação. Dentre as hérnias, existe um tipo chamado de nódulo de Schmorl.

    Mas o que exatamente caracteriza esse tipo de hérnia? Quais os principais sintomas que apresenta? E em relação ao seu tratamento, como ele é realizado? A seguir, descubra a resposta para essas e outras perguntas.

    Caracterização do nódulo de Schmorl

    Esse tipo de hérnia tem como principal característica o fato de se apresentarem como pequenas deformidades ou depressões surgidas no interior das vértebras da coluna. É mais comum nas regiões dorsal (posterior ao tórax) e lombar.

    Trata-se de uma doença assintomática em seu estágio inicial, ou seja, a pessoa afetada não sente qualquer tipo de dor nem incômodo. Quando há dor, é provável que o nódulo esteja em estágio mais avançado ou associado com outra doença, como artrite e osteoporose.

    No entanto, pessoas mais ativas como atletas profissionais ou amadores e adolescentes são mais propensos a sentir dor na região dos nódulos, mesmo no estágio inicial.

    Ainda existem dúvidas a respeito das causas que levam à formação dos nódulos. No entanto, sabe-se que traumas, deformidades na coluna, outras doenças que atingem o sistema musculoesquelético, processos inflamatórios e degeneração da coluna favorecem seu aparecimento. Trata-se de uma doença que atinge majoritariamente idosos, que apresentam degeneração natural da coluna.

    O diagnóstico da condição é feito por um especialista, que investiga o histórico clínico e familiar do indivíduo, realiza avaliações físicas e recorre ao auxílio de exames de imagens capazes de dar uma visão precisa da coluna, como raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética, o exame de imagem mais preciso de todos.

    Opções de tratamento

    Como pode estar associado a outras doenças, o tratamento do nódulo de schmorl varia bastante conforme cada caso. Quando surge isoladamente, o tratamento só é realizado caso haja dor.

    As opções terapêuticas incluem repouso, prescrição de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor, sessões de fisioterapia e de acupuntura.

    Existe também a opção de tratamento cirúrgico dos nódulos. No entanto, ela é restrita a casos raros, nos quais o nódulo de Schmorl representa ameaça de fato ao indivíduo, como em casos de dor extrema e dificuldade de locomoção.

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  • Cisto sinovial de coluna lombar: o que é e como tratar

    Cisto sinovial de coluna lombar: o que é e como tratar

    Uma das causas significativas de dor na lombar e nas pernas é o cisto sinovial de coluna lombar. É de caráter benigno e repleto de líquidos originários das articulações da coluna. Ele se forma como resultado de um desgaste da região, que tende a ocorrer com o passar do tempo. Com a degeneração das facetas lombares, a sinóvia tende a produzir mais líquido, na tentativa de lubrificar a área. Quando uma parcela da substância escapa da cápsula articular, porém continua na sinóvia, ela desenvolve protusões em formato de bexiga.

    Conforme a área e a dimensão dos cistos, eles podem levar ao estreitamento do canal vertebral por onde os nervos passam. Quando isso acontece, surge dor forte no local. Outros sintomas frequentes são a sensação de formigamento e perda de forças nas pernas, em decorrência da compressão das raízes nervosas.

    No geral, o desconforto é reduzido quando em posição sentada, pois ela amplia o canal vertebral e ameniza a pressão nos nervos. Este texto tratará sobre o tema em mais detalhes, com enfoque nos tratamentos efetivos para os cistos. Leia na íntegra para entender mais.

    Diagnóstico e tratamento

    O diagnóstico é feito normalmente com o auxílio de exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada. Os raios-x também servem para definir o nível de degeneração das articulações facetárias, bem como para identificar outras disfunções na coluna. Entre as questões associadas ao cisto é possível citar, por exemplo, a espondilolistese, quando uma vértebra escorrega em cima da outra.

    Na eventualidade de o cisto sinovial de coluna lombar não causar nenhum sintoma, não é preciso fazer tratamento. Nesse caso, basta consultar um especialista com regularidade para observar o desenvolvimento do quadro. Se houver algum desconforto, ainda que sutil, determinadas atividades deverão ser restringidas para que a questão não se agrave.

    Para manter a dor sob controle, por vezes se recomendam infiltrações e outras abordagens mais conservadoras, como fisioterapia. Contudo, se a dor for crônica e severa a ponto de interferir na rotina, a cirurgia apresenta-se como uma alternativa válida.

    Cirurgia

    Tratamentos cirúrgicos minimamente invasivos apresentam bons resultados no tratamento desse problema. Uma das técnicas mais bem sucedidas é a punção do cisto, geralmente combinada com o bloqueio das raízes nervosas afetadas.

    A cirurgia endoscópica é outra opção minimamente invasiva, em que, por meio de uma câmera, pode-se executar a ressecção do cisto sinovial e liberação das estruturas nervosas comprometidas.Se houver recidiva ou instabilidade associada, a fusão da articulação é indicada para prevenir o retorno dos cistos.

    Ao se manifestarem sintomas de cisto sinovial de coluna lombar, em especial dor, não deixe de marcar consulta com um especialista. Desse modo, indivíduo consegue recuperar a sua qualidade de vida logo.

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  • Entorse no joelho – sintomas, causas e tratamento

    Entorse no joelho – sintomas, causas e tratamento

    É comum vermos esportistas lesionarem a região do joelho, principalmente aqueles que praticam futebol, basquete, hóquei, entre outras modalidades que exigem muito dessa região. A entorse no joelho é uma das lesões mais comuns, que geralmente acontecem durante e devido à prática.

    Esse problema ocorre quando há distensão ou ruptura de um ou mais ligamentos do joelho, provocando laceração das fibras.

    Causas

    Ocorre quando o movimento articular passa do seu limite, sobrecarregando os ligamentos do joelho nas articulações presentes. Na maioria dos casos, acontece fratura quando o joelho faz um movimento muito brusco para o lado interno e o pé permanece fixo no chão, sem acompanhar a movimentação.

    Geralmente essa lesão ocorre quando o atleta cai de maneira errada e inesperada ou durante algum passe no jogo, em que pode haver embate corporal com os demais jogadores ou algum passe errado com a perna.

    Níveis da entorse no joelho

    Assim como outras lesões, essa também ocorre em diferentes intensidades, dependendo do modo como a região foi afetada. Assim, são três graus:

    • Grau 1: o mais leve, em que ocorre a distensão do ligamento, causando rasgos pequenos. Mesmo assim, as articulações não são tão afetadas, permitindo que o joelho continue suportando o peso do corpo. Geralmente, cicatriza de maneira natural.
    • Grau 2: nessa lesão, ocorre a ruptura parcial do ligamento do joelho, em que muitas fibras são rasgadas, provocando falhas e certa instabilidade durante os movimentos.
    • Grau 3: caso mais grave, o ligamento é totalmente rompido na lesão ou separado do osso, provocando instabilidades severas. Nesse caso, geralmente é indicada uma interferência cirúrgica para tratar a lesão.

    Sintomas

    Como na maioria das lesões, um dos sintomas principais é a dor. O inchaço e o aparecimento de hematomas também podem indicar a entorse. Quando a lesão é de nível 2 ou 3, a instabilidade no joelho também é um forte sintoma, podendo até ser ouvido um ruído durante os movimentos.

    Vermelhidão, calor na região, rigidez na articulação do joelho e impossibilidade de esticar a perna totalmente, também são sintomas que podem ocorrer. Em alguns casos, eles não são sentidos logo no momento da lesão, mas depois de dois ou três dias do ocorrido.

    Tratamento

    Para que seja indicado o melhor tratamento, é preciso fazer um diagnóstico preciso da lesão. Dependendo da localização da dor, é possível determinar qual ligamento do joelho é esticado. Se a dor no joelho é medial (lado interior do joelho) indica o ligamento colateral medial (MCL), que é o mais comum.

    A dor no lado externo do joelho indica estiramento do ligamento colateral lateral. Para determinar o grau da lesão, são feitos testes como o de gaveta anterior e posterior, de estresse em valgo e varo, radiografia, ressonância magnética, ultrassonografia, entre outros procedimentos.

    Dependendo do nível, os tratamentos são diferentes. Para os níveis 1 e 2, é recomendado descanso, aplicação de gelo no local lesionado, elevação, bandagem elástica, muletas para evitar forçar o joelho, compressa de água quente e drenagem.

    Para o nível 3, a cirurgia pode ser necessária, acompanhada de posterior fisioterapia intensiva, que proporciona resultados satisfatórios.

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