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  • Dor muscular tardia: o que é e como evitar

    Dor muscular tardia: o que é e como evitar

    A segunda-feira é popularmente conhecida como dia de decidir cumprir a promessa de exercitar-se regularmente. A intenção é ótima, mas, como diz o ditado, não se deve ir com sede ao pote. No conjunto de complicações de quem adere à prática de exercícios sem devida preparação e treinamento, está a dor muscular tardia.

    A dor muscular tardia

    Mais comum de 24 a 72 horas após um treino, a dor muscular tardia ocorre na região que mais trabalhou durante a prática de atividade física. Surge devido a um processo inflamatório nos músculos, desencadeado por microlesões. Geralmente, ocorre quando não há preparo físico adequado, isto é, no primeiro dia após longo período de sedentarismo, o indivíduo decide levantar 100 quilos, andar 30 km, correr mais 10, etc. É algo imprudente.

    Isso pode acontecer, ainda, com quem está retornando às atividades, seja porque se recuperava de cirurgia, de doença ou por ter parado por razão pessoal.

    Respeito ao corpo

    Sentir dor depois de um treino intenso na academia é comum, até certo nível. Terminar os exercícios com dor intensa, porém, não quer dizer que esteja tudo certo. O excesso pode ter sido prejudicial ao corpo.

    Pensamentos do tipo “se não doer a ponto de eu não conseguir me levantar, não valeu a pena”, “dor é sinônimo de resultado” não são adequados. Pode haver verdade neles, mas o corpo humano, apesar de parecer uma máquina, tem seus limites.

    Querer manter bom desempenho é ótimo, mas deve ser feito seguindo as recomendações de um especialista, principalmente no que diz respeito à carga imposta ao corpo, intervalos de descanso e tempo de duração das atividades.

    Como evitar a dor muscular tardia

    Algumas rotinas são importantes para que a dor muscular tardia não seja sentida todos os dias. Além de respeitar a carga que o corpo suporta, aumentando gradativamente, é indicado que sejam feitos alongamentos antes e depois de qualquer atividade física.

    Balancear a alimentação com a ingestão de vitaminas C e E, ambas contidas em frutas, e aquecer e desaquecer o corpo antes e depois dos treinos são, também, hábitos recomendados.

    Sugere-se, ainda, evitar as mudanças bruscas na modalidade e no tipo de prática esportiva, para que o corpo não se sinta obrigado a manifestar uma performance que ele ainda não consegue.

    Recuperação

    A dor muscular tardia desaparece, gradativamente, em até 72 horas. É fundamental respeitar o período de descanso daquela região. Para que a recuperação seja acelerada, podem ser feitas compressas de gelo, alongamentos leves e massagem. Sentindo desconforto por mais tempo, o médico deve ser consultado. Ele avaliará a necessidade de prescrição de analgésico e anti-inflamatório.

    É imprescindível se exercitar com calma, respeitando o corpo e realizar todos os movimentos de forma adequada, para que os objetivos sejam alcançados sem que a qualidade de vida e o bem-estar físico e mental sejam comprometidos, o que resguardará a ocorrência da dor muscular tardia.

     

    Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Quando voltar a treinar após cirurgia no joelho?

    Quando voltar a treinar após cirurgia no joelho?

    Quem precisa submeter-se a cirurgia no joelho fica muito ansioso para saber quando voltar aos treinos, após a operação. O segredo costuma ser desvendado na frase: é preciso respeitar todas as fases do tratamento e recuperação no período pós-cirúrgico. Isso nem sempre acalma quem fica aflito para voltar à dinâmica normal. Assim, entenda mais sobre a questão.

    Não sobrecarregue o joelho

    Mesmo depois de um tempo, ainda que a pessoa consiga ficar de pé tranquilamente, não quer dizer que tudo está liberado. Para evitar danos, inclusive novas lesões, é fundamental que a parte operada não seja sobrecarregada, pois isso poderá gerar graves complicações. Ao dormir, não se deve apoiar sobre os joelhos. Embora seja comum, a sugestão de colocar um travesseiro debaixo ao deitar e sentar não é adequada, pois pode aumentar a pressão sobre a área.

    Cada caso é um caso

    Uma cirurgia no joelho é realizada por resultado de diferentes lesões. Justamente por isso, o tempo para voltar a treinar não é específico, pois cada organismo reage de um jeito. Fatores como a técnica utilizada no procedimento, a fisioterapia realizada e cumprimento das recomendações pesam. É muito importante tirar todas as dúvidas com o ortopedista e expor as preocupações.

    Tenha paciência

    Tentar pegar atalhos pode tornar a cirurgia no joelho ineficaz. É preciso controlar a ansiedade e ter paciência. O tempo de recuperação antes de retornar às atividades físicas depende também da motivação da operação. No caso, por exemplo, de ligamento cruzado anterior, a média é de seis meses, atrelados à melhoria do condicionamento físico e acompanhamento de um profissional capacitado.

    A musculatura do local afetado, principalmente da coxa, sofrerá atrofia, ou seja, todo o grupo muscular ficará inibido e não responderá aos estímulos de contração. Dessa forma, é extremamente importante seguir à risca todos os processos envolvidos na fisioterapia.

    Retorno gradual

    Para começar a revigorar o grupo muscular, é recomendado que seja feito o fortalecimento isométrico. Esse procedimento gerará o aumento de atividade na área e tornará possível ao corpo continuar com o processo de adaptação pós-cirúrgica.

    As principais orientações para quem vai fazer cirurgia no joelho, ou já fez e quer voltar a treinar, são ter consciência de que leva tempo e saber que o pós-cirúrgico é importante para evitar novas lesões. Muito relevante, também, é atentar-se à alimentação, dando preferência a alimentos e bebidas que favorecem o processo regenerativo – vitamina C (goiaba, papaia, laranja, morango, toranja, melão) e zinco (carne bovina) são estratégicos para curar a ferida e fortalecer o sistema imunológico.  

     

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  • Por que corredores sofrem mais lesões na cartilagem?

    Por que corredores sofrem mais lesões na cartilagem?

    A principal dica para o bem-estar físico e mental é a prática de atividade física. Além de melhorar o funcionamento do organismo, a endorfina liberada quando o corpo se movimenta pode beneficiar, inclusive,  o tratamento de depressão.

    Muitas pessoas, porém, sofrem lesão na cartilagem após iniciarem a prática de caminhada ou corrida. Entenda o motivo de isso acontecer.

    Como funciona a cartilagem

    A cartilagem tem a função de amortecer o atrito entre os ossos. É exatamente ali que ela está localizada. Parece uma borracha, contém água e apresenta-se em um tecido bem forte, o que torna possível que o corpo suporte grandes níveis de carga. Havendo abuso, entretanto, aparece a lesão.

    Existe, ainda, um fator que poucos consideram. Se a cartilagem não for usada, também pode ficar prejudicada, uma vez que sua estimulação a mantém lubrificada e ativa.

    O que acontece

    Quando uma pessoa muito ativa corre ou prática algum tipo de exercício com certo desalinhamento dos ossos, pode ocorrer sobrecarga nas cartilagens. Outro fator muito importante é o tempo de descanso entre os exercícios físicos. Após uma corrida, por exemplo, as cartilagens do joelho e tornozelo podem ficar desidratadas e ter sua espessura reduzida.

    É indispensável que o corredor se alimente bem e descanse no tempo que seu corpo exigir. O tempo não é o mesmo para todos. É fundamental conhecer os limites do próprio organismo e oferecer a ele o período de recuperação necessário.

    Tempo de prática de exercícios e lesões

    Muitas pessoas acreditam que, pelo fato de não conseguirem descansar adequadamente após a corrida e por praticarem essa atividade por muitos anos, invariavelmente terão  lesões na cartilagem. É importante saber que o problema não ocorre por um fator isolado. Assim como praticamente qualquer parte do corpo humano, as cartilagens são impactadas diretamente pela alimentação, pelo estresse e pela carga genética que o indivíduo carrega.

    Os corredores podem sofrer lesões na cartilagem devido à sobrecarga exercida, porém outros fatores contribuem para isso. Não é correto afirmar que a continuidade de movimentos é a única causa de lesão. A saúde deve ser cuidada de modo integral.

    Um cuidado que passa pela mesa

    Se você é corredor ou está se preparando para ser um, além de todos os cuidados ortopédicos, valorize a alimentação. Uma dieta adequada permite reforçar e regenerar a cartilagem, e evitar lesões maneira natural. É imprescindível ingerir alimentos com vitaminas A, C e D, cálcio, lisina, fósforo, flúor, magnésio e proteínas.

     

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  • Fratura do escafoide: diagnóstico e tratamento

    Fratura do escafoide: diagnóstico e tratamento

    A mão é uma das partes mais estratégicas e importantes do corpo humano. Quase 30 ossos e mais uma porção de músculos e articulações trabalham a todo instante, para você conseguir levar a colher à boca, escrever ou gesticular. Perto dessa complexidade toda, mais precisamente no punho, está o escafoide, uma região que muito comumente demanda cuidados médicos devido a fraturas. Entenda mais.

    Diagnóstico

    Normalmente, a fratura do escafoide acontece quando há uma queda em que a pessoa encosta no chão com a mão espalmada (aberta). Impactos fortes como tentar segurar uma bola de futebol também podem ocasionar a fratura.

    Existe certa dificuldade no diagnóstico, porque muitas pessoas entendem que houve apenas uma entorse, uma vez que o dano não gera deformidade visível nem dificuldade para movimentação. Entretanto, dor e inchaço, próximos ao dedo polegar, ficam bem proeminentes.

    Exames de imagem como raio X e tomografia auxiliam o médico nesse processo de descoberta. Análises mais complexas podem ser requeridas, principalmente quando se suspeita de fratura oculta.

    Tratamento

    É muito importante que a pessoa com suspeita de fratura do escafoide procure auxílio médico o quanto antes. O tratamento iniciado depois de alguns dias da fratura favorece que apareçam outros problemas, o que implica mais tempo de recuperação. Com os exames em mãos, o médico verificará qual a medida terapêutica mais adequada.

    Se a fratura for branda (sem desvio, ou seja, quando o osso não sai do lugar), recomenda-se usar gesso durante um período de aproximadamente seis semanas. Nos casos em que há desvio médio ou completo, cirurgia, com possibilidade de uso de pinos e parafusos, pode ser cogitada.

    Cada caso é um caso. O tombo de uma pessoa pode demandar poucos cuidados e o mesmo tipo de queda de outra pessoa pode exigir cirurgia. É importante controlar a ansiedade e solucionar todas as dúvidas com o médico. Ele saberá avaliar a especificidade da circunstância. Além disso, cada organismo reage de um jeito às intercorrências e às medidas terapêuticas.  

    Fique atento

    Uma fratura do escafoide não tratada ou tratada de forma inadequada geralmente evolui para a não consolidação ou pseudartrose (o osso não adere), o que causa um desarranjo na mecânica do movimento do carpo. Isso, por sua vez, desencadeia um processo de degeneração ou desgaste (artrose). Nessa última fase, qualquer abordagem torna-se complexa e o processo cirúrgico acarreta perda de parte do movimento do punho.

    Percebendo qualquer incômodo após queda e/ou trauma, consulte um ortopedista, faça os exames recomendados e siga à risca todas as orientações de tratamento. Se for confirmada fratura do escafoide, todo cuidado é necessário, para preservar a estrutura e funções da região.

     

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  • Entenda quando é recomendado fazer o exame de biomecânica do quadril

    Entenda quando é recomendado fazer o exame de biomecânica do quadril

    O exame biomecânico, ou avaliação biomecânica, é uma ferramenta que possibilita aos profissionais de saúde avaliar os movimentos que o corpo faz durante determinada função. Permite ao médico, mais comumente o ortopedista, avaliar se todos os ossos, músculos e articulações estão em pleno funcionamento.

    O exame é feito durante uma consulta clínica. O médico pede ao indivíduo que faça a atividade que normalmente tende a causar o incômodo. Pode ser uma atividade esportiva ou atividades comuns do dia a dia como andar, correr, se abaixar ou simular que está subindo escada.

    Com a ajuda de uma filmagem, o médico consegue analisar todos os movimentos feitos durante o teste, assim como as mudanças de postura e transferências de peso entre músculos e articulações. Ele avalia cuidadosamente se, durante as ações, a área do quadril fica prejudicada com o excesso de carga ou movimentação irregular.

    As irregularidades nos movimentos podem ser a causa de dor, lesão ou queda no desempenho de atletas, dançarinos e de outros profissionais que realizam atividade física regularmente.

    O exame de biomecânica do quadril pode ser considerado o primeiro e mais assertivo passo para diagnóstico preciso e início do tratamento adequado. Graças à precisão e clareza apresentadas nas imagens é possível a criação de um plano de tratamento personalizado, garantindo melhores resultados.

    Doenças que o exame de biomecânica do quadril pode detectar

    Praticamente todos os problemas de articulações na região do quadril podem ser detectados pelo exame de biomecânica do quadril. As patologias mais comuns reveladas durante o exame são artrose, bursite trocantérica, pubalgia, necrose e impacto femoroacetabular.

    É importante conversar com o médico sobre as alternativas de avaliação e diagnóstico, para garantir o sucesso do tratamento.

    Quando o exame é recomendado

    O exame de biomecânica do quadril é muito recomendado quando o exame de toque ou raio X não mostram exatidão para a causa do problema ocorrido com a pessoa. Normalmente, ela se consulta queixando de dor na região do quadril ou baixa na capacidade de realizar movimentos. Em casos mais graves, o indivíduo pode relatar quedas e dificuldade mesmo para dar leves passos.

    O especialista avaliará a situação e, se for o caso, recomendará o exame de biomecânica do quadril para dar precisão ao diagnóstico e maior adequação à elaboração de um plano de tratamento específico. A adesão a esse plano, totalmente personalizado para cada caso, garante melhora significativa na performance e redução de riscos de problemas futuros relacionados aos desgastes muscular, ósseo e das articulações.

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  • Artrose no quadril: o que é e como tratar?

    Artrose no quadril: o que é e como tratar?

    A artrose no quadril, conhecida também como osteoartrose, é uma doença que consiste na degeneração das cartilagens do quadril. Essa parte da região está sempre em movimento e é responsável por sustentar grande parte do peso corporal. Isso acaba aumentando a possibilidade de eventuais desgastes articulares.

    Tal condição é mais comum a partir dos 45 anos, entretanto, também pode acometer pessoas mais jovens, sobretudo, indivíduos que utilizam bastante a articulação do quadril.

    O que pode parecer algo muito simples e corriqueiro, na verdade, merece atenção especial. Em determinadas pessoas, a artrose no quadril pode dar origem a sintomas tão intensos, que a doença se torna incapacitante, já que dificulta a execução das tarefas básicas do cotidiano.

    Quer conhecer a artrose no quadril mais a fundo e descobrir como tratar esse quadro da maneira correta? Leia o texto a seguir e fique por dentro.

    O que é artrose no quadril?

    Como dissemos acima, a artrose no quadril é um desgaste na articulação dessa região. Ela pode resultar em sintomas agudos, como dor, especialmente ao caminhar ou ficar sentado durante muito tempo. Outras manifestações frequentemente associadas à artrose no quadril são: dificuldade para realizar movimentos comuns, como levantar e abaixar; sensação de formigamento ou dormência nas pernas; queimação nos membros inferiores.

    A enfermidade articular geralmente ocorre em pessoas predispostas geneticamente. Além disso, pode ter relação com:

    • envelhecimento natural;
    • diabetes;
    • artrite reumatóide;
    • espondilite anquilosante;
    • artrite séptica;
    • displasia no quadril;
    • traumatismos locais em decorrência de práticas esportivas, como levantamento de peso e corrida.

    Como tratar essa condição?

    O ortopedista deve conduzir o diagnóstico e o tratamento da doença. Primeiramente, é importante reconhecer e analisar os sintomas, levando em consideração dados complementares, como estilo de vida e idade do paciente.

    Confirmada a artrose de quadril, é preciso tratar especificamente o problema, no intuito de amenizar os sintomas, promover o bem-estar e melhorar a qualidade de vida do paciente.

    Geralmente, o tratamento inclui sessões de fisioterapia e uso de medicamentos. Apenas nos casos mais graves, quando não há melhora após o tratamento clínico, a cirurgia passa a ser uma alternativa.

    O procedimento cirúrgico, neste caso, é feita por meio de raspagem da área inflamada ou, até mesmo, através da troca da cartilagem local pela prótese de quadril. O especialista é capaz de avaliar cada caso individualmente e propor o melhor protocolo terapêutico, de acordo com as especificidades do paciente.

    Cumpre ressaltar que alterações nos hábitos de vida podem contribuir efetivamente para a melhora da artrose no quadril. Pode ser necessário reduzir a intensidade e frequência de alguns exercícios físicos, evitar sobrecargas, usar bengala para obter apoio ao caminhar, praticar exercícios de baixo impacto, como hidroginástica e pilates, fazer alongamentos e atividades funcionais.

    Quer saber mais sobre artrose no quadril? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Entenda a importância das cartilagens para o seu corpo

    Entenda a importância das cartilagens para o seu corpo

    Você já parou para pensar na importância das cartilagens para o corpo? A cartilagem, chamada também de tecido cartilaginoso, é uma estrutura  conectiva, elástica e flexível, que integra diversas partes do corpo. Cartilagens são formadas por uma matriz gelatinosa que contém, especialmente, carboidratos e proteínas na composição. Essenciais para o sistema músculo-esquelético, elas cumprem papéis essenciais no trabalho articular.

    A cartilagem, apesar de flexível, é um tecido resistente, responsável por cobrir as extremidades ósseas no interior das articulações, contribuindo para a mobilidade livre dos ossos. Sim! Cartilagens são indispensáveis para os movimentos! Além disso, elas têm participação indispensável no amortecimento articular e proteção dos ossos.

    Quer entender por que o tecido cartilaginoso é tão relevante? Leia o artigo, conheça as principais funções das cartilagens e descubra os motivos para elas serem tão importantes.

    Quais são os tipos de cartilagens?

    Antes de aprofundarmos nossa conversa sobre a importância das cartilagens, é preciso falar brevemente sobre os tipos de tecido cartilaginoso existentes no corpo humano. A classificação se dá de acordo com a quantidade de fibras e a textura da cartilagem.

    Há basicamente três tipos delas: hialina, fibrosa e elástica. A hialina tem quantidade moderada de fibras de colágeno. Muito resistente e abundante no corpo humano, ela é encontrada nas fossas nasais, traquéia, brônquios, dentre outros locais. A cartilagem fibrosa, por sua vez, tem muitas fibras colágenas e, por isso, suporta altas pressões. Esse tipo de tecido é encontrado principalmente nos discos vertebrais. Já a cartilagem elástica tem pequena quantidade de colágeno, porém, grande quantidade de fibras elásticas, o que garante ampla mobilidade. Ela está presente na epiglote, tuba auditiva, laringe, entre outras partes do corpo.

    Quais são as principais funções das cartilagens?

    Por serem flexíveis, as cartilagens possuem alta capacidade de adaptação nas conexões ósseas. Essa característica possibilita a redução dos impactos externos e a diminuição dos atritos entre os ossos. As cartilagens também dão forma e sustentação às regiões do corpo, como o nariz e as orelhas.

    Em outras palavras, o tecido cartilaginoso realiza atividades muito importantes nas articulações, pois proporcionam ao sistema articular maior equilíbrio, proteção, elasticidade e suporte. Entre outros papéis, as cartilagens revestem as extremidades dos ossos e impedem o contato brusco entre eles, durante a movimentação. Sendo assim, toda e qualquer cartilagem é fundamental para prevenir o desgaste ósseo e garantir a saúde articular de modo geral.

    Por que você deve cuidar das cartilagens?

    Para manter a saúde articular, previna os desgastes do tecido cartilaginoso. Quando essas estruturas se desgastam, os ossos perdem parte de sua proteção. Sendo assim, os atritos acontecem com mais facilidade e a estrutura óssea começa a deteriorar. Isso provoca sintomas desagradáveis, como dores articulares, inchaço, deformidades e rigidez nas articulações. O paciente também pode ter dificuldades para se movimentar.

    O que fazer para evitar o desgaste das cartilagens?

    Para manter as cartilagens funcionando perfeitamente, é necessário adotar cuidados no dia a dia, como evitar sobrecargas e impactos excessivos durante os exercícios, controlar o peso corporal, fazer o consumo adequado de proteínas e de alimentos ricos em vitamina A e C, além de adotar o ômega 3 ao cardápio.

    Quer saber mais sobre cartilagens? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Como evitar a dor no joelho após corridas?

    Como evitar a dor no joelho após corridas?

    As dores no joelho são frequentes em esportistas, afinal, esse grupo está mais exposto a lesões. Especialmente entre corredores, não é rara a ocorrência de queixas nesse sentido.

    Apesar de problemas no joelho serem mais comuns entre atletas de corrida, nem toda dor nessa região é culpa do esporte. Não é preciso parar de correr para evitá-las.

    De fato, durante o treino ocorre a sobrecarga em alguma das estruturas do joelho, principalmente quando o corredor vai além, sem que tenha havido preparo físico prévio. Entretanto, a condição tende a ser passageira. Com o repouso adequado, a dor no joelho geralmente desaparece em pouco tempo.

    E tenho uma boa notícia aos corredores de plantão: dá para prevenir lesões e, consequentemente, evitar as incômodas dores no joelho. Leia mais e descubra como.

    Conheça os tipos de lesões que causam dor no joelho

    Para evitar a dor no joelho é importante conhecer e evitar os diferentes tipos de lesões nessa articulação. Em geral, são quatro as principais lesões no joelho: condromalácia, tendinite patelar, síndrome iliotibial e tendinite da “pata de ganso”.

    A condromalácia é uma alteração patológica da cartilagem que reveste a patela internamente, região muito vulnerável às sobrecargas e traumas. Pode acontecer em decorrência da fricção excessiva e repetitiva, treinos intensos, insistência em atividades dolorosas e pela pronação acentuada dos pés.

    A tendinite patelar, por sua vez, é uma inflamação no tendão, localizado abaixo da patela, que liga o osso da tíbia. Mais frequente entre homens, esse problema costuma ser resultado da falta de alongamento, movimentos repetitivos, excesso de treinamento, musculatura fraca dos membros inferiores e da postura inadequada.

    A síndrome iliotibial é comum entre praticantes de corrida. Caracterizada pela dor na lateral do joelho, trata-se da inflamação do tecido que abrange o quadril, o fêmur, o joelho e das proximidades. Pode estar associada ao encurtamento muscular, desalinhamento dos joelhos e tornozelos, abdutores do quadril enfraquecidos, aumento de treinos de forma não planejada.

    Já a tendinite da “pata de ganso” atinge o conjunto dos três tendões que compõem a tíbia proximal (grácil, sartório e semitendinoso). Quando a região é hiper solicitada, pode haver uma inflamação local. Esse quadro é muito comum quando ocorre excesso de treinos.

    Evite o excesso de treinos

    Você deve ter reparado que, em boa parte das lesões de joelho, o excesso de treino está entre as causas do problema. Sendo assim, respeite seus limites e só aumente o volume e intensidade dos treinamentos quando houver o devido planejamento e preparo.

    Pratique alongamento e aquecimento

    Realizar exercícios de alongamento é extremamente importante para os praticantes de corrida, uma vez que esse tipo de atividade aumenta o comprimento das estruturas compostas por tecidos moles, além de melhorar a flexibilidade e a amplitude dos movimentos. O aquecimento, por sua vez, previne lesões e dores locais.

    Não fique sentado por muito tempo

    Se você pratica corrida, mas passa muito tempo sentado durante o dia, saiba que isso favorece o acúmulo de retrações, o que gera desalinhamento do joelho, aumenta a rigidez da região e provoca dores ao correr.

    Estudos comprovam que ficar sentado por muitas horas comprime a cartilagem da patela sobre o fêmur. Isso gera encurtamento dos músculos dos membros inferiores. Portanto, procure se levantar e mudar de posição ao longo do expediente, para evitar dores no joelho.

    Aposte no fortalecimento muscular

    Para defender seu joelho das dores, invista no fortalecimento da musculatura, principalmente dos membros inferiores. Para otimizar a performance e prevenir dores, recorra a medidas, como correção da postura e execução correta dos movimentos nos treinos. Evite rotações bruscas, respeite as orientações do seu preparador físico e use o calçado adequado para os treinos.

    Tenha em mente que é impossível eliminar os movimentos repetitivos (flexão e extensão da perna) na corrida. Sendo assim, o impacto vai existir. Uma das soluções ideais para prevenir os danos é fortalecer a articulação, para suportar a carga de treinos.

    Quer saber mais sobre dores no joelho? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • Bursite no cotovelo: diagnóstico e tratamentos

    Bursite no cotovelo: diagnóstico e tratamentos

    A bursite é uma inflamação da bursa ou bolsa sinovial, estrutura localizada entre um tendão e o osso, ou entre a pele e um tendão. Essa bolsa é cheia de líquido que tem a função de amortecer e diminuir o atrito entre tendões, músculos e ossos, além de auxiliar na nutrição e deslizamento dos tecidos articulares.

    De caráter crônico ou agudo, a enfermidade pode ocorrer no quadril, ombros, joelhos, calcanhares, cotovelos, além de outras articulações. Geralmente, a ocorrência se dá em articulações que fazem movimentos repetitivos. Outros fatores de risco são os traumas ortopédicos, infecções e processos reumatológicos.

    Hoje, vamos compartilhar mais detalhes sobre a bursite no cotovelo. Vem comigo conferir as informações sobre o diagnóstico e o tratamento dessa condição inflamatória.

    Como diagnosticar a bursite no cotovelo?

    O diagnóstico da bursite no cotovelo se baseia na análise dos sintomas. As manifestações físicas mais comuns são as dores na articulação do cotovelo, sensibilidade ao pressionar a região, rigidez ao movimento, inchaço, vermelhidão e sensação de calor no local.

    Além de considerar os sintomas, o médico realizará o exame físico completo, com palpação da área, em busca de identificar as possíveis articulações lesionadas e inflamadas.

    Para confirmar o quadro de bursite no cotovelo, podem ser solicitados alguns exames de imagem. Geralmente, a ultrassonografia e a ressonância magnética são ferramentas utilizadas no diagnóstico.

    O raio-X não diagnostica a bursite, porém, é capaz de descartar outras causas associadas aos sintomas. Testes laboratoriais de sangue podem ser úteis para identificar se a bursite no cotovelo tem relação com infecções ou doenças subjacentes.

    Como tratar a bursite?

    A bursite no cotovelo deve ser tratada com descanso e imobilização da área afetada, aplicação de gelo na região e uso de analgésicos para o controle e diminuição da dor. Lembrando que a automedicação é completamente contraindicada. Somente o especialista pode receitar o tipo e dosagem segura para cada caso.

    Para otimizar os resultados do tratamento, recomenda-se evitar a pressão sobre o cotovelo. Isto é, não inclinar-se ou colocar o próprio peso corporal sobre eles, seja para se levantar da posição deitada, ou para fazer qualquer outro movimento brusco que envolva essa articulação.

    Caso essas alternativas não sejam suficientes para melhorar o quadro de bursite, pode ser necessário recorrer à fisioterapia, injeções de corticosteróides prescrita pelo médico, uso de anti-inflamatórios, punção, além de fortalecimento e alongamento muscular, de acordo com as orientações profissionais.

    Em casos mais graves de bursite no cotovelo, e em qualquer outra articulação, a cirurgia pode ser indicada. Quando um caso de bursite não apresenta boa evolução com o tratamento conservador, o procedimento cirúrgico é um recurso.

    Quer saber mais sobre a bursite no cotovelo? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!

  • 3 sequelas neurológicas causadas pela hérnia de disco

    3 sequelas neurológicas causadas pela hérnia de disco

    Muito comum na região lombar e cervical, a hérnia de disco é uma condição que acontece quando um disco vertebral sai de sua posição original e passa a comprimir as raízes nervosas ramificadas, a partir da medula espinhal. A hérnia tende a pressionar os nervos da coluna e, consequentemente, provoca dor, fraqueza e até mesmo dormência nos membros.

    Apesar disso, há quem tenha hérnia discal e não apresente nenhum sintoma específico.

    Atualmente, cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem com dores associadas à hérnia de disco. Todos os anos, mais de 300 mil cirurgias são realizadas no país, a fim de solucionar o problema.

    Vale ressaltar que os discos intervertebrais são importantes estruturas articulares, localizados entre as vértebras. Eles integram a coluna espinhal e são constituídos por tecido elástico e cartilaginoso que, entre outras funções, permite o movimento vertebral e evita o atrito entre as vértebras.

    Quando essas estruturas se desgastam por esforço excessivo, sobrepeso, sedentarismo, fatores genéticos, postura inadequada ou pelo envelhecimento natural, a hérnia ocorre e pode gerar sérias consequências neurológicas. Veja, a seguir, quais são as sequelas causadas pelas hérnias que podem afetar o sistema neurológico!

    Sequelas neurológicas causadas pela hérnia de disco

    1# Fraqueza muscular

    Quando não tratada adequadamente, a hérnia de disco pode resultar em déficit na força muscular. Este quadro vem acompanhado de sensação de incoordenação, mesmo que a coordenação motora não seja diretamente afetada. O diagnóstico correto, seguido pelo tratamento adequado, é capaz de minimizar o risco de complicações.

    2# Perda temporária de movimento

    Eventualmente, a hérnia de disco pode desencadear a perda de movimentos, ou redução da sensibilidade nas pernas e nos pés de forma temporária. A diminuição progressiva da força na coluna cervical pode incapacitar, causar dores agudas e paralisar parcialmente o indivíduo. A situação costuma se agravar depois de um longo período em pé ou sentado, mas costuma ser revertida após o tratamento.

    3# Lesão medular permanente

    Essa condição é mais grave, porém, rara. Quando a hérnia comprime a medula espinhal e ocasiona um quadro de mielopatia, pode ocorrer um comprometimento medular agudo e complexo, com consequências preocupantes. Pode haver o déficit motor e de sensibilidade, afetando a habilidade de caminhar e a realização de movimentos finos com as mãos.

    A compressão da medula espinhal causa a tetraplegia, no pior dos casos. Ou seja, a perda dos movimentos do tronco, membros superiores e inferiores são perdidos. Para diminuir os riscos desse tipo de sequela, é indispensável diagnosticar e tratar a hérnia da forma correta e com máxima agilidade.

    Além de exame físico, a ressonância magnética é a alternativa mais assertiva para confirmar a presença da hérnia, além de localizar a possível lesão e descartar outras causas, como tumores e infecções.

    Quer saber mais sobre a hérnia de disco? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como ortopedista em São Luís!